7 Desejos

Bônus

     Ao chegarmos em Chicago, notei que o Aaron estava um pouco diferente. Ele não tinha mais fome e estava muita das vezes cansado. Eu achava que era por causa da mudança brusca de temperatura ou até da falta dos pais, então apenas o ajudava com os remédios e o observava atentamente. Em uma noite em que o vi no banho, ele tinha vários hematomas pelo corpo e eu achei que ele tinha andando se envolvendo em brigas, mas ele admitiu que tinha levado algumas quedas do cavalo no trabalho.

–E por que você não me falou ? Você se machuca e não me fala nada, Aaron ?

–Não foi nada grave, amor. Se fosse, eu estava no hospital e não aqui com você.

–Você não leva nada a sério. –Saio do quarto emburrada.

Na mesma semana que voltamos para casa, eu voltei ao consultório medico para fazer uma nova ultrassom. Já que eu estou com doze semanas de gestação e minha barriga, mesmo que nada muito notável ainda, já está um pouco mais endurecida. Meus seios parece que estão crescendo do dia para a noite e as veias, que eu sempre admirei nos seios de mulheres grávidas, também estão começando a aparecer nos meus. Infelizmente os enjoos ainda estão frequentes e meu humor parece um oscilador ambulante.

–Parece que o bebê de vocês está se desenvolvendo de forma linda e saudável. –A obstetra fala enquanto estamos na sua sala.

–Ele não tem nenhuma doença crônica, não é doutora ? –O Aaron pergunta e eu o olho de forma confusa.

–Não. Seu filho é completamente saudável, não se preocupe.

–Mas e os genes dele ? Ele vai continuar saudável até o fim da gestação ?

–Amor ... –O olho sem entender nada. Ele parece preocupado e até rói as unhas.

–Papais de primeira viagem também sentem medo. –Minha obstetra rir. –Não se preocupe, Aaron. Vocês estão vindo para as consultas regularmente e a Alexia também tem tomado todas as vitaminas, então se continuar assim até o fim da gestação, é certeza que o bebê nasça completamente saudável.

–Tudo bem. –Ele solta um suspiro alivado e voltamos para casa depois de marcamos uma nova ultrassom para dezembro.

Na quarta feira, o Aaron estava de folga e eu me despedi pela manhã dele com uma dor no coração. Na noite passada ele teve febre alta e mesmo sem querer comer, eu o obriguei, me arrependendo logo depois quando ele começou a vomitar tudo o que comeu. Eu o obriguei a ir no médico e o acompanhei. Ele estava apenas com uma crise e fomos liberados depois dele tomar soro fisiológico. Ele nem acordou com o meu beijo como o de costume, mas deixei um recado amoroso para ele antes de sair. Eu não consegui me concentrar no trabalho direito, ainda mais quando a Avery disse que a dona Marie estava internada e tinha piorado. No dia seguinte a loja não ia abrir porque a Luísa tinha algo importante para fazer em uma cidade vizinha, então marquei de irmos visitar ela na quinta. A floricultura acabou fechando mais cedo que o normal e as meninas da tarde não iam ter trabalho, então depois de me despedir da Avery e desejando melhoras para ela e sua mãe, corri para casa afim de ver Aaron.

–Amor ? Cheguei. –Abro a porta do apartamento e entro.

–Oi, estou aqui. –Escuto sua voz um pouco melhor e vou até o quarto. Ele está quase deitado na cama, coberto e vendo televisão. As cortinas estão fechadas, deixando o quarto um pouco escuro.

–Você está bem ? –Me sento ao seu lado na cama conferindo se está com febre.

–Um pouco enjoado, mas bem. –Sorrir e me beija.