13 - Chicago Air and Water Show

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Um capítulo novinho e na visão do nosso querido Aaron para o sábado de vocês.
Deixem seu voto e comentário, por favor!!
Boa leitura, nenês ❤

Aaron

     Eu confesso que não estava esperando a Alexia me beijar. Eu sei que foi no rosto, mas mesmo assim foi espetacular. Fiquei feito bobo no carro e depois me dei conta que teria que ir para casa, então dei a partida. Não queria que ela soubesse que às 15h eu tinha que tomar remédios para cansaço, então apenas desliguei o alarme inconveniente e andamos pelo Park, mas o calor não colaborou comigo e eu não resisti ao cansaço. Cheguei em casa sentindo o coração acelerado e abri a mochila em busca do remédio, tomei de uma vez com um copo de água e entrei para o banho. Saí um pouco mais relaxado e com o corpo mais fresco, deito na cama e lembro que esqueci de mandar mensagem para a Alexia. Quando pego o celular, já tem duas mensagens dela.

"Ainda não chegou em casa ? Está tudo bem ?" -Dou um sorriso de lado pela sua preocupação e a respondo.

"Desculpa. Cheguei e fui tomar banho."

"Ah, menos mal. Estava preocupada."

"Não precisa. Está tudo bem mesmo." -Na hora que respondo, sinto minha visão ficar turva de repente e largo o celular imediatamente. Tento levantar da cama, mas sei que vou cair se fizer isso, então sento novamente e espero passar. Fico um tempo com os olhos fechados e olho as horas.
Demorei tempo demais para tomar o remédio na hora certa, então quando a tontura passa um pouco, me levanto com cuidado e vou no frigobar. Abro a porta e encontro minhas injeções junto com as ampolas. Faço uma careta e as pego com cuidado, levando para uma cadeira. Não que eu tenha medo de agulhas ou algo assim, até porque já estou acostumado, mas odeio a parte de ter que tomá-las. Eu só faço isso em último caso, então como não tomei o remédio na hora, devo aguentar as consequências.
Se minha mãe souber que cheguei ao ponto de tomar injeção, é bem capaz dela vir aqui em Chicago me buscar. Amarro a liga no braço e a aperto até sentir minha própria pulsação, então destampo a injeção e injeto o líquido diretamente no meu braço. Espero um tempo para fazer efeito, só então me levanto e volto para o quarto, onde deixei o celular.

"Nem acredito que hoje já é sexta." -Uma nova mensagem da Alexia.

"O que tem ?"

"Não tenho que ir trabalhar amanhã."

"Ah. Você não gosta do seu trabalho ?"

"Eu adoro o meu trabalho, o que eu não gosto é de acordar cedo."

"Entendo. Eu já estou acostumado a acordar cedo."

"Você é do campo. Não vale!"

"É uma vantagem."

"Sorte sua."

     Era impressionante a forma como eu me sentia importante perto dela. É como se eu tivesse em casa e pudesse falar qualquer coisa que ela entenderia. Ela nunca demonstrava está cansada em falar comigo ou responder minhas mensagens e sempre entrava comigo em qualquer assunto que eu dava. Ela me conta coisas como se fossemos amigos faz tempo e eu fico feliz com toda a confiança que ela põe em mim. Ficamos falando por um bom tempo e a vontade de lhe pergunta sobre sua vida amorosa é incontrolável, mas eu tenho medo de parecer invasivo, então tenho que controlar de todo jeito. Ela nunca entra em assuntos que envolva sua vida amorosa, então também não vou forçar nada. Confesso que fico torcendo para que ela não tenha ninguém na sua vida e as vezes, sendo mais egoísta, torço para que ela venha sentir algo por mim, assim como eu sinto por ela. Digo, eu não sei o que sinto por ela, mas ela é importante para mim.

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