- Doutora o que foi? - Léo pergunta preocupado, mas segue sem resposta pois a equipe está focada.
A ansiedade me consome, a equipe trabalha com afinco e ouço a médica mandar preparar a encubadora 2. Eu e Léo nos olhamos numa pergunta muda que não carece de resposta, pois logo um segundo choro preenche a sala, um choro mais fino e baixo, mas ainda assim um choro.
- Dois? - nos perguntamos. A médica se aproxima com um sorriso nos olhos.
- Sim, parece que tivemos uma surpresinha hoje. primeiro nasceu seu filho, um rapagão forte e escondidinha atrás dele estava sua menininha. os dois aparentemente estão bem, vamos esperar os outros exames, mas é melhor ficarem na encubadora por serem prematuros. Daqui a pouco os levaremos para conhece- los.
A equipe finalizava a cirurgia e eu e Léo chorávamos juntos e só paramos quando percebemos um flash. Olhamos na direção dele e nos deparamos com Dani, que pisca para nós e tira mais uma foto, só que de nosso olhar perplexo com sua presença.
A cirurgia termina e sou levada para o quarto, que a partir de amanhã dividiria com Mari, conforme promessa da médica. Léo pediu para sair, ir ver os bebês e avisar a todos. Eu opto por dormir, pois pelo pouco que conheço da família, logo o hospital estará cheio de gente querendo ver os bebês.
Léo
Saio do quarto ainda atordoado. Como assim? Em menos de 24 horas ganhei uma esposa e 4 filhos. Vou para o berçário e sou apresentado a meus 2 caçulas. O menino é grande, um dos maiores do berçário e a menina pequena e delicada. Faço uma gracinha a ambos, mas estes dormem. Vou até a recepção e para minha satisfação não mais se encontra a pessoa desagradável de antes. Encontro Ana e alguns dos nossos amigos.
- Como Alessa está? - me massacram de perguntas. Abro um grande sorriso e com todo prazer anuncio.
- Sou pai! - mais uma vez uma enxurrada de perguntas, peço silêncio e respondo - primeiro nasceu um menino lindo, grande.
- Primeiro? Como assim? - pergunta Vivien, uma das presentes.
- Nasceu dois. um menino e uma menina.- pronto. A farra foi tamanha que o segurança teve que pedir que fizéssemos silêncio. A médica deixou apenas ver os bebês de dois em dois e eu pai babão não me contive. Tirei uma foto e mandei para meus sogros, que se derreteram e prometeram estar amanhã na primeira hora qui para vê-los.
Assim que todos se foram voltei para o quarto de Alessa. Ela descansava. Me sentei na cadeira ao lado dela, peguei em sua mão e ali dormi. No dia seguinte acordo com a movimentação das enfermeira que prepara o leito para Mari e três berços.
Alessa acorda e ao me ver animada me sorri. Conto que todos já sabem e falo das reações de ontem. Meu celular apita sem parar de mensagens de felicitações e de repente Alessa solta uma gargalhada sem qualquer motivo. Quando pergunto se está sentindo algo ela somente responde
- Vivien vai ter que se superar depois dessa.
Não entendi nada, mas nem tive tempo. Logo Mari veio para o quarto com sua bonequinha.
Alessa
Lembro de minha conversa com Vivien e não pude deixar de rir. De forma alguma estou competindo com alguém, mas se ela ver dessa forma, terá que trabalhar mais um cadinho, o que duvido que seja trabalho. Meus pensamentos são interrompidos pela chegada de Mari e Isa.
- Muito obrigada dona Alessa. Não tenho como agradecer. Minha bonequinha está saudável e fui muito bem tratada. Nem sei o que seria de nós naquele outro hospital.
- Relaxa, é meu presente para a Isa.
- E seu bebê? Não era muito cedo não? Nossa, colocaram até mais um berço aqui. - perguntava ela empolgada reparando nos bercinhos ainda vazios.
- Não, está certo. pelo visto você precisa saber tudo o que aconteceu aqui, mas depois, deixa eu conhecer meus bebês.- disse Alessa enquanto a enfermeira entrava com os bebês.
Recebo meu pacotinho azul e Léo o pacotinho cor de rosa. os dois são lindos e logo o menino abre a boca e é seguido pela menina. Antes que fique apavorada a enfermeira me ajuda a amamentá-los.
- Amor, precisamos escolher os nomes.
- Verdade. o que sugere?
- Leandro e Heloísa, o que acha?
- Amei! Bem vindos Leandro e Heloísa.
A médica liberou que eles ficassem no quarto já que eles passaram bem a noite e Heloísa, a menor, já estava perto do peso ideal. Meus pais foram os primeiros a chegar para a visita e depois Gabi e Davi entraram rapidinho para ver os irmãos. Durante todo o dia recebemos visitas enquanto Mari não tinha nenhuma, isso até as 14 horas, quando entrou no quarto Vivien e Charles.
Assim que os viu entrar ela arregalou os olhos e parecia querer desaparecer de vergonha. Vivien trás um mimo para Isa e chega perto da cama de Mari.
- Trouxe para a Isa.
- Obrigada. Vivien ... - ela começa mas é interrompida.
- Mari, depois, qualquer dia a gente conversa sobre o passado, agora precisamos saber de você e desta bonequinha. Como estão?
Mari sorri abertamente e passa a falar de como foi tudo e da Isa, que é bem calminha. Vivien a pega no colo e quase chora. Quando Alessa fica sem visitas ela deixa Isa no bercinho, dá um beijo na Mari e diz alto:
- Deixa eu ver essa minha amiga, que só me dá trabalho. Você não podia ter só um e a gente acabava por aqui? Não! Agora Charles vai querer ter mais um para não ficar atrás do amigo e quem se lasca carregando criança para cima e para baixo sou eu. Como estão essas lindezas?
Conversamos as três já que Léo foi para casa tomar banho, pegar roupas para mim e para os bebês e pôr as crianças na cama. Ana estava na cantina pegando um refrigerante para tomarmos. A comida era até boa, mas precisava tomar um refrigerante e só minha cúmplice para me ajudar.
Quando Ana volta a farra fica completa e falamos besteira até Léo voltar. Percebendo que Mari poderia ficar constrangida com ele no quarto, conversei com ele que entendeu e Ana ficou conosco.
Conversamos muito durante toda a noite! Adoro, amo meu marido, mas não poderia ter companhia melhor.
Logo cedo Mari teve alta e Ana a levou para casa. eu ainda ficaria internada mais esse dia para ter certeza que as eu e as crianças estávamos bem da cirurgia.
O apoio de todos era fantástico, mas só de imaginar que estaria em casa com duas crianças chorando ao mesmo tempo, além de Gabi e Davi eu pirava.
Socorro, que Deus me ajude!
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Do meu tamanho
RomanceDepois de cansar de tanto bulling por causa de sua altura e uma desilusão amorosa que destruiu seu coração, a fé nos homens e seus sonhos Alessa se fechou em si e se dedicou apenas à sua profissão até conhecer Leonardo, que perturba sua vida e a faz...