37 - Eu só preciso de um tempo

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     Segunda feira é dia de voltar ao trabalho. Eu e o Aaron passamos o fim de semana todo juntos na sua casa e não poderia ter sido mais maravilho, mesmo tendo passado tão rápido quanto a luz. No domingo, fomos na minha casa só buscar meu uniforme para eu ir trabalhar na segunda e voltamos para sua casa. Ele levanta tão cedo quanto eu e rapidamente se apronta para ir me deixar na floricultura.

Depois de falar com seus pais por chamada de vídeo, sua mãe acabou pedindo meu numero e agora sempre falamos por mensagens de texto. Ela continua a ser a mesma simpática que conheci pela chamada, mas vez ou outra ela fica um pouco estranha, e se não é paranoia minha, acho que tem algo a ver com o fato do Aaron namorar comigo. Quando isso acontece, me sinto incomodada, mas prefiro não falar nada com ele para não causar intrigas, então sempre deixo esses pensamentos para lá e falo com ela normalmente. Eu sempre fui uma garota de ter uma paranoias meio estranha as vezes.

–Nos vemos mais tarde ? –O Aaron para o carro em frente da floricultura e se vira pra mim pegando no meu queixo e me beijando.

–Sim. Vai lá para casa ?

–Você quem sabe.

–Podemos assistir um filme, se você quiser.

–Combinado então! Agora eu vou a um pequeno leilão que vai ter perto de Montrose e te mando mensagem qualquer hora.

–Irei esperar. –Dou um selinho em seus lábios e saio do carro, me inclinando para ficar da altura da janela. –Se cuida.

–Você também. Eu te amo!

–Eu amo você. –Lhe assopro um beijo e entro na floricultura.

A Luísa anuncia que está de saída assim que eu chego, mas fala que chega antes do horário do almoço e que quer conversar algo comigo. Eu fico logo pensativa pelo que aconteceu na festa do Andrew e que talvez ele tenha lhe contado o que aconteceu, mas logo fico mais tranquila. O Andrew que achou o que estava procurando e eu não tiro a razão do Aaron ter agido da forma que agiu.

–Está tudo bem, meu amor ? –Ela chega poucas horas depois.

–Sim, por que ?

–Eu sei o que aconteceu na festa do Andrew, Lex.

–Luísa, eu sei que ele é seu filho, mas ...

–Não, não. Você está completamente certa!

–O que ?

–Desde que o Andrew passou a morar na Suíça, eu notei que ele tem ficado estranho. Ele agora sempre está em festas, se tornou um tanto baderneiro e parece que a maturidade regrediu depois que se afastou de mim para viver sozinho. Eu que tenho que te pedir desculpas por ele.

–Você não tem que se desculpar por nada, Luísa. Está tudo bem!

–Mesmo assim. Você também pede desculpas ao Aaron por mim e agradeça por, pelo menos por um dia, ter colocado o Andrew no devido lugar dele. Estava na hora de alguém mostrar para ele que o universo não gira a sua volta.

–Eu vou avisar sim. –Sorrimos juntas e pouco tempo depois, saio para o almoço junto com a Avery.

Almoçamos enquanto falamos do relacionamento dela com o meu irmão e fico feliz por saber que as coisas continuam a correr bem. Depois do almoço, pegamos a conta e caminhamos lentamente para a floricultura, mas no meio do caminho, somos interrompidas na calçada.

–Alexia, tudo bem ?

–Estevão. –Reviro os olhos. –De novo.

–Eu preciso falar com você urgentemente.

7 DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora