42 - O melhor da vida

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     Na primeira semana de setembro, eu já estava com o primeiro mês de gestação completo. No dia seguinte que ligamos para meus pais para dá a noticia, também ligamos para os pais do Aaron. A sua mãe pareceu ter ficado um pouco assustada, mas não conseguiu conter a emoção de saber que logo teria um neto. O seu pai, fechado como sempre, deu uma bronca no Aaron na minha frente de forma contraída e disse que sempre que precisássemos de algo, estaria ali para ajudar com o que fosse necessário, ficando tão feliz e animado quanto a Amélie.

Já com instinto de mãe, eu sempre me olhava no espelho procurando por qualquer vestígio da minha barriga crescendo, mas nunca notava nada visível. Eu tomava cuidadosamente cada medicamento e vitamina que me havia sido prescrito e além de melhorar minha alimentação, passei a fazer pequenas caminhadas quando a tarde começava a ficar com clima agradável. Eu queria mesmo era fazer de manhã, antes de ir ao trabalho, mas ultimamente tenho tido muito sono e por várias vezes, cheguei atrasada na floricultura. Ainda bem que a Luísa é compreensiva, mas não posso abusar e adicionei mais alarmes ao meu celular.

O Aaron tem sido ainda mais prestativo comigo e sempre cuida para me trazer tudo que eu desejo. Não costumamos passar o dia todo juntos porque não estou mais de férias, mas na maioria das vezes, ele vem dormir comigo. Passamos horas conversando sobre minha gravidez e fazendo planos para quando o bebê nascer. Um dos quartos do meu apartamento já decidimos que vai ser do nosso filho, então os presentes que já venho ganhado para ele, os guardo lá. Ainda não tem cara de um quarto de bebê porque preferimos cuidar disso quando soubermos o sexo, o que ainda vai demorar um pouquinho.

A Peggy e a Avery são duas que sempre estão comprando presentinhos unissex para o bebê e eu me divirto toda vez que saímos juntas, porque as duas vivem brigando para serem a madrinha do meu filho. O Aaron também foi praticamente o primeiro (A Peggy tomou o lugar) a comprar um presente e logo de inicio, me deu uma caixa em tamanho médio azul marinho e quando eu abro, de dentro tiro um conjunto de sapatinhos também azul marinho e um vestido poá da mesma cor com um laço vermelho na cintura.

–Amor ... –Me emociono ao ver tudo. –Ainda nem sabemos o sexo do bebê.

–Eu sei que não, mas eu sinto que é uma menina.

–Sente ? –Pergunto rindo e enxugando os olhos. Ele faz que sim com a cabeça.

–Talvez eu esteja enganado, mas sempre que penso no nosso filho, eu sinto que é uma menina.

–Eu te disse que você ia ser o melhor pai do mundo. –O abraço e o vejo soltar vento pela boca, indicando que ele quer chorar outra vez. –Você é ainda mais sensível do que eu.

–Eu sei. –Ele rir com os olhos já vermelhos. –Eu estou ansioso.

–Eu também estou. –Aperto suas mãos. –Mas o vestido é um pouco maior que o recém nascido, não acha ?

–Ah, sim! Eu comprei de propósito! Achei bonito. Você gostou ?

–Eu adorei! –Falo sincera sentindo o cheirinho do vestido. Ele leva a mão até a minha barriga e começa a alisar.

–Na terça já vamos poder ouvir o coraçãozinho do bebê pela primeira vez, não é ?

–Sim! Está ansioso ?

–Muito. –Sorrir. –E quando vamos saber o sexo ?

–Ainda falta um pouquinho de tempo, amor. A médica disse que há vários tipos de exames para saber, uns mais caros que outros. Pela ultrassom normal é por volta do quarto ou quinto mês.

7 DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora