*Juliana Barth, 28 anos,médica geriatra de origem humilde ela trabalha para conquistar seus objetivos, mudou-se para o Rio de janeiro para ter uma condição de vida mais estável, batalhadora e muito bem humorada divide apartamento com sua prima Josia...
Tainá Acordei com a movimentação das meninas no quarto, elas se preparavam para a primeira trilha. Envio um whats pro Lucas para ver se iríamos nessa ou na próxima. As meninas saem do quarto e como ele nem visualizou, presumi que ele ainda estivesse dormindo e voltei a dormir.
Lucas Acordo com o pessoal se ajeitando para a primeira trilha, o ficante da Ju foi para o banho e imaginei que eles fossem fazer essa primeira trilha, o meu celular vibra olho e tem notificação da Tai, nem abro. Levantei ligeiro, escovei os dentes, me arrumei, peguei minha mochila com o que eu precisava e desci ligeiro torcendo para encontrá-la. Do alto da escada avisto a Juliana arrumando a mochila em um dos sofás da sala, fui direto em sua direção sem me importar com o tal cara dela.- Cê vai fazer a trilha?
Juliana - Bom dia!- respondo um pouco sonolenta por recém ter acordado.
Lucas - Desculpa, bom dia!
Juliana - O que você disse?
Lucas - Se você vai nessa primeira trilha?
Juliana - Vou e você?
Lucas - Também! Cadê o seu namorado?
Juliana - Eu não tenho namorado.- falo ajeitando as coisas na mochila, sem olhar para ele.
Lucas - Vocês estão ficando?
Juliana - Não, eu não estou com ninguém eu continuo sozinha.
Lucas - E Aquele cara que chegou com você e que tá sempre na sua volta?- ela me olhou.
Juliana - O Eduardo? É o meu melhor amigo, best friend forever.- ri.
Lucas Graças a Deus, penso.- Vocês parecem muito íntimos.- falo sério.
Juliana - É, 18 anos de amizade gera uma certa intimidade.- olhei para ele curiosa, queria entender o motivo de tantas perguntas.
Lucas - É muito tempo mesmo.- aquilo me deixou aliviado.- E eu achando que vocês estavam juntos.
Juliana - É mais fácil ele querer ficar com você do que comigo.- falo sem pensar.- Nossa esquece que eu disse isso.- coloquei a mão na boca.
Lucas - Não se preocupa, eu não faço nenhum tipo de discriminação não.
Juliana - Tá bom, obrigada! O Dudu é muito discreto e eu sou uma bocuda!- me chateei comigo mesma.
Lucas - Tenho certeza que cê não falou de propósito, fica tranquila o assunto morre aqui.
Juliana - Promete?
Lucas - Prometo!- a tranquilizei.
Dudu - Bom dia gatchinha!- abracei ela.
Juliana - sorri.- Esse é o Lucas e esse é o Eduardo.- apresento os dois.
Lucas - Prazer!- apertamos as mãos.
Dudu - Lucas Lucco, o prazer é todo meu.- conversamos por um instante, ele é muito simpático e educado.- Vamos?
Juliana - Você pegou água?
Dudu - Duas garrafas de 2 litros. Tá bom pra você, sua Camela?
Juliana - Isso dá pra nós dois? Você sabe que eu bebo muita água!- falo, mas ele foi saindo e nem ouviu.
Lucas - Eu tô levando bastante, se cê precisar é só me pedir.- ela sorriu.
Dudu - Ainda não arrumou isso, o que tá faltando?
Juliana - Por que você não veio arrumar então? A minha toalha não cabe aí.
Dudu - Leva na mão, vem vamos ficar para trás, os outros já estão lá fora.- pego a mochila e vou saindo.
Lucas - Me dá, tem espaço na minha mochila.- falo pegando a toalha dela e guardando.
Juliana - Tem certeza, não quero confusão com a sua namorada.
Lucas - Eu não tenho namorada.- olho nos olhos dela.- Toma!- dou uma garrafinha de água mineral para ela ir tomando no caminho.
Juliana - Obrigada!- sorri para ele que retribuiu o gesto. Saímos para a trilha e era um matagal que só Jesus, eu já estava arrependida até a minha 10° geração. O que eu tô fazendo aqui? Eu nem gosto de mato!- pensava. E se tiver aranha, sapo ou grilo? Quem vai me socorrer? O Dudu que não, porque ele vai sair correndo feito uma gazela ao invés de me ajudar.- pensava enquanto andava trilha abaixo e por último para variar. O Lucas vinha na minha frente, mas sempre me esperava.
Dudu - Vai mofar aí, porque a pequena é devagar.
Juliana - Cala a boca!- bebo a água e o Lucas ri.
Lucas - Pronto?
Juliana - Não! Melhor você ir andando, ele tem razão eu sou demorada, não precisa me esperar.
Lucas - Não precisa, mas eu quero!- ela estava cansada.
Juliana O Lucas me deu mais água, continuamos a caminhada sem fim, com mato roçando as minhas pernas, os insetos, o calor e o Dudu me zoando, eu já estava quase chorando, mas tinha que disfarçar por causa do Lucas. Mas tudo isso ficou para trás quando dei de cara com aquela paisagem linda, uma obra de Deus, parece um paraíso. A pedreira, a cachoeira, a mata mais aberta, as borboletas, os pássaros, tudo um encanto e essa imagem fez tudo valer a pena.
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