33 - Noite de boliche

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      Dois dias depois, acho que começamos a esquecer o que aconteceu no churrasco, ou pelo menos evitávamos falar. A mãe da Avery passou bastante mal quando soube do que aconteceu e teve que ir ao hospital, mas graças a Deus ficou tudo bem e ela já está em casa. Eu literalmente proibi meu irmão de ir para a zona da casa da Avery outra vez, mesmo que fosse para lhe deixar em casa, pois acima de tudo, não queremos que nada igual aquilo se repita. O Marcus ligou para mim cheio de preocupação por saber o que aconteceu e ficamos muito tempo falando no celular, o que deixou o Aaron enciumado quando lhe disse. Hoje marcamos todos de ir ao boliche quando anoitecer, menos a Avery, porque ela preferiu ficar em casa para cuidar da mãe. Ela é uma das pessoas que mais está chateada com o que aconteceu, porque apesar de conhecer o Will "muito bem", ela nunca imaginava que ele iria ter coragem de fazer o que fez, ainda mais na frente de todo mundo e do próprio afilhado. Antes de me arrumar para sairmos, vejo que faltam algumas coisas na dispensa e me ajeito para ir ao mercado.

–Precisam de algo do supermercado ? –Pergunto aos dois que estão esparramados no meu sofá vendo televisão.

–Eu quero cereais! –Meu irmão fala.

–Você pode trazer café também, Alexinha ?

–Mais café ? Eu comprei café antes de ontem, Diogo!

–Acho que já acabou. –Ele dá de ombros rindo e eu vou na cozinha conferir.

–Você vai acabar morrendo de tanto tomar café. –Dou risada. –Só precisam disso mesmo ?

–Sim. –Falam e eu saio.

Chego no supermercado e vou pegar as coisas que preciso. Aproveito para comprar alguns pacotes de muesli que o Aaron pediu. As coisas são poucas, então logo me dirijo ao caixa, mas lembro que ainda falta um item que esqueci de por na lista e volto para pegar. Entro na seção de temperos e procuro algo que nem lembro o nome direito, mas só de ver, já sei o que é. Quando me viro, o Estevão está parado atrás de mim, o que faz com que eu me assuste.

–Que susto, Estevão! –Levo a mão ao peito.

–Desculpa! Não queria te assustar. Está tudo bem ?

–Sim. O que você faz aqui ?

–O mesmo que você. Compras! –Ele fala como se fosse algo obvio.

–Você nem mora aqui, Estevão! A motivo de quê você vem fazer compras em um supermercado a minutos de distancia da sua casa ?

–Eu estava de passagem e resolvi parar. –Fala e eu reviro os olhos.

–Okay, mas agora preciso ir. –Me viro, mas já esperava ele puxar meu braço, o que aconteceu.

–Espera!

–O que é ? Dá para soltar ?

–Desculpa. É que ... Eu sinto sua falta, Alexia!

–Me deixa em paz, Estevão! –Tento me virar e ele me puxa outra vez. –Você quer parar de puxar meu braço ?

–Só quando você parar e conversar comigo direito.

–Eu não vou conversar com você de modo algum! –Trinco o dente. –Agora me solta antes que eu faça um escândalo aqui dentro ?

–Apenas me dá a chance de me explicar.

–Solta minha irmã! –Escuto a voz autoritária do Lucas atras dele, o fazendo me soltar e se virar.

–Solta minha irmã! –Escuto a voz autoritária do Lucas atras dele, o fazendo me soltar e se virar

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