CAPÍTULO VINTE E UM

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Toquei a campainha do enorme portão marrom e esperei minha mãe abrir, então eu entrei com o carro ma garagem e depois de poucos minhtos me vi debtro da casa quente e aconchegante dela.

— Dulce, o que houve? Me deixou preocupada, estava com uma voz tão triste.

— Ah mamãe.

— O filho pródigo retorna ao lar! — Meu pai apareceu na sala, trazendo consigo um jornal, então provavelmente ele estava no banheiro. Fernando e suas manias! — Ora, ora, se não é o bebê mais lindo do mundo.

Ele tomou Alice dos meus braços e saiu dando beijos no rosto dela.

— Oi pra você também, pai!

Praticamente gritei, irritada. Ele nem se deu ao trabalho de responder, porque sabia que eu estava de birra.

— Você já jantou?

— Não. Eu só quero conversar, a senhora tem tempo? — Cruzei os braços e me encolhi, como se esivesse sentindo frio.

— Claro, meu amor! Vem, senta aqui.

Olhei em volta, estávamos a sós na sala, mas sabia que meu pai podia voltar a qualquer momento.

— A gente pode ir lá pra cima? Não acho que o papai vai gostar muito da conversa.

— É tão sério assim?

— Não sei. Eu só preciso da minha mãe agora.

— Tudo bem.

Nós duas subimos para o meu antigo quarto e então eu falei a ela tudo o que estava acontecendo. Eu precisava desabafar ou eu explodiria a qualquer instante. Durante a tarde precisei tomar alguns remédios para a dor de cabeça parar e eu estava com o nível de estresse nas alturas.

Contei a ela sobre o que eu sentia, sobre o que eu havia feito e tudo que havia acontecido desde que Christopher voltou e então ela ficou um tempo em silêncio, vendo-me chorar com a cabeça em seu colo.

— Eu já volto, fica aqui.

Enfiei-me em baixo do edredom macio com cheiro de rosas e fiquei ali, como nos velhos tempos. Era bom morar sozinha, mas às vezes me batia uma saidade imensa de morar com leus pais, que apesar de serem chatos como todos os pais, pelo menos estavam sempre ali para mim. Eles estavam ali na minha primeira decepção amorosa, aos quinze anos de idade quando vi Christopher beijar Belinda na festa de final de ano letivo do colégio, enquanto eu fiquei sentava na mesa, olhando todos se divertirem e dançarem.

— Dulce?

Ela chamou e eu despertei do meu transe. Fiquei tão inerte em meus pensamentos que nem a vi chegar com uma caneca enorme com algo tão quente que era possível ver a fumaça.

— Desculpa, eu não te vi.

— Fiz pra você, como você sempre gostou. — Sentei-me, peguei a caneca e então vi que se tratava de chocolate que te, e dentro dele um pouco de canela salpicada. O cheiro estava tão bom.— Chocolate quente sempre ajuda.

— Como nos velhos tempos?

— Hurrum.

Eu sorri e ela enxugou meu rosto. A melhor mãe do mundo, sem sombra de dúvidas era a minha.

— Quer ouvir o que eu tenho a dizer?

— Claro que sim.

— Bom, primeiramente você precisa entender que nada nesse mundo desfará a existência do menino, então, seja lá qual a sua decisão final, ele sempre vai estar ali, e que independente da sua decisão, você não pode nunca culpá-lo de nada.

[Revisão] Forgive (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora