Capítulo 1

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Olá Querid@

Estreio hoje minha segunda obra e mais uma vez conto com o apoio de cada um de vocês, suas leituras, votos e comentários.

Críticas? Aceito todas, mas sem ofensas. Respeito acima de tudo! E de minha parte sempre o terão.

Vamos lá?

Conheçam a Alessa e sua história.



&&& Alessa

Mais um dia!  Não vejo a hora de seguir a profissão que tanto desejo: ser enfermeira, pois gosto muito de cuidar das pessoas. Sou filha única, mas estou longe de ser mimada.

Minha rotina chega a ser exaustiva. De manhã tem meu último ano do Ensino Médio, a tarde faço o curso Técnico em Enfermagem e duas vezes por semana faço aula de artes marciais - imposição de meu pai, um Policial com mais de 20 anos de profissão.

Nossa cidade não é tão violenta, mas ainda assim meu pai fez questão de  que eu fizesse aulas de Defesa Pessoal  junto com minha mãe. No começo não gostava, mas logo percebi que saber lutar  é também uma forma de cuidar das pessoas, tanto os protegendo de ataques como impedindo que os atacantes façam algo que podem se arrepender posteriormente. Dois anos depois da minha primeira aula continuo fazendo aulas, mas agora de artes marciais para aprimorar o que aprendi em Defesa Pessoal.

Você vai pensar: com toda essa rotina ela deve ter o corpo super em dia. Que nada! Desde sempre fiz atividades físicas, mas sempre fui do tipo grandão. No balé eu até conseguia me movimentar com certa graça, mas quando comparadas com meninas com biotipo de bailarina, ou seja, miúdas e magras, logo se via que não me encaixava. Tentei vôlei e basquete por causa da altura, mas não era o que eu queria e logo deixei de lado até meu pai vir com essa de aulas de Defesa Pessoal.

Você deve estar pensando: Coitada! Nem tem uma minha vida social. E sabe o que é pior? Você tem razão e isso por vários motivos. Sou uma adolescente que, para minha tristeza, não passa desapercebida mesmo se quisesse, meu tamanho não deixa. Não tenho 2,00m de altura, mas uma ter 1,75 numa escola onde as meninas medem em média 1,60 te faz uma gigante. Não bastasse, tenho um pai que não ajuda. Pais, se querem evitar que sua filha receba convites para encontros e tenha um grupo extremamente seleto de amigos, sejam daqueles Policiais bem rígidos que não deixam passar nada. Esse é meu pai.

Mas meninas, ainda há esperança. Ainda existem cavaleiros destemidos com coragem suficiente de se aproximar de você, apesar dos pesares. Assim é meu Lúcio. Ele estuda comigo e estávamos nos paquerando desde o 1º ano até ano passado, quando começamos a ficar escondido. (hei! Nunca falei que sou santa!) 

Lembro como se fosse hoje do nosso primeiro beijo. Em um dia de chuva estava indo para casa a pé quando um carro passou e me molhou da cabeça aos pés. Seria um desastre se meu cavaleiro de armadura não aparecesse em seu alazão (leia-se: Lúcio de capa de chuva e bicicleta) e me levasse para casa.  Ainda era cedo e meus pais não estavam em casa. O convidei para entrar um instante e sair da chuva. Conversamos um pouco e na saída ele me roubou um beijo.  Depois desse vieram muitos outros, mas todos assim, roubados entre uma aula e outra nessa minha rotina enlouquecida.

Ele é do grupo dos populares e um relacionamento pode parecer impossível,  mas ele disse que tem muito a arriscar e precisa de uma prova de amor antes. Não estou segura e fico enrolando, confesso. Ele me deu até a véspera do baile de formatura. Só assim ele me levará ao baile e assumirá nosso namoro publicamente e pedirá ao meu pai.  Muitas garotas da minha escola já são mais rodadas que corrimão de rodoviária, mas eu ainda não me acho pronta para ter minha primeira vez.

Do meu tamanhoOnde histórias criam vida. Descubra agora