Capítulo 15

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Lindonas!!! Desculpem a demora! Mais um capítulo feito com carinho para vocês.



- Alô! - A voz de minha mãe me emociona e não consigo conter as lágrimas. Acho que a ficha caiu e o medo de não ter o apoio de meus pais me assusta. Não sabia o quanto queria ser mãe até a possibilidade surgir.

- Filha? Alessa? O que houve minha linda? Não chore que está me deixando nervosa. Você está bem? Filha!! - a voz da minha mãe começou a soar desesperada e meu pai também entrou na conversa. Respirei fundo e comecei a contar sobre a missão. Não contava para meus pais para não preocupá-los, mas agora precisava. No viva voz meus pais ouviam calados e contei tudo que eu podia contar, sem colocá-los em risco. Meu pai entende, apesar de se preocupar tanto quanto minha mãe. 

- E então, o que faço?- finalizo meu relato com a fatídica pergunta.

A essa altura estava mais controlada e meus pais chorosos. A insegurança bateu. E se eles não quiserem? Será que aguento? - Digam algo. - imploro a eles.

Meu pai é o primeiro a responder: - Filha, você sempre nos traz orgulho e agora nos faz duplamente felizes. Dois netinhos? Precisamos conhecê-los. Quando estará com eles? - meu pai está ansioso, coisa rar.

- Ah filha,  quero logo conhecer meus netinhos. Um casal é? Já me apaixonei. 

- Mãe, pai, obrigada pelo apoio. Não confirmei nada. Precisava antes saber da opinião de vocês. Daqui a pouco vou lá dar a resposta. Seria tão bom ter vocês aqui. 

- Verdade, minha linda. Assim que der vamos te ver e nossos netinhos. Agora se cuida e vai buscar nossos netos. - meus são sempre me surpreendem.

Desliguei o telefone e olhei para Natália e sua assistente, que acompanhava a conversa no viva voz. Só tive forças para dizer: - Por onde começamos?

Desse momento em diante só sei que foi uma correria louca. Me fizeram toneladas de perguntas, o comando mandando documentos, até meus pais foram contactados e entrevistados. Sei que às 10:00 horas estava diante do Juiz ao lado de meus pais.

- Meritíssimo, essa é uma situação incomum, mas nessas horas juntamos prova do convívio da pretendente com os menores. Como o senhor pode ver, essas provas são horas e horas de gravação em audio e vídeo de como a pretendente tratava e convivia com as crianças quando a mesma estava em missão. Temos um histórico impecável da mesma e quanto à seu estado civil, entrevistamos os pais da pretendente, um policial condecorado e uma professora, que não somente a apoiam como largaram todos seus afazeres para apoiar a pretendente nessa audiência. Sabemos que para concluir o processo de habilitação a parte documental é suficiente, mas ainda falta o Curso de Formação. Considerando o tempo que a mesma passou em missão no Abrigo, o tanto que estudou e se preparou para a missão, acredito que seja dispensável do curso, mas se o Meritíssimo considerar fundamental, sugerimos que a mesma componha a nova turma que se inicia essa semana enquanto a colocamos em Estágio de convivência com os menores.  - diz Natália com emoção ao juiz que presta atenção em todas suas palavras, mas não dá nenhum indício de seu parecer.

Sou chamada pela Promotora de Justiça e me fizeram novamente uma série de perguntas sobre minha vida e a última pergunta me quebrou. 

- Sra. Alessa, porque esses menores? A senhora solteira, já começar com duas crianças, sendo uma delas doente e a outra tão pequena. Darão muito trabalho. A senhora é nova e pode ter filhos próprios, não pretende ter os seus filhos? O que fará se engravidar? 

Confesso que minha vontade era de dar na cara da Promotora. Me senti ofendida assim como meus pais. Minha mãe, apertou minha mão e meu pai cochicou para eu manter a calma. Respirei para dar minha resposta e não pôr tudo a perder.

Do meu tamanhoOnde histórias criam vida. Descubra agora