CAPÍTULO TRINTA E SEIS

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Estacionamos em frente à casa dos meus pais mais uma vez e então olhei pelo retrovisor. Já passava de oito horas da noite e Alice já tinha capotado no banco de trás. Santiago estava quase dormindo, mais ainda relitava contra o sono. Alexandra estava dentada entre os dois mexendo no celular calada.

Passaríamos a ceia de Natal na casa dos meus pais, e como ela não tinha mais ninguém, meus pais a convidaram para ir passar com a gente.

— Vou tocar a campainha, esperem aqui que está muito frio lá fora. Quando abrirem vocês entram com eles.

Disse Christopher destravando o cinto e saindo do carro. Fiquei olhando ele dar a volta e ir até o portão. Demorou um pouco até o portão ser aberto e meu pai aparecer por ele, então eu saí do carro e fui pegar Santiago, já que Alexandra se apressou em pegar Alice.

— Chris, não esquece dos presentes e da bolsa deles.

Meu pai tomou Santiago dos meus braços quando cheguei perto dele e eu arregalei meus olhos. — Ajude o Christopher, deixa que eu levo meu neto pra dentro.

— Oi?

Perguntei incrédula. Que história era essa? E como ele se achava no direito de tomá-lo de mim? Christopher me olhou e sacudiu os ombros, depois foi na direção do porta malas do carro. Soltei um suspiro buscando o mínimo de paciência e fui ajudpa-lo a pegar os presentes que eram muitos. Eu fiz questão de colocar presentes para todos da minha família em baixo da árvore e Christopher quase surtou quando me viu chegar com tantos embrulhos em casa.

Depois que os colocamos em baixo da enorme árvore de natal que estava na sala, eu cumprimentei um a um. A casa estava cheia com as mesmas pessoas do jantar de alguns dias atrás, porém parecia ainda mais animada. Clara e Alesia corriam pela casa como se estivessem em um parque de diversões, minhas irmãs estavam sentadas no sofá tomando algo e conversando alto, meus cunhados estavam no jardim próximos à uma fogueira que tinham montado, o que eu achei um pouco estranho, e minha mãe como sempre, estava na cozinha. 

  — Dulce, onde eu coloco a Ali? Ela não acordou. —  Perguntou Alexandra chegando perto de mim.

— Me dá, eu a levo lá pra cima.

—  Mas e se ela acordar? Não vai ter ninguém pra saber.

— Tem uma babá eletrônica aqui, eu vou descer com ela. Não se preocupe, vá aproveitar a noite.

Peguei Alice com cuidado para ela não acordar, mas no mesmo instante Claudia chegou pegando-a do meu colo e conversando com ela para ela acordar.

— Deixa de ser ruim, Clau.

— Hoje é Natal. Seu entiado tá aí tocando o terror e ela dormindo? Não mesmo. É o primeiro Natal dessa mocinha e ela vai ficar acordada, né coisa gostosa da tia? —  Ela pendurou ALice à frente do rosto e ela esfregou os olhinhos, fazendo bico de choro. —  Olha, vamos lá ver a árvore de Natal.

— Claudia, deixa ela.

Mas ela me ignorou completamente e foi até a árvore com Alice. Eu sabia que era só questão de tempo até ela começar a chorar como se estivesse sendo torturada, e com certeza ela teria que conseguir fazer minha filha parar de chorar.

Sentei-me ao lado de Blanca e logo Christopher veio me entregando uma taça de vinho e se sentando no braço do sofá ao meu lado. Fiquei olhando a bagunça na sala. Meu pai estava deitado no chão com as netas, ou melhor, os netos como ele prefere, se jogando em cima dele, gritando e rindo da brincadeira. Santiago era o menor na turma da bagunça, e era engraçado vê-lo tentar correr às vezes, mas logo ele caía e comçava a rir. 

[Revisão] Forgive (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora