A vila de Walgonrei

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O caminho era estreito, de terra, cercado por muitas plantas e árvores que ajudavam a fazer sombra para aqueles que percorriam aquele lugar.

- Onde, exatamente, estamos indo? - perguntou Thierry com curiosidade que caminhava logo atrás de Darlan e na frente de Romazi e Otto.

- A vila de Walgonrei. É praticamente o centro da Ilha, onde o comércio tem seu fluxo. - respondeu Darlan que caminhava atrás de Thoros e Sora. - De tempos em tempos a mamãe vai até a Ilha para comprar os suprimentos da fortaleza, ela cuida dessa parte como ninguém.

- E por que Thoros está vindo com ela? - indagou o mais novo em um murmúrio.

- Ele é o filho mais velho, com certeza o papai mandou ele vir com ela para lhe fazer companhia. Não que ele não goste disso, ele é o irmão que mais passa tempo com o pai e a mãe. - Romazi respondeu dessa vez.

- Ele tem privilégios por ser... mais velho? - Thierry continuou com as perguntas curiosas. Ele teria que saber com quem estava lidando, visto que Thoros parecia não gostar muito dele

- O pai acha que ele está maduro para não precisar dos cuidados da mãe, e o suficiente para ter uma espada de verdade. - respondeu-lhe Otto.

Thoros sorriu de canto de boca. Gostava de ver que seus irmãos mais novos sabiam que ele era maduro o suficiente, não eram muitos que tinham esse privilégio de poder carregar uma espada e de ficar isento dos cuidados da mãe. Embora gostasse da companhia de Sora, ele detestava os banhos e os exames, sempre detestou. Saber que Thierry, o francesinho novo da família, estava passando por isso era até mesmo reconfortante para o loiro. Sua maturidade ficava até mesmo mais explícita diante tantos irmãos e irmãs tratados como bebês.

- Demora muito para Dardeno considerar alguém maduro para dar uma espada? - indagou Thierry.

- Veja nós três, estamos aqui a tanto tempo e ainda não ganhamos uma espada e a mama ainda nos dar banho quando lhe convém. - Romazi respondeu divertidamente, recebendo um olhar desaprovador de Otto e um sorriso maroto de Darlan.

A caminhada era longa, mas a medida que eles andavam, Thierry podia ter uma boa noção de como era o arredores da fortaleza Newgate, a floresta era densa, quase toda fechada cortada penas pela estrada que eles estavam caminhando. Um rapaz, tinha mais ou menos a altura de Thierry, sem barba porém moreno, com camisa simples e solta, calças e botas vinha andando no sentido oposto do grupo. Sora deu uma breve pausa e ofereceu um sorriso para aquele rapaz.

- Bom dia, Henry, meu querido. - ela cumprimentou o menino que respondeu com um sorriso e um aceno de cabeça.

- Bom dia, Senhora Newgate.

Thierry esticou um pouco o pescoço para ficar atento a conversa dos dois.

- Como vai a sua mãe? - Sora pergunto calmamente.

- Ela vai muito bem, Senhora.

- Que bom! Você pode fazer um favor para mim? - ela perguntou gentilmente e o tal de Henry assentiu com a cabeça. - Diga a ela que eu estou precisando de mais uma meia dúzia do xarope de castor. Sei que ela deve esta muito ocupada, mas eu agradeceria muito se pudesse providenciar essa demanda pra mim.

- Claro, Senhora Newgate! Darei o recado a ela, não se preocupe. - o rapaz falou.

- Obrigada meu querido, tenha um bom dia. - Sora se despediu do jovem rapaz que seguiu seu caminho na direção contrária.

Darlan fez um barulho de como estivesse enjoado de algo e fitou Romazi rapidamente.

- Temos que avisar ao Philip que vamos ter que sumir com mais meia dúzia daqueles malditos vidros de xarope de castor. - fisse o moreno ao inidiano que franziu os ombros em desgosto. Thierry ficou atento a conversa dos dois e quis saber do que se tratava.

A Ilha WalgonreiOnde histórias criam vida. Descubra agora