CAPÍTULO SETE

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"Está tudo bem." Mentalizei essa frase para eu mesma enquanto dava um último retoque no meu batom antes de descer do carro enquanto Paco desligava o carro. Eu já estava nervosa de ter que deixar minha filha sozinha em casa novamente e para melhorar a situação, Christopher acabara de estacionar o carro bem ao lado do que eu estava. Maite deveria no mínimo ter me avisado que ele havia sido convidado, e embora eu já imaginasse, eu não estava preparada para vê-lo ali.

— Vamos?

Perguntou Paco e eu assenti, guardando o batom na minha bolsa. Dei mais uma olhada no espelho enquanto ele dava a volta no carro para abrir a porta para mim e então ele me ajudou a sair, segurando minha mão.

— Você está linda!

— E você já disse isto quando me pegou no meu prédio. — Apesar de estar com um salto enorme, eu precisei esticar para lhe dar um selinho.

Depois ele me estendeu o braço e me acompanhou até a entrada da igreja, onde Anahí e Alfonso estavam. Aquela mulher loira estava incrível, com seu vestido rose e que desenhava perfeitamente sua cintura que dava inveja em qualquer um. Paco e eu cumprimentamos os dois e depois eu fui cumprimentar mais algumas pessoas.

— É hoje que a jiripoca vai piar!

Christian chegou por trás, falando isto em alto e bom som e eu revirei os olhos. Como ele podia, depois de tanto tempo, ainda ficar com esse jogo? Eu gostava muito dele, mas nunca consegui perdoá-lo por ter colocado a víbora em meu caminho.

— Vai dar o rabo, Christian! — Afastei-me dele, irritada demais para sequer olhar na cara dele.

Enquanto conversava com Anahí em um canto, eu tentava não reparar em Christopher. Ele estava elegante com sua roupa a vigor e agora seu cabelo parecia ter sido aparado e sua barba arrumada. Como se estivesse com medo de mim, ou de Anahí que estava quase crucificando ele com o olhar.

— Dá para parar de olhar?

Pedi, quando Paco se afastou para atender o celular. Aquilo estava ficando muito na cara.

— Eu não sei o que este filho da puta está fazendo aqui. Ele não é bem-vindo. — Ela realmente continuava irritada com ele e ele com certeza percebeu isto.

— A Mai não parece pensar isto. — Dei de ombros fingindo mexer em minhas unhas. — Eu vou ligar pra casa, preciso saber como a Alice está.

— Ela não melhorou?

— Está naquela de fica bem e fica ruim. Mas está diminuindo com o tempo.

— Espero que fique bem logo. Vai lá, eu vou procurar o Poncho.

Afastei-me um pouco daquele monte de gente e liguei para saber como ela estava e para melhorar a situação, levei uma bronca por ligar. Blanca disse que se eu ligasse de novo ela não iria atender e fez todo o drama possível.

—Dulce?

Paco chegou por trás e eu me virei. A cara dele era de longe a melhor. Só de olhar para ele eu já me senti extremamente ansiosa. O casamento começaria em menos de meia hora e aquele era o pior momento para ele me dar a notícia de que precisaria ir embora. O motivo? Plantão . Eu odiava esse tipo de plantão, porque, apesar de poder ficar em casa, eu sabia que a qualquer momento eu poderia se chamada então eu não poderia marcar nenhum compromisso sério.

— Eu preciso ir.

— Tudo bem. — Suspirei. Ele não tinha escolha e eu sabia disto.

— Você vai ficar bem. Só aproveita o casamento da sua amiga, tá?

[Revisão] Forgive (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora