CAPÍTULO DEZ

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— Um triplo extra forte por favor.

Fiquei tanto tempo tentando tirar a sujeira do cabelo de Alice que perdi muito tempo de sono, e para ajudar ela não quis me largar para dormir, o que resultou no resto de uma noite de sono sem sequer poder me mover ou ela começava a chorar.

Cheguei quase uma hora atrasada no trabalho no dia seguinte, porque eu havia esquecido os exames de Santiago em casa e precisei voltar para busca-los.

— Sua cara não está das melhores. Noite ruim?

Paco perguntou chegando por trás e me assustando. Eu tive vontade de jogar todo o meu café em cima dele.

— Vai assustar a sua avó.

— Quanto mal humor.

— Desculpa, eu só estou extremamente cansada. — Peguei meu celular no bolso e mostrei a ele um video que eu javia gravado de Alice e ele instantaneamente começou a rir. — Não ri, isto foi três horas da manhã e eu estou um caco. Minha coluna está doendo, estou com o pescoço um pouco travado e minha cabeça está prestes a explodir.

— Nossa! Por que não ficou em casa?

— Por que eu trabalho? — Perguntei ironicamente. — Tenho uma filha para sustentar e um monte de pacientes mirim para cuidar.

— Toma um remédio que alivia. — Sentou-se ao meu lado. — Porquê ela estava na cozinha? Ela não deveria estar no berço dormindo?

E foi aí que eu contei a ele como tudo isso tinha começado e no final ele apenas ficou calado.

— Eu não sei o que fazer. Não descobri mada que leve ao que ele tenha.

— Você disse que está esperando os resultados dos exames. Pode ser que apontem alguma coisa.

— Eu também. E por falar nisso, eu preciso ir. A fente se vê?

— Vai lá, boa sorte.

— Obrigada.

Antes de começar a atender os leus pacientes eu fui até o quarto onde Santiago estava.
Quando cheguei lá vi Christopher dormindo sentado na cadeira ao lado do berço segurando a mão do filho que dormia feito um anjo.

Peguei a fica dele pendurada na parte da frente do berço e dei uma analisada no relatório. Mais vômito e mais febre. Onquebaquele garoto tinha que não melhorava por nada?

Dei uma olhada no soro para conferir que tipo de medicamento tonha ali e depois fui para a minha sala, onde fiquei o restante da manhã, relitando contra o sono que insistia em pesar sobre minhas pálpebras.

— Doutora Dulce? — A voz interrompeu após algumas batidas na porta, mas então eu segui minha consulta de rotina com Sofia, com uma menina de quatro anos que eu atendia ainda quando estava fazendo a residência.

— Pois não? — Eu não me virei para ver quem era, mas reconhecia a voz da enfermeira.

— Os exames do menino Santiago chegaram.

— Deixa aí na minha mesa, já vou ver.

— Ok. Você vai passar lá para ve-lo?

— Como ele está?

— Tentaram dar leite pra ele, mas ele não quis.

Soltei um suspiro longo e então olhei para Sofia que brincava com uma bexiga rosa.

— Eu vou lá depois desta. — A enfermeira logo saiu e eu continuei o que estava fazendo.

Assim que me vi livre eu dei uma olhada nos exames e depois fui para o quarto dele. Christopher tentava convencê-lo a qualquer custo, tomar a mamadeira, mas ele se recusava.

[Revisão] Forgive (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora