CAPÍTULO TREZE

2.8K 185 51
                                    

— A gente vai se dar muito bem, não é carinha?

— Christian, deixa ele quieto tá? E para de apertar a bochecha dele.

Ouvi ai da do corredor Christopher ralhar com Christian. Parte de mim queria ficar ali ouvindo a conversa deles atrás da porta, mas eu precisava trabalhar.

— Então já sabe, se precisar de algo me ligue e qualquer coisa estranha você chama a Dulce ou alguém. De preferência a Dulce, porque ela é a única que consegue acalma-lo.

— Ah claro. Seria cômico se não fosse trágico! — Comentários desnecessários eram típicos dele. Por que era tão difícil guardar a língua dentro da boca! — Eu ainda não conversei com ela, mas como ela reagiu? Bom, isso não era algo que alguém esperava.

— Não importa. O Santi não tem culpa do que eu fiz e nem de ter o mesmo sangue que a Natalia. Enfim, eu preciso realmente ir, então, obrigado mesmo cara.

— Firmeza. Vamos brincar muito, né?

— Tchau meu amor, o papai volta no fim da tarde tá? Se comporta com o tio Chris.

Eu consegui visualizar o biquinho de choro que ele fazia quando via o pai dele sair. Até que para alguém que se saiu a perfeita cópia da mãe, até que ele era fofinho.

Para que eles não percebecem que eu estavaouvindo, entrei no quarto antes que Christopher saísse, o que causou um clima estranho. Christopher não parava de me olhar e eu, embora não olhasse diretamente para ele podia sentir isto.

— Bom dia Chris. Você por aqui?

— O Christopher me pediu pra ficar com ele hoje, e como estou de folga temporariamente, por que não?

— Foi demitido?

— Ah não, eu só fui convidado a me retirar. Só porque mandei meu chefe ir se foder, acredita nisso?

— Ah, claro que acredito. De você eu não duvido nada.

— O cara era um imbecil, não tenho culpa se a esposa dormiu de calça jeans.

— E você sempre um santo.

— Eu vou indo, Christian. Até mais! Tchau Dulce.

Christopher saiu e eu ignorei por completo. Eu ainda estava brava pelo dia anterior e não queria falar com ele.

— Você está bem?

— Sim. — Limitei-me pegando o relatório de Santiago que agora estava de pé no berço resmungando e me olhando. — E você? Está melhor? Hum?

— Ele gosta de você.

— Parece que sim. — Pincelei o nariz do menino e ele riu.

— Estou falando do Christopher.

— Tanto quanto gosto de brócolis.

— E está disposto a reconquistar você.

— Se reconquistar para ele é insinuar que eu sou uma puta feito a Natalia que só está com o Paco por causa de sexo, então acho que ele tem um conceito muito equivocado sobre isso.

— Ele fez o quê?

— Olha Chris, eu não quero falar nele, pode ser? Estou aqui a trabalho.

—To vendo. —Seus olhos estavam em minha mão, e esta estava acariciando o cabelo de Santiago.

— Ele é só um bebê.

— Como a Ali? — Arregalei meus olhos.

— Você não... você não teria coragem.

[Revisão] Forgive (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora