Cameron Dallas

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- Eu quero que você vá a merda, isso sim. - gritei.

- Olha só garota, eu não te dou o direito de falar assim comigo. - ele me pegou pelo braço.

- Não é porque você é o queridinho da mídia, que pode me tratar assim. - me desgrudei dele, bruscamente.

- Eu te contratei para ser minha acompanhante neste baile, você vai! - me encarou, seriamente.

- Foda-se! Eu não quero! Eu conheço você há anos, Cameron. Nós já até namoramos lembra? Mas terminamos, porque você é um imbecil. - joguei as palavras em sua cara.

- Pelo menos eu não sou de uma família pobre. - quando vi, já tinha virado minha mão contra seu rosto.

- Nunca mais fale de minha família assim.

- Nunca mais me toque deste jeito! - ele pôs as mãos no rosto.

- De que jeito quer que eu te toque? Como eu te tocava, quando estávamos sozinhos? Então você vai ter que tirar as calças, Dallas. - fiz um tom sarcástico.

- Olha só, eu só quero que você vá ao baile comigo.

- Eu já falei que não quero. Vai me obrigar?

- Vou! - bateu as mãos na mesa. - Quem você pensa que é?

- Eu tento pensar que sou uma menina certinha, mas não dá.

- Tudo bem, se você não quer, vou procurar uma garota bem melhor que você. - saiu da sala.

- Não! Cameron, volta aqui! - corri atrás dele. - Você não pode me deixar aqui!

- Porque não? Não é você, a menina determinada? - foi a vez dele usar o sarcasmo.

- Eu só quero que você me mostre a saída. - cruzei meus braços.

- Tanto faz.

Fomos andando até o terceiro corredor e eu já pude ver as grandes portas da mansão. Ele abriu a porta e me olhou, abriu um sorriso sínico.

- Eu te odeio. - eu disse e saí.

- Nunca mais apareça aqui, garota insuportável. - bateu a porta com força.

Saí de lá, realmente furiosa. Como ele pode ter dito isso, se a um mês atrás ele dizia que me amava? Ele é só mais um filhinho de riquinho babaca e mimado. Desde que nós terminamos, andamos tendo muitas brigas. Só que, a cada briga, uma nova ofensa, e eu odeio isso.

Cheguei em casa e aqueles interrogatório da minha irmã começaram, eu apenas ignorei e me tranquei no quarto. Me deitei na cama, como se eu precisasse daquilo, e muitas lágrimas rolaram no meu rosto. Não sei é pelo fato de Cameron me tratar assim ou por eu ser uma grande idiota, por, no fundo, sentir falta dele. Nós terminamos nosso "relacionamento" por que não tínhamos muito tempo para nós, então resolvemos terminar e deixar como estava antes de tudo. Só que, depois do término do namoro, cada vez que nos encontrávamos rolava uma briga, que nem aconteceu agora pouco. Eu posso ser determinada, mas no fundo me machuca muito.

°°°

Desde aquela nossa briga na mansão, nunca mais apareci lá. Ficava o dia inteiro em casa, olhando tudo através da minha janela. Às vezes, minha mãe aparecia no quarto e me oferecia comida, mas eu sempre recusava, dizendo que, quando estivesse com fome, iria comer. Tudo estava indo tranquilo, até minha irmã entrar no quarto correndo.

- Mana, mana. - ela pausou . - O Cameron está aí.

Fechei depressa meu livro e desci, junto com minha irmã, até a sala. Lá encontrei Cameron e minha mãe, conversando. Quando eles me viram minha mãe saiu da sala, levando minha irmã. Eu cruzei meus braços e esperei que ele falasse, mas nenhuma palavra saiu de sua boca.

- O que você quer Cameron?

- Preciso falar com você.

- Então, fale.

- Eu queria te pedir... - suspirou. - Queria te pedir desculpas por aquele dia.

- Cameron Dallas pedindo desculpa. Devo ficar honrada?

- Para de gracinha, eu não estou brincando.

- Tudo bem, desculpa aceita. - me virei para ir para o meu quarto.

- Espera. - pegou meu braço. - Para te compensar, eu queria que fosse jantar comigo, sexta à noite.

- Não sei posso. Tenho que falar com minhã mãe e... - ele me interrompe.

- Eu já falei com ela e ela deixou.

- Está bem. - sorri, sem mostrar os dentes.

- Até mais. Até mais Sra. Wonderlon.

- Tchau querido. - minha mãe gritou da cozinha.

Cameron saiu e fechei a porta. Eu olhava para o nada, mas na minha mente passavam várias coisas, inclusive o fato dele estar mentindo sobre esse encontro. Minha irmã veio correndo e fez um interrogatório, querendo saber o que ele queria. Minha mãe já pediu para mim ficar lá em baixo mesmo, pois iria servir o jantar. Jantamos e fui para meu quarto. Por incrível que pareça eu pensava que roupa usaria nesse "encontro" com Cameron. Dormi pensando nisto.

°°°

Eu estava, na frente do espelho, experimentando roupas. Nada dava certo, tudo me deixava diferente. Então resolvi ir do meu jeito mesmo, sem me importar com a opinião dos outros. Depois de me arrumar fiquei esperando um tempo. Quando estava indo para a mansão, vejo um carro preto parando ao meu lado, ele baixou as janelas e lá dentro estava Cameron.

- Vim buscar a senhora.

Entrei dentro do carro e ele me olhou, seus olhos estavam brilhantes. Usava uma roupa comum, jeans, tênis e uma camisa. O cabelo estava com seu toque arrumado, mas ao mesmo tempo bagunçado. Ele botou sua mão em cima da minha que estava no banco.

- Vamos dar uma trégua hoje, ok?

- Ok.

Passamos na frente da mansão e o motorista não parou o carro. Estranhei, mas não falei nada. Ficamos mais alguns minutos no carro e paramos em um lugar da cidade, que eu desconhecia. Descemos do carro, Cameron foi na minha frente e entrou no restaurante. Ele falou com alguns garçons, que nos levou até uma mesa perto da janela. Nos sentamos, ele pegou o cardápio e seus olhos ficaram vagando sobre as letras livro escrito "Menu". Eu observava com atenção, cada movimento que seu olhar fazia eu acompanhava, ele me entregou um cardápio e eu abri a primeira página. Reparei no papel branco que estava no centro do papel e percebi que estava escrito "Me aceita de volta? - Cameron". Eu o olhei e um sorriso abriu em nossos lábios.

Minha mão tocou a sua e isso foi a resposta para sua pergunta, juntamos nossos lábios em um beijo.

- Um brinde ao nosso começo. - ele levantou a taça.

- Um brinde a nós dois. - fiz o mesmo gesto.

Eu podia sentir nossos corações batendo forte, isso seria nossa nova vida. Bom, pelo menos sem brigas.

IMAGINES 1.0 - GRINGOSOnde histórias criam vida. Descubra agora