Capítulo 47

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Saímos da festa sem fazer alarde, deixa o povo curtir a festa que nós faremos nossa festa agora. O som da festa ia ficando cada vez mais longe e nós cada vez mais perto. Ainda bem que havia  um motorista senão não chegaríamos à suite.

Fomos levados para o lado oposto do resort e nossa suite era um chalé tipo palafita, com privacidade garantida e muito romântico. Certamente ali a vista durante o dia devia ser um espetáculo. Por enquanto,  a simplicidade rústica, o isolamento e o barulho das ondas do mar são suficientes.

O motorista nos deixa desejando uma boa noite e tão logo estamos sozinhos, Léo me pega no colo, abre a porta  e entramos no nosso mundo. Nem tive tempo de reparar pois logo sou gentilmente colocada no chão. 

Léo busca o zíper para abrir meu vestido, mas para provocá-lo, na parte de trás o vestido só tem botões, uma fileira interminável deles. 

- Nem pensar em rasgar meu vestido. tem que desabotoar tudinho.

Ele suspira e começa a tarefa.Fico o provocando, me encostando nele, sentindo seu volume crescente e rebolando. Ele continua trabalhando nos botões enquanto beija meu  pescoço, morde minha orelha e diz ao pé do meu ouvido o que pretende fazer comigo. 

Minhas amigas, me desculpe, mas a carne é fraca. Dei um passo para a frente, me virei para ele e abri o zíper invisível localizado na lateral do meu vestido o olhando dentro dos seus olhos.

- Ah, essa minha esposa é muito levada. Vai precisar de umas palmadas nessa bunda gostosa. - diz ele me tacando e levando para a cama.

Apenas de lingerie sou deitada na casa, Léo tira a própria roupa com pressa e nu se deita ao meu lado. Me beija com intensidade prendendo minhas mãos sobre a cabeça com a gravata que nem notei em suas mãos e arranca com os dentes meu sutiã e livrando  meus seios que estão cada vez maiores e sensíveis. 

Com meus seios livres ele pode provar a vontade meus seios e explorar minha intimidade com os dedos e a boca após me livrar da calcinha. Só tenho sossego quando sinto o prazer que esse ataque me proporciona. Ainda com as mãos atadas o prendo com minhas pernas e o jogo na cama me deitando sobre ele e o cavalgando.  O prazer vem chegando em ondas e arrebata a nós dois. 

Tesão nunca me falta, mas a barriga enorme me deixa mais cansada que o normal e ele entende meu momento. Dormimos abraçadinhos, conversando sobre como tudo foi lindo mas não vamos muito longe.  O som das ondas do mar e o silêncio nos  embala para os braços de Morfeu.

Acordo de uma sono tranquilo e Léo está abraçado a mim. Com todo cuidado para não acordá-lo me levanto para fazer minha higiene. Aproveito para reparar melhor no nosso cantinho. Realmente, muito lindo assim como deve ser a vista. Visto meu roupão e vou matar minha curiosidade.

Que grande surpresa! Ao abrir a porta noto que estamos sobre a água. A sensação é de que estou andando sobre as água no meio daquele oceano de águas azuis. O sol no horizonte completa o espetáculo e me deixei encantar pela paisagem.

Não sei quanto tempo fiquei ali apreciando a paisagem quando sinto os braços do meu amor acariciar minha barriga.

- Que lindo, né? - digo a ele após beijá-lo.

-  Sim, a paisagem mais linda. - diz ele me olhando.

Juntos apreciamos mais um pouco a paisagem antes dele me convidar para nadar.

- Mas estou sem roupa, amor. Nem sei aonde está meu biquini.

- E quem disse que precisamos disso? - diz ele tirando seu roupão e se jogando na água. Fiquei com água na boca de vê-lo assim e morrendo de vontade de nadar como ele. - Vem amor, não tem ninguém perto.

Com todo medo fui para a escadinha, não ia mergulhar com meu barrigão, e entrei na água devagar para experimentar uma sensação de plena liberdade. Nadamos, brincamos e namoramos um pouco, mas meu medo de ser flagrada era enorme, então logo voltamos para a cabana. O sol ia alto e já devia estar na hora de encontrar as crianças para o almoço.

Nos arrumamos e pedimos o transporte para o restaurante. Claro que estavam lá nossos padrinhos e familiares, que obviamente não perderam a oportunidade de nos sacanear. Depois do almoço fomos arrastados para a piscina pelas crianças que só sossegaram depois que Léo entrou com elas e eu preferi ficar observando eles se divertirem.

Estava sentada lá curtindo meu drink sem álcool e vejo Mari passar com um bandeja vazia nas  mãos e sua grande barriga. A chamo para se sentar comigo.

- Dona Alessa, preciso...

- Se sentar. Conversa comigo um pouco.

- Claro.  O que posso te ajudar?

- Quero saber como está a Isa.

- Ah, está bem. A qualquer momento ela chega. Estou ansiosa sabe?  Mas preciso trabalhar o máximo que conseguir antes dela nascer para garantir o maior numero de alugueis possível.

- Entendo, mas pelo menos o primeiro mês você tem né?

- Sim, graças a vocês eu consegui. Já até paguei.

- Ah que bom.

- Na verdade, só tenho a te agradecer. Graças a vocês minha filha terá muitas coisinhas lindas, coisinhas que queria poder comprar para ela, mas enfim.

- Sei que o pai da Isa te largou, mas ele vai assumir a filha, ajudar com alguma coisa.

- Como? Ele está preso.

- Como é isso?

- Na cadeia. Eu o conheci há muito tempo. Trabalhava numa grande empresa e tinha um bom salário. Ele era um dos chefes e eu, boba, me apaixonei. Cometi alguns erros em nome desse amor e depois de um tempo ele foi demitido e eu, mais uma vez, o segui e sai da empresa.  Pensei que viveríamos uma vida simples mas boa depois que ele se separou da esposa e perdeu o dinheiro que ele tinha herdado da família, só que ele voltou a errar e foi preso. Eu era apaixonada e continuava o visitando e até mesmo dando parte do dinheiro suado que conseguia.

- Menina, e ai?

- Ai que um dia me descobri grávida. Era meu sonho formar uma família e mesmo que ela fosse assim meio torta eu estava feliz, até a próxima visita.  Assim que falei ele perguntou quando eu ia abortar. Ali a venda dos meus olhos caiu. Nunca que eu iria fazer isso com minha filha. Ele disse que nunca ia assumir e mais um tanto de besteiras. Ainda tentei apelar, fiquei um tempo sem ir e quando a barriga começou a aparecer voltei lá. Perdi meu tempo.  Desde então não quero mais nada com ele e agora somos só eu e Isa.

- E faz bem, mas você não está sozinha. Eu estou com você. A Isa vai nascer aonde?

- Na Maternidade Bom Parto.

- Não, aquilo lá é um açougue.

- Ah Dra. Alessa, é o que  tem para hoje. Ainda tenho que rezar para não ter complicação e ela nascer de parto normal.

- Porque?  Mas lá não é hospital público?

- Sim, mas para fazer uma cesárea ou você paga ou vai ficar lá com dor até eles resolverem fazer.

- Menina, que absurdo! Você me avisa assim que sentir a primeira contração. Ninguém merece passar por isso.

- Pode deixar, chamo sim. Agora deixa eu ir. O gerente do hotel gostou do meu salgado, levei algumas amostras para ele. Tomara que apareçam algumas encomendas depois que Isa nascer. 

- Torço por você. E não esquece, me chama. Se não conseguir falar comigo chama a Ana.

- Ok. - e assim ela se despediu.

Não muito temo depois Alessa veio ao meu encontro.

-  Ouvi sua conversa com a Mari.  Nossa, nunca podia imaginar que o Alves poderia ir tão longe. Preciso ajudá-la. Me avise qualquer dificuldade que ela tenha.

- Pode deixar.




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