Uma descoberta

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A porta do quarto de Thierry se abriu e Sora adentrou o local rapidamente acompanhada pelo seu filho de olhos azuis e sereno, ela avistou o menino sentado em sua cama com os braços cruzados e com uma expressão irritada em seu rosto. Como se ele estivesse sendo vigiado por seus irmãos mais velhos. A loira rosada suspirou e se aproximou dos filhos, se ajoelhando na frente de Thierry e lhe oferecendo um sorriso doce.

- Quer dizer que meu bebê está doente? - ela perguntou ao levar sua mão até a testa de Thierry, sentindo-o bastante quente mas ele, surpreendentemente, afastou o rosto do toque da mãe com suas bochechas começando a corar por saber que seus irmãos haviam ouvido o apelido que Sora insistia em chama-lo. - Oh.. o que foi, meu filho?

- Eu não estou doente. - respondeu o rapaz. - Só estou um pouco indisposto... só isso, mãe.

- A é? Um pouco indisposto? Você está ardendo em febre e está com olheiras embaixo dos olhos, o que significa que você não dormiu na noite passada. - Sora cruzou os braços e o fitou com pouco humor. - Você comeu alguma coisa?

- Não estou com fome. - Ele disse depois de soltar um suspiro cansado.

- Thierry, você não pode ficar sem comer. Céus, eu ja venho lhe dizendo isso a uma semana inteira, meu filho! - Sora respondeu inquieta, com preocupação em sua voz ao ver o menino tão pálido. Lhe faltava vitaminas, nutrientes, ele precisava comer o quanto antes. - Romazi, faz um favor para a mamãe e peça a cozinheira a comida de Thierry que eu guardei, por favor. - Sora pediu olhando para seu filho de pele oliva e o menino assentiu com a cabeça.

- Sim, mama. Eu vou. - afirmou o rapaz olhando com preocupação para seu irmãozinho. - Eu não vou demorar.

- Obrigada, meu doce. - A grande mulher loira rosada agradeceu ao seu filho e o viu sair na velocidade vampiresca do quarto de Thierry.

- Mamãe, eu não estou com fome! - insistiu Thierry ao ver que havia sido ignorado completamemte por Sora. - Não pode me forçar a comer assim!

- Você vai comer sim, mocinho, e não adianta reclamar. - Sora respondeu seriamente ao olhar para ele e o ver completamente desgostoso com toda a situação. - Eu mesma irei lhe dar seu desjejum, e não quero ouvir nenhuma reclamação.

- A senhora está sendo injusta... - rebateu o mais novo, vendo sua mãe respirar fundo buscando paciência com ele.

Não era que Thierry quisesse irritar sua mãe, ele jamais queria fazer isso com ela, mas ele não estava com fome! Ele sentia sua cabeça doer cada vez mais e tinha certeza de que não iria conseguir mastigar alguma coisa naquela instância.

- Estou sendo injusta em querer cuidar da saúde do meu filho? - Sora indagou sem humor algum em sem tom de voz, fazendo seu caçula desviar os olhos dela.

- Não é isso... mas está em querer me forçar a comer... - Thierry se justificou cabisbaixo.

- Você está sendo teimoso, isso sim. A mãe só quer te ajudar. - afirmou Otto ao cruza os braços e ver seu irmão mais novo lhe lançar um olhar como se tivesse sido traído por ele.

- Thierry, eu entendo que você não goste de esta doente... ninguém gosta e sei que nos sentimos mais vulneráveis quando estamos assim, mas você precisa entender que eu vou cuidar de você, sim. Você é meu filhinho, e a mamãe só quer o seu bem. - Sora falou ao por suas mãos nas pernas de Thierry com calma e lhe oferecendo um sorriso gentil e materno. - Você está muito quentinho... temos que tratar dessa febre o mais rápido possível para ela não subir mais ainda. Darlan, por favor vá até o meu quatro e me traga um frasco do xarope de castor.

- Eca, mamãe, coitado do Thierry. Tem certeza que não quer dar outra coisa para ele? - Darlan se arrepiou só em ouvir falar daquele maldito remédio que todos odiavam naquela fortaleza. - Um chá? Fazer ele mastigar algum cipó?

A Ilha WalgonreiOnde histórias criam vida. Descubra agora