CAPÍTULO QUARENTA

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Depois do ano novo, Christopher e eu começamos a nos preparar para a mudança. Tivemos que comprar alguns móveis novos e pintar a casa da maneira que queríamos, então a estava tudo uma zona. Meus finais de semana, pelos dias que se seguiram estavam se resumindo em arrumar a casa nova e ajudar nos preparativos para o aniversário da Alice, e ainda precisvaa entregar os convites.

Uma semana antes do aniversário de Alice nós nos mudamos, e apesar de já termos arrumado a maioria das coisas, o quarto de visitas ainda estava sendo pintado, já que era o único cômodo que não estaria em uso no momento. Eu estava exausta de ficar arrumando as coisas, e Christopher ainda estava tentando aprender a cozinhar então pedimos uma pizza para o jantar. 

Eu estava sentada em um dos milhões de pufes que havíamos comprado para o quarto de brinquedo dos dois enquanto Christopher estava lendo uma história para os dois, que estavam quase dormindo também jogados no meios daquelas almofadas gigantes. Ouvi a campainha tocar e olhei para Christopher.

— Deve ser a pizza.

— Provavelmente. —  Fiz um biquinho.

— Vai lá, eu estou ocupado. — Fez um movimento com os livros para que eu visse.

—  E se for um tarado? Eu sou apenas uma pobre moça. — Ele não aguentou e começou a rir.

— Tá, eu vou, mas você faz eles dormirem e eu preparo as coisas para comermos.

— Ok.

Tomei o lugar dele e fiquei lendo para as crianças que não demoraram muito para dormir. Depois de me certificar que eles estavam realmente dormindo, deixei apenas a luz do abajur acesa, encostei a porta e saí, deixando-os dormindo no pufe.

Já no andar de baixo, Christopher estava na sala, sentado no tapete já comendo a pizza. Olhei para ele com cara feia e ele deu de ombros.

— Seu guloso.

— Estou com fome, ué! —  Sentei-me ao seu lado e roubei uma mordida do seu pedaço de pizza. —  Dormiram?

— Sim. Eles cansam minha beleza às vezes.

— Ah, a gente vai fazer mais em breve. Quero essa casa cheia de pirralhos catarrentos. —  Fiz uma careta. —  Que foi?

— Você já pariu um filho alguma vez? Por que vocês homens falam assim, mas não é vocês que mijam um bebê. — Peguei um pedaço de pizza de queijo e comecei a comer.

  — Entretanto...

—  Entretanto o quê?

— Todo bebê sai daqui. —  Ele apontou o volume na calça dele e eu dei um tapa em seu braço. —  Au, isso dói! Você é baixinha, mas é forte, sabia?

— Sabe, isso é bem injusto. Homem não sofre nada.

—  Como não, Dulce? E como a gente fica pela manhã? Não conta? Você não tem que fazer acrobacia pra urinar de manhã. Não faz ideia de como é levar um chute no saco.

— Ainda bem né, meu amor. Vocês homens são tão frescos, não aguentam nada. 

— Olha, mas vocês reclamam de parir e não reclamam na hora de fazer, né? Você pelo menos, adora dar uma cavalgada.

  — Christopher! —  Minhas bochechas coraram e ele as apertou. — Idiota! Eu sou menina moça direita.

— Harram. Lembra quando a gente foi pra Cozumel? Você não me pareceu uma menina moça direita como diz.

— Aqueles dias foram bons né? A gente devia repetir, mas como a gente apronta uma daquelas com aqueles dois lá em cima?

  — Aposto que não faltariam pessoas para passar uma semana com eles. —  Christopher robou-me um selinho demorado. —  Você já vai entrar de férias, então... se você quiser... —  Ele pegou uma mecha de meus cabelos e começou a enrolá-la no dedo.  

[Revisão] Forgive (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora