CAPÍTULO DEZOITO

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— Assim sendo, a menor Alice Casillas Saviñon fica em guarta total do pai Christopher Alexander Luis Casillas Von Uckermann, privando a mãe e réu Dulce Maria Espinosa Saviñon da aproximação da menor.

— O quê? — Gritei, levantando-me enquanto as lágrimas escorriam em meu rosto.

Do outro lado da sala Christopher comemorava a vitória e atrás de mim as pessoas falavam palavras de indignação.

— A Alice é minha filha, vocês não podem fazer isto!!!

— Dulce, para. A gente bai revidar.

O advogado ao meu lado era Eddy Villard, o noivo de zoraida. Ele se levantou quando le viu levantar.

— Você não vai fazer nada! — Ele segurou minha mão.

— Ordem no tribunal! — O juiz bateu sobre a mesa fazendo todos se calarem. Voltei a me sentar, sentindo meu peito doer e o ar me faltar. — Assim sendo, declaro a sessão encerrada.

Vi em câmera lenta Ana entrar acompanhada de um policial e trazendo Alice consigo mos braços. Ela me olhou com pena, mas precisou seguir até Christopher!

— Alice!!! — Gritei e saí correndo ma direção dela, mas os guardas me impediram. — A minha filha não, por favor! Minha menina não!

Alice que ouvira meus gritos começou a chorar, esticando-se na minha direção e temendo os braços do pai, que me olhava com desdém. O choro dela ecoou em minha cabeça e eu apaguei aos poucos.

Voltei a abrireus olhos e o choro persistia, mas dessa vez eu estava deitada no sofá do meu apartamento.

— Ah meu Deus, Alice!

Saí correndo para o quarto, quase batendo minha cara ma parede e quando cheguei lá ela estava de pé virada para a porta. Eu tinha apagado enquanto chorava no sofá e provavelmente ela estava faminta.

— Acabou meu amor, a mamãe já está aqui.

Peguei-a no colo e saí do quarto. Dei alguns beijos no rostinho dela tentando faze-la parar de chorar.

— Está com fome? Hum? A mamãe vai fazer seu papá, tá? Não vai demorar.

Fui para a cozinha e a coloquei no cadeirão, depois dei a ela um pouco de banana amassada para ela se distrair até eu fazer sua comida. A sopa ficou pronta quase meia hora depois, e então eu dei a ela que comeu com gosto.

— Tá difícil, né meu amor? Ainda mais sem a Ana aqui, mas a mamãe vai dar um jeito misso, tá? Só tenha um pouquinho de paciência comigo.

— Dadada. — ela sorriu com a boca toda suja e eu dei um beijo ma testa dela.

— A mamãe te ama muito, e sei que não é justo com você. Você não tem culpa do que houve comigo e acho que está na hora de conhecer o seu pai.

Ela abriu a boca esperando mais uma colherada da sopa e eu suspirei. Não estava nem um pouco preparada para abrir minhas portas para Christopher novamente, mas eu estava com tanto medo de perder minha filha que estava disposta a selar qualquer acordo para não me afastar dela.

Depois do almoço esperei ela dormir e então piguei para Alfonso, chamando-o para se encontrar comigo em um café que tinha há poucas quadras do meu apartamento, e no final da tarde, nos encontramos lá.

— Desculpe o atraso, o trânsito está bem intenso hoje.

Ele me cumprimentou com um beijo na bochecha e depois deu outro no alto da cabeça de Alice que agora estava sentada no carrinho distraída com um biscoito.

[Revisão] Forgive (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora