57 - Ela não é adorável ?

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Alguns dias depois ...

Alexia

–Anda, amor. Eu preciso te mostrar uma coisa. –O Aaron praticamente me puxa para fora da sua casa. Ele está um pouco mais magro e fragilizado e insisti que não se levantasse da cama, mas não houve nada que o fizesse mudar de ideia. Embora soubéssemos que estava se aproximando sua partida, ele estava radiante. Estava feliz por estarmos juntos e mesmo que eu tivesse dolorida, eu também estava feliz por ele estar feliz.

–Mas pra onde estamos indo ?

–Você só vai saber se vier comigo.

–Mas você devia estar descansando, amor.

–Eu vou ter muito tempo para ficar deitado. –Pisca para mim e eu faço cara feia para seu humor negro. –Brincadeira. –Beija minha testa e voltamos a andar.

Depois de andarmos um pouco por um caminho de pedras que eu nunca tinha ido antes, chegamos em frente a uma linda casa de fazenda. A casa era pequena, ao contrario da sua, mas não deixava de ser linda. A frente tinha gramado, um caminho de pedras que ia até a porta, várias arvores perto e algumas cadeiras espalhadas debaixo de guarda chuvas gigantes. Suas paredes por fora eram amarelas com um tom em marrom e eu olhei para o Aaron querendo saber o porque daquilo.

–Lembra que eu te prometi que você teria uma casa no campo ? –Fala se virando para mim e pegando nas mãos.

–Amor ... –Tento falar emocionada, mas ele me interrompe.

–Esta é sua casa. Sua e da nossa filha. –Ele rir. –Eu não estou te pedindo para você vir morar aqui. Eu quero que você viva onde se sinta melhor. Seja em Chicago, no Brasil, aqui ou em qualquer lugar do mundo. Só estou falando que aqui agora você também tem uma casa para quando quiser.

–Não precisava. –O abraço sentindo lágrimas nos olhos.

–Esta casa é somente sua e da nossa filha. Eu já deixei tudo pronto e confortável para vocês.

Eu choro agarrada em sua camisa e ele me abraça.

–Vem que eu vou te mostrar o lado de dentro.

Entramos dentro da casa e ele vai me mostrando cada cômodo. Ainda não tem quase nada porque ele queria que eu decorasse da minha forma e eu não conseguia falar nada, apenas admirar cada espaço que ele tinha preparado especialmente para mim.

–Espera! Foi você quem construiu ?

–Sim. Eu e meu pai. –Sorrir. –Eu tenho outra coisa para te falar.

–O que ?

–Mas você tem que prometer que não vai recusar. Digo, tecnicamente não tem como você recusar porque eu já fiz, mas você tem que prometer assim mesmo.

–Prometo.

–Eu passei todos os meus bens para seu nome.

–O que ?

–Tudo que é meu agora é seu. Meus pais e o Klaus estão intimados a te ajudar com o que for preciso e você pode chamar eles sempre que precisa de algo. Seja o que for.

–Não gosto quando você fala assim. –Falo baixo.

–Eu também não, mas antes de pensar em mim, quero deixar você e nossa filha confortáveis.

–Você sempre será o melhor pai do mundo. –O abraço.

–Agora tenho outra coisa para te mostrar ? –Volta pegar na minha mão e andamos para outro comodo.

7 DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora