CAPÍTULO VINTE E SEIS

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Peguei Alice no berço depois de vestir um roupão e saí com ela do quarto para não acordar Santiago. O choro dela era de total desespero, e eu sabia que não se passava de manha.

— Ta bom, filha, já chega de chorar. Vai acordar os vizinhos.

Levei-a até meu quarto, onde Christopher já estava novamente de cueca. Aquilo sim era frustrante. Tanto tempo longe para quando a gente finalmente se acertar, ter um momento desses interrompidos.

— O que ela tem? É normal ela chorar assim?

— Quando ela está com pirraça, sim.

Tentei deitá-la na cama, mas ela grudou em meu pescoço gritando e chorando ainda mais. Christopher arregalou os olhos e eu suspirei.

— Alice, já chega. — Ele a tirou à força do meu braço.

— Tudo bem, eu já estou acostumada.

— Ela é quem está mal acostumada. Se com nove meses já está assim, imagina quando tiver maior.

— O que quer dizer? Que estou criando minha filha errado?

— Nossa filha! E não estou dizendo isso, é só que crianças precisam de limites. — O olhei deixa-la deitada na cama e ela ficou esperneando, coisa que eu nunca tinha visto ela fazer.

— Explica a um bebê de nove meses o que é limite, e depois a gente conversa.

— Deixa ela chorar até ver que não vai adiantar. Até ser vencida pelo cansaço.

— Ou até os vizinhos vierem reclamar, são duas horas da madrugada Christopher. —  Ele sequer se moveu. —  Eu vou pegar água.

Saí antes que começasse a me estressar com o choro dela e fechei a porta. Enquanto afastava do auarto eu ouvia Christopher falar com ela mantendo a voz firme e autoritária. Eu devia interferir? Tudo bem que ele era pai dela, mas eu nunca briguei com ela antes e ver alguém fazendo isso me partia o coração.

Peguei a mamadeira dela e coloquei um pouco de água e depois voltei para o quarto. Ela ainda chorava e ele estava em pé olhando-a fazer birra na cama. Não parecia um bebê de nove meses, o que me assustou um pouco. Talvez fossem os últimos dias sem minha presença e eu sabia o quanto Blanca gostava de mimá-la.

— Ela não vai parar.

— Deixa ela.

Eu o ignorei e peguei-a no colo. Pensei que ela calaria, mas ela ficou chorando, ainda que com menos intensidade, e deitada com a cabeça em meu ombro.

— Filha, para. — Fiquei acariciando as costas dela e andando de um lado para o outro no quarto. — A mamãe tá aqui, não chora. Quer água? Toma um pouco.

Christopher saiu do quarto e eu revirei os olhos. Não seria agora que ele iria me dizer como agir com minha própria filha. Sentei-me na cama e dei um pouco de água pra ela.

Ela só se calou uma hora depois quando foi vencida pelo sono e finalmente eu consegui dormir, mesmo assim, ela só ficou por qie estava deitada comogo.

Eu senti quando Christopher voltou para o quarto e se deitou ao meu lado, mas eu estava tão cansada que nem mesmo cogitei a possibilidade de abrir os olhos. Depois eu senti ele me envilver em seus braços e dar um beijo em meu ombro antes de eu apagar de verdade.

A noite passou rápido e acordei com Christopher colocando uma mamadeira nao criado mudo.

— Chris?

— Volte a dormir, ainda está cedo. — Ele se sentou na beirada ca cama. — Eu fiz a mamadeira, quando ela acordar, tá aqui.

— Obrigada!

[Revisão] Forgive (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora