- Qual é o seu problema Herman? - perguntei, exaltada.
- O meu problema? Não estou entendendo. - ele diz, calmamente sentando em sua cadeira.
- Você fechou um contrato com uma grande empresa, sem me consultar. - digo, sem acreditar.
- Sim. É daí? Eu é que não estou entendendo o porquê de todo esse escândalo. - olhou para mim, como se nada tivesse acontecendo.
- Não é escândalo, Herman.
- Eu fechei um contrato grande, não vejo problema nenhum nisso.
- Sim, mas você deveria ter me consultado antes de fechar qualquer negócio. - apoio as mãos na mesa, inclinando o corpo, para olhar nos olhos dele.
Aqueles olhos que mexiam comigo e me deixava sem reação.
Ele se levantou da cadeira, se aproximando, parando há poucos centímetros do meu rosto.
- Que eu saiba, eu também sou o diretor dessa empresa e não preciso de consentimento nenhum para fechar qualquer contrato. - ele disse, perdendo a paciência.
- Nós dois mandamos aqui dentro. E você tem que, sim, ter o meu consentimento para fechar qualquer contrato.
- Sabe qual o seu problema? - aproximou ainda mais o rosto - O seu problema é achar que tudo gira ao seu redor e que todos devem te obedecer. Mas, aqui dentro, as coisas não funcionam assim. - falou, completamente irritado.
- E quem te garante que esse é um bom contrato?
- Eu me garanto. Fechamos contrato com uma empresa enorme e você deveria ficar feliz com isso.
- Eu estaria feliz se tivesse ficado sabendo desse contrato e participado das negociações - quebrei o contato visual.
- Você já fechou vários contratos sem o meu consentimento, por que está irritada? Não aceita que eu posso ser muito melhor do que você? - debochou.
- Você? Melhor do que eu? - ri. - Só nos seus sonhos.
- Você é muito marrenta, sabia? - se aproximou de mim.
Ele tinha um império, todos sabiam disso, e não conseguia dar conta de tudo sozinho. Por isso, tinha escolhido, à dedo, uma pessoa para dividir a presidência da empresa, com ele.
- E você é um idiota. - disse, o olhando.
- Vou te mostrar o idiota, agora mesmo. - me puxou contra seu corpo.
- O que está fazendo? - comecei a ficar nervosa e, talvez, um pouco excitada.
- Te mostrando quem é o idiota aqui. Você se acha demais, sabia? Vou acabar com essa tua marra rapidinho. - disse, me encostando na porta, trancando a mesma.
No fundo, eu estavam gostando daquilo. Ele conseguia tirar a minha sanidade com aquele jeito grosso e rude.
- Até parece que, alguém como você, é capaz de satisfazer uma mulher. - o desafiei.
- Está duvidando? Eu posso te fazer implorar. - levou seus lábios ao meu pescoço.
Estremeci com aquele simples contato e ele sorriu contra a minha pele.
- Acho que sua marra está acabando aos poucos - sussurrou em meu ouvido.
Eu estava adorando aquilo. Herman estava me excitando demais.
Minhas mãos estavam em seus cabelos, puxando-os, enquanto ele descia os beijos pelo meu colo. Ele abrira cada botão da minha camisa. Eu arfava sentindo aqueles beijos quentes, em contato com a minha pele. Eu usava um conjunto de lingerie preto de renda. Ele estava vestido com uma camisa social azul e uma calça jeans escura. Oque não colaborava muito com a minha sanidade, pois a calça era justa e mostrava o volume presente ali.