Léo
Minha noiva linda foi arrancada do meu lado na casam pelas madrinhas e eu fiquei aqui, só. Hoje é nosso casamento e não poderia estar mais feliz. Ficar na cama sem ela não tem graça. Levanto e vou fazer minha higiene. Não demora e meus padrinhos vem me buscar. É cedo ainda, mas me arrumaram mil coisas a fazer, um tal de dia do noivo. Dia da noiva eu até já vi, mas do noivo? Bom, vamos lá ver qual é.
Primeiro vamos tomar café no restaurante e depois vamos para a barbearia do resort. Lá somos recebidos pelos profissionais que nos fazem passar por uma série de procedimentos de beleza: hidromassagem, massagem relaxante, barboterapia corte de cabelo e para o almoço somos levados para curtir um churrasco até a hora de nos arrumarmos.
Ás 17:15 estou pronto para subir ao altar. Minha irmã sobe comigo ao altar e agora é só esperar meu amor. Para alguns a barriga de 7 meses pode ser feio, mas para mim a torna a mais linda das mulheres.
Alessa
A marcha nupcial era minha deixa e a aguardava ansiosa. De onde estava podia ver o quanto Ana se empenhou. Havia um gazebo na areia com a praia ao fundo e para chegar a ela um caminho de flores entre as fileiras de cadeiras e tochas que ainda estavam apagadas, mas logo certamente seriam acesas.
Vi meu lindo noivo de terno branco. Ele estava nervoso, não parava um segundo falando com os padrinhos e o celebrante. Ao lado dele os padrinhos que tentavam acalmá-lo e a frente deles as madrinhas lindas, com seus vestidos balançando ao vento. Estava tudo muito lindo. Meu pai ao meu lado me olhava com orgulho.
- Você está linda minha filha. Como o Léo é um casa de sorte.
- Ah pai! Você é suspeito.
- É verdade, mas você está realmente linda e se tornou uma mulher de respeito, trabalhadora e uma mãe exemplar. Quem disser o contrário certamente está é despeitado. - como não se emocionar? Beijo meu pai no rosto e minha hora chega.
A marcha tocou e segui meu caminho. Não reparei na emoção dos convidados presentes nem no espetáculo que o início do pôr do sol fazia ao fundo, apenas no brilho do olhar do Léo me observando caminhar até ele. Meu pai largou meu braço e subi no gazebo amparada pelo meu, em breve, futuro marido.
- Está linda. - cochichou ele
- Você também. - retribuí.
A cerimônia foi rápida, mas mesmo assim não lembro de muito do que foi dito, mas lembro bem dos meus filhos entrando trazendo as alianças. Gabi estava uma princesa em seu vestido cor de rosa e Davi um rapazinho muito fofinho de terninho branco igual ao pai. Foi com certeza um momento fofura e arrancou um ooooh coletivo.
- Leonardo Monteiro, você aceita Alessa Guimarães como sua esposa, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, amando-a , respeitando-a e sendo-lhe fiel até que a morte os separe?
- Alessa, hoje te prometo me dedicar integralmente à sua felicidade e dos nossos filhos, pois somente assim poderia ser feliz. Por isso sim, eu aceito hoje e sempre ser seu esposo.
Léo sabia como me derreter e se eu já estava emocionada até aqui, com essa declaração ficou difícil segurar as lágrimas.
- Alessa Guimarães, você aceita Leonardo Monteiro como seu esposo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, amando-a , respeitando-a e sendo-lhe fiel até que a morte os separe?
Eu estava muito emocionada e apenas consegui fizer uma só palavra: - Sim.
Antes do celebrante encerrar a cerimônia, Léo pede a palavra. O que será que ele está aprontando?
- Hoje é um dia muito importante para mim e para se tornar completo - diz ele se ajoelhando em frente a Gabi e Davi. - Gabi e Davi, eu os amo e gostaria muito de ser o papai de vocês por toda a vida. Vocês aceitam ser meus filhos?
Os dois concordam e ele entrega para eles um cordão e dá um beijo em cada um . Eu não seguro as lágrimas assim como todos os presentes. O celebrante retoma a palavra para si e diz
- Assim sendo, pelo poder a mim investido, eu os declaro uma família. Pode beijar a noiva.
Beijamos as crianças e depois Léo me levantou em seus braços, me girou no ar e me beijou ao pôr do sol, com direito a aplausos e assobios.
Após assinarmos os documentos necessários, tirarmos fotos aproveitando a última luz do sol e seguimos no cortejo à luz das tochas que foram acesas. Não acredito! Casei.
Fomos levados a um espaço reservado enquanto todos foram direcionados ao salão . Fomos levados para fazer fotos na praia e em vários ambientes do resort. Eu estava muito feliz e só queria aproveitar o momento com minha família.
Quando os fotógrafos se deram por satisfeitos, fomos direcionados para o salão. Eu estava abismada! O salão já era lindo, mas com a decoração estava deslumbrante.
Chegamos na entrada e fomos anunciados pelos DJ.
- Recebam a família Guimarães Monteiro. - entrei dando as mãos para Davi e Léo e Léo para Gabi.
Á medida que andávamos pelo corredor, pétalas de flores caíam sobre nós. Fomos para a pista de dança e lá fizemos nossa primeira dança em família. Primeiro dancei com e Davi e Léo com Gabi. A seguir dancei com Gabi e Léo com Davi para, por fim, Gabi dançar com Davi e eu com Léo.
Assim que Ana mostrou o parquinho para as crianças, pudemos curtir um pouco a festa. Passeamos pelo salão, apreciando o belo trabalho de Ana, cumprimentando os presentes e tirando fotos.
Logo somos chamados por Ana para jantar. Nossos pratos já estavam escolhidos: camarão tailandês com arroz branco e batata frita, o prato preferido de nossa família e ainda assim as crianças só vieram comer porque os brinquedos foram fechados .
Ao final do jantar Wesley, com seu jeito brincalhão, faz um brinde divertido tirando gargalhadas de todos. Em seguida Esther faz um brinde fazendo igualmente todos rirem. os demais brindes foram mais emocionados: meu pai, a irmã de Léo e de Ana.
Cortamos o bolo, tiramos mais fotos e fomos todos para a pista de dança. O DJ era muito bom mesmo e não teve quem ficasse sentado. Estava tudo muito animado, mas estava chegando a hora mais divertida do casamento: a lua de mel. Parece que Léo leu meus pensamentos.
- Vamos? Estou ansioso para ficar sozinha com você.
Aceno para Ana que entende e dá sinal ao DJ.
- Está na hora: mulheres solteiras, encalhadas e enroladas, a noiva vai jogar o buquê. - logo a pista de dança vira um campo de guerra de mulheres se acotovelando e provocando pelo buquê ainda está em minhas mãos.
- Vou jogar.. É 1, é 2, é 3 e ..... - o buquê voa por cima da multidão, bate na parede e cai nas mãos de Mari, que estava no canto assistindo tudo, mas ele não demora em suas mãos, pois ela o joga e Ana, no reflexo, o apanha.
Coitada da Mari, ficou vermelha e foi saindo de fininho enquanto Ana olhava espantada o buquê em suas mãos. Fui até ela, sob protestos de marmelada, a abracei e cochichei:
- Não teria ninguém melhor para receber. Agora só falta o noivo.
Nos despedimos discretamente de meus pais, minha cunhada e das crianças. Ana vai conosco até o carrinho de golfe do resort que nos levaria até a suite de lua de mel.
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Do meu tamanho
RomanceDepois de cansar de tanto bulling por causa de sua altura e uma desilusão amorosa que destruiu seu coração, a fé nos homens e seus sonhos Alessa se fechou em si e se dedicou apenas à sua profissão até conhecer Leonardo, que perturba sua vida e a faz...