CAPÍTULO VINTE E CINCO

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Depois que me deram um calmante eu apaguei. Definitivamente eu não estava podendo me estressar e aquele dia parecia que tudo estava conspirando contra mim, o que fez com que omédico respondavel restringisse a visita apenas a família.

Eu guardei tanta coisa dentro de mim nos últimos meses que quando resolvi colocar para fora o meu coração não aguentou e se eu não tratasse de ficar bem, era provável que cedo ou tarde eu teria que enfrentar uma cirurgia, então eu simplesmente concordei com a exclusão das visitas e me aquietei pelos três dias seguintes.

Falei com Christopher apenas por mensagem de texto já que ainda não estávamos oficialmente juntos e ele não pôde mais me visitar, mas no dia que recebi alta, ele fez questão de ir me buscar.

— Desculpa não ter entrado. Não tinha com quem deixar o Santiago e tive que traze-lo comigo.

Olhei o pequeno que dormia profundamente com a cabeça no ombro dele e depois olhei as horas. Passavam de cinco da tarde, e até onde sei, não era um bom horário para ele dormir.

— Ele está bem? — Roubei um selinho dele enquanto ele pegava minha bolsa.

— Enjoado que só. Todo dia a mesma coisa.

— Mas ele está bem? Eu ouvi você falando com o Christian que tinha algo errado.

— Sim. Ele só está fazendo manha porque não fico mais em casa com ele, mas ele precisa se acostumar. Vamos?

— Sim. Ann, a gente vai pegar a Alice na minha irmã, tá?

— Só me mostra o caminho.

Santiago acordou quando Christopher o colocou na cadeirinha, mas quando ele ligou o carro o menino voltou a dormir.

Mostrei o caminho até a casa dr Blanca para Christopher e quando chegamos lá ela estava saindo no portão. Alice assim que me viu abriu a boca a chorar.

— O mamãe, eu senti saudades de você.

Peguei-a no colo e ela abraçou meu pescoço. Tive tanta pena dela por ficar tanto tempo longe de mim.

— Ela está cansada, tirou várias fotos hoje. A Annie pegou ela cedo pra tirar as fotografias de dez meses e a bixinha tava brava por que ela já vai fazer onze meses.

— Você foi? — Revirei os olhos. Sabia que ela não estava brava só por isso.

— Não. Ela levou ela, depois trouxe de volta.

— Ah, tá! Eu vou indo, preciso da minha casa.

— Você está melhor? — Ela olhou por coma do meu ombro, em direção à Christopher. — Então é oficial? Voltaram mesmo?

— Temos muito o que conversar ainda, mas pode se dizer que sim. Enfim... eu vou indo, Blan... obrigada por ficar com ela.

— Sempre à disposição.

Christopher saiu do carro para por a cadeirinha dela lá e depois guardou as bolsas dela. Alice só parou de chorar quando ele deu partida. Duas crianças extremamente carentes pela ausência dos pais. Aquilo precisava mudar.

Foi difícil subir para o apartamento com tanta bolsa e as duas crianças, mas por fim eu estava na minha querida casa.

— Acho que está entregue.

Ele disse enquanto eu colocava Alice no carpete e ia fechar a porta da cozinha. Eu ainda não tinha me recuperado da última vez que ela foi pra lá sozinha.

— Não vai não. Fica aqui hoje. — Pedi fazendo um biquinho como se ainda fosse uma adolescente.

— Acho que não é uma boa ideia. — Ele olhou o filho.

[Revisão] Forgive (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora