- Então... você é o Adonis do qual elas falavam... - comentou Thierry finalmente mais satisfeito ao se ver sobre um cavalo mais uma vez. Sentia falta de cavalgar, como mosqueteiro, ele passava a maior parte do dia cavalgando pelas ruas de Paris com seus companheiros.
O cavalo que ele havia escolhido, então, era negro, de crista longa e calda igualmente longa. Era um puro sangue, ele reconhecia um puro sangue de longe e aquele era majestoso. Não conseguiu evitar de escolhe-lo e Adonis não se importou com sua escolha. A saída delas da fortaleza foi exatamente como Adonis havia lhe falado, foi fácil até de mais, os que guardavam os portões se quer perguntaram por que Thierry estava acompanhado o ruivo e agora eles cavalgavam pelo verde espaço um pouco distante da fortaleza.
- "Elas"? Quem? - Adonis quis saber, curioso como era. Havia escolhido seu bom e velho cavalo de pelagem castanha, com a crista não tão longa e cauda média.
- Umas mulheres que conheci hoje. - respondeu-lhe Thierry ao ter a imagem das duas moças em sua mente novamente. - Se não me engano, elas se chamam Elodie e Mary.
- Oh, sim! Minhas irmãs, elas são ótimas! - sorriu o mais velho com orgulho. - Faz um tempo que eu não as vejo, na verdade eu não tenho visto muitas pessoas além da mamãe e o papai ultimamente... - falou um pouco menos animado e isso aguçou a curiosidade de Thierry que o olhou com o cenho franzido.
- Por que?... Elas perguntaram a Sora sobre você, pareciam bem preocupadas.
- É que eu tive meio que um acidente. - respondeu Adonis calmamente ao olhar para onde seu cavalo andava. - Foi durante um dos meus passeios pela Ilha, quando eu ganhei a permissão do pai de andar sem a companhia de alguém mais velho... - Lembrou-se e sorriu sem humor. - Digamos que eu aproveitei um pouco mal essa permissão...
- O que houve? - Thierry perguntou.
- Dei de cara com uma Reiter, achei que podia lutar com ela mas acabei descobrindo que não.
- Reiter?
- É uma cobra, só que uma cobra bem maior das que nós já tenhamos visto na vida. Ela é rápida, feroz... Isso foi um presentinho deixado por ela. - Adonis levantou um pouco sua roupa na região da cintura onde deu para Thierry ver uma marca que parecia ser de uma presa ainda cicatrizando. - O veneno dela é completamente mortal, mas como somos mais resistentes, ele não pode nos matar. Só nos deixa bem desconfortáveis e doentes por um período de tempo, muitos enjoos, vômitos, febres...
- Como assim vocês são mais resistentes? Se o veneno dela é mortal então você poderia esta morto a essa hora. - Thierry quis saber em confusão.
- Se fossemos humanos, sim, a picada dela teria me matado em menos de duas horas. - respondeu-lhe Adonis calmamente enquanto sentia o vento em seu rosto, como ele gostava daquela sensação de liberdade mais uma vez!
- Oque? - a voz do jovem mosqueteiro falhou. - Vocês não são... humanos? -
- Ora, por que tanta surpresa, irmãozinho? Achei que você já soubesse. - Adonis deu os ombros sorrido com a expressão do rosto de Thierry. - Você está em transição, como não sabe o que somos ainda?
- Eu estou em o que?... - Thierry parou seu cavalo no mesmo instante e seus olhos escuros se encontraram seriamente com os azuis de Adonis. - O que vocês são? E o que está havendo comigo? Por favor, eu apreciaria se você ne falasse tudo sem mentiras.
- Muito bem... - Adonis puxou a correia de seu cavalo e o fez parar de andar. Viu que o menino estava confuso e que provavelmente ninguém tinha dito nada da transição a ele. Achou melhor da sua parte explicar ao rapaz, com calma, a sua nova realidade em Walgonrei. - Quando chegamos nessa Ilha, muitas vezes vítimas de naufrágios, chegamos aqui quase mortos e fracos. Se algum dos adultos nos acha, então eles cuidam de nós e fazem com que qualquer machucado suma em uma velocidade assombrosa. Eles nos dão um líquido vermelho para beber...
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A Ilha Walgonrei
VampireUm mosqueteiro aventureiro ganha um mapa que o levaria a um tão almejado tesouro perdido. Mas em uma tempestade o seu barco acaba afundando, e ele se torna o único sobrevivente do naufrágio em uma grande ilha paradisíaca no meio do nada. A Ilha Walg...