Ashton Irwin

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Eu já tinha percebido que Ashton estava meio triste essa semana, só não entendia o motivo. Ele estava sempre cabisbaixo pelos cantos e, quando eu questionava a razão de tudo aquilo ele simplesmente se fazia de desentendido e se afastava. Aquilo me machucava, entende? Saber que ele está pra baixo, e mais ainda que ele não confiava em mim para me contar o que estava acontecendo. Eu ainda era sua namorada, não é? Me sentia tão excluída, será que era algo sério e ele não queria me contar para não me preocupar? Ashton é muito protetor, não entende que em um relacionamento tudo deve ser divido, até as coisas ruins.

Ele estava sentado na sala com os outros meninos, eles brincavam e se divertiamz mas Ash estava distante. Encarava a parede sério e, às vezes, fazia umas caretas engraçadas, provavelmente refletindo sobre algo, me sentei ao seu lado, deitando minha cabeça em seu peito, e vi que ele se assustou, momentaneamente, mas, em seguida, fez um carinho gostoso em minha cabeça e beijou minha testa.

- Tudo bem? - perguntei, serena, com os olhos fechados, enquanto ele voltava a me fazer cafuné.

- Sim. - sabia que ele estava mentindo, sempre que mentia pra mim, ficava monossilábico.

- Nós dois sabemos que não está nada bem, Ashton. Você não confia em mim?

- Não é isso, amor. Você é a pessoa que eu mais confio no mundo. É bobeira isso, não se apegue.

- Como 'não se apegue'? Você é meu namorado, eu me preocupo com você. Eu te amo e te ver andando por ai triste desse jeito, não me deixa confortável.

- É bobeira, já disse.

- Tudo bem então. - percebi que, se quisesse que Ashton me contasse o que era, teria de fazer pirraça.

Então, me levantei e fui pra cozinha, me sentei na bancada e fiquei encarando o teto. Não passou nem dois minutos e ele se colocou entre minhas pernas, segurando meu rosto entre suas grandes mãos.

- Você tá brava comigo? - perguntou, com a voz diferente, não sabia identificar o que era, mas estava diferente.

- Não. - disse, indiferente, virando meu rosto.

- Babe, não faz assim, não precisa se preocupar.

- Eu já não disse que está tudo bem? - assentiu. - Então, me deixe ficar sozinha.

- Eu não quero que você fique com raiva de mim.

- Não estou com raiva, Irwin.

- Então por que me chamou pelo sobrenome?

- Tem algum problema com isso?

- Você só faz isso quando está com raiva de mim.

- Me deixa, Ashton.

- Não.

- Eu não quero conversar com você.

- Eu te conto o que é que tá me deixando assim.

- Não quero saber mais.

- Mas eu vou contar do mesmo jeito.

- Tanto faz.

- Eu estou assim por algumas coisas que eu li no Twitter, sobre você, sobre mim e a banda. Isso me deixou preocupado e frustrado. Não queria te falar, porque algumas coisas são, realmente... - pensou. - Inconvenientes.

- Ainda bem que você falou, não aguentava mais fingir que estava com raiva de você. - dei um abraço nele.

- Não acredito, sua manipuladorazinha. - disse, me fazendo cócegas.

- Ash, não! Ah, para! Para, Ash! - falei, entre gargalhadas.

- Meu Deus, Ashton! Achei que você tava matando a garota. - Michael entrou na cozinha, com cara de desapontado, só lamento.

- O que está acontecendo aqui? - Calum foi o próximo a entrar.

- Ela me enganou. Fingiu que estava com raiva de mim, só pra saber porque eu estava quieto.

- Cara, você tava muito estranho, todos estavam preocupados. - Luke, que tinha acabado de chegar, comentou.

- É mesmo tá, menino das bandanas. - baguncei o cabelo dele, enquanto ele ria.

- Pelo menos você me fez sorrir.

- É por isso que eu sou sua namorada. - pisquei para ele, que sorriu, mordendo os lábios, e me beijou.

- Arrumem um quarto! - Michael disse, zombeteiro.

- Agora mesmo. - Ash disse me puxando pro quarto.

- Ash! - repreendi-o, rindo.

A noite vai ser produtiva.

IMAGINES 1.0 - GRINGOSOnde histórias criam vida. Descubra agora