Capítulo 48

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As criança estavam cansadas já e estava pensando se ia para casa hoje ou pedia para o Léo para ficar pelo menos mais um dia no resort com as crianças.  A irmã dele já tinha ido embora assim como  minhas amigas.

Meus pais gostaram muito do resort e tenho certeza que um dia em família seria fantástico. estávamos de férias mesmo. Só não viajaríamos porque a médica não recomendou viajar e porque estava louca pela consulta de quinta, quando tentaria pela 5ª vez ver o sexo. Oh criança difícil.

Acho que finalmente o casamento acabou e seria realmente bom esse tempinho em família. Afinal, finalmente estávamos sem a companhia da fotógrafa que registrou boa parte do nosso almoço e da tarde na piscina. Dani era uma fofa, deixava a gente super a vontade, mas já estava cansada. Estava pensando nisso tudo quando meu telefone toca. É Ana.

- Alessa, estou com a Dani indo levar a Mari para o hospital.

- O que que foi?

- Ela começou a passar mal, está em trabalho de parto e como a Dani estava indo embora ela nos trouxe. Até ir buscar meu carro, sei lá.

- Fez bem, não se preocupe com nada. Mas pelo amor de Deus, não leva ela naquele açougue não. Leva ela para o meu hospital. Vou ligar lá pedindo para minha médica atendê-la ou indicar alguém. Fala que é meu presente para a Isa.

Assim que desliguei chamei Léo e informei o que se passava.  Na mesma hora ele foi buscar uma roupa no quarto e já voltou com a chave do carro de Ana. Liguei para a médica, que para minha sorte estava de plantão e estava menos tensa.

Fomos para a maternidade e enquanto Léo estacionava eu encontrei uma Ana com um olho maior do que a cara.

- A Dra. Camila está com ela. Parece que Isa vai chegar logo. Só precisa fazer a ficha dela, mas resolvi te esperar.

- Claro,  me dá aqui os documentos dela. - com tudo na mão encontrei Léo e fui para a recepção.

- Senhora, boa tarde. Preciso fazer a ficha da  paciente que chegou agora a pouco e está com a Dra. Camila. - disse com toda educação, mas não tive o mesmo tratamento. 

A atendente estava com muita má vontade e sequer se dignou a me olhar, preenchendo a ficha de cabeça baixa. Antes continuasse, assim que ela botou os olhos em Léo começou o inferno.  Fui totalmente ignorada e ela começou a se insinuar descaradamente para ele que estava totalmente sem graça. Ah, minha paciência que já era pouca sumiu.

-  Oh minha filha, você vai se comportar como uma profissional ou terei que te ensinar?

- Quem é você sua girafa para querer me ensinar alguma coisa? Se enxerga. Não é gato?

Gato? Ela chamou meu marido de gato? Senhor! Me segura. Não podia dar na cara dela para não ter problemas, ma estava difícil.

- Você está dando em cima do meu marido sua piriguete?

- Marido...  até parece que uma obra de arte dessa se casaria com uma coisa ridícula e desengonçada como você.

- Senhora, se retrate com minha esposa, agora. - disse Léo com autoridade, finalmente. A essa altura do campeonato já chamávamos a atenção das pessoas na recepção, o que eu odiava mais ainda do que as ofensas que estava ouvindo.

- Esse  mundo está louco, de cabeça para baixo. Eu toda linda não consigo um gato com esse. - Léo deu um soco na mesa, o que fez a piranha calar a boca. Ana me puxou para fora daquela confusão e Léo sacou seu celular.

- Acho bom você arrumar suas coisas agora, estou ligando para o diretor e se voltar e estiver aqui chamo a polícia. - disse Léo muito puto saindo para o pátio. Ana me levou para a cantina, me deu suco de laranja mas não descia nada.

Léo apareceu puto e preocupado.

- Amor, você está bem? Não acredito no que acabou de acontecer. Parecia até brincadeira.

- Estou bem.

- Não está não.  Você está estranha, fala o que você está sentindo.

- Nada não, só uma ... ai! - uma dor nas costas me tirou o fôlego. Tentei levantar mas minhas pernas ficaram bambas e fui amparada  por Léo que me pegou no colo e levou até o hospital aos berros.

Assim que chegamos na recepção Dra. Camila apareceu e me atendeu. Uma cadeira de rodas me levou para o consultório com um Léo desesperado ao meu lado.

-  Alessa, aconteceu algo com você?

- Ela se aborreceu com a recepcionista daqui que a destratou.

- Alessa, sua pressão está alta, vou fazer um exame de toque. - sou preparada e colocada na maca. A médica faz o exame e com urgência pede para o enfermeiro preparar a centro cirúrgico.

-  O que foi dra.? - pergunto ficando mais nervosa.

- Calma Alessa, você está com um sangramento importante e como o bebê já está com 7 meses acho melhor fazer uma cesárea de urgência. sua pressão está muito alta e pode colocar você e o bebê em risco.

Pronto, a partir desse momento tudo é um borrão. Ana liga para meus pais, Léo insiste para entrar comigo e a médica me prepara para a cirurgia me falando tudo que acontecerá. Pouco tempo depois estou na sala de cirurgia.

- Alessa, agora você será anestesiada mas não vai dormir. Fale se sentir algo.

A dor nas costas pára e só ouço o ir e vir de profissionais e o tilintar de instrumentos. Léo está ao meu lado segurando minhas mãos.

- Que loucura, nosso bebê vai chegar já deixando todo mundo louco. - digo para o Léo.

- Verdade, mas será bem vindo da mesma forma.

- Estou ansiosa para ver o rostinho dele ou dela.

- Será lindo como a mãe. - ficamos conversando, na verdade, tentando disfarçar nossa ansiedade. Não demora muito e um choro ecoa pela sala . Um choro bem forte para um bebê e que prova que o pulmão está funcionando bem que é uma beleza.

- Nasceu! - digo emocionada e beijo meu marido, que está igualmente emocionado.

- Parabéns papais!  Temos aqui um lindo meni....

- Doutora, olha aqui. - interrompe o enfermeiro.

Ai meu Deus! O que foi?


Do meu tamanhoOnde histórias criam vida. Descubra agora