Capítulo 22

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Léo

O dia foi fantástico, mas a noite foi perfeita.  Acordar ao lado dela, depois de uma noite muito quente me faz lembra do fim de semana em Fernando de Noronha.  Arrisco dizer que esse final de semana foi melhor ainda que aqueles dias.

Fui surpreendido pela novidade. Dois anos depois daquela missão e a reencontro com 2 crianças. Confesso que as crianças não me assustaram, mas a possibilidade de ter um marido na jogada. Sou um cara que respeita família e mesmo a querendo muito nunca que destruiria uma. 

Que alívio! E parece que já conquistei meus futuros sogros. A princípio meu sogro já chegou pegando pesado comigo, mas sendo um irmão cuidadoso ( não sou ciumento) que fez a mesma coisa com todos os pretendentes da minha irmã entendo perfeitamente. 

Usei o que esperava que aqueles frouxos fizessem comigo, fossem sinceros e demonstrassem suas reais intenções com minha irmã. Bom, certamente quero muito mais do que noites quentes com a Alessa. 

Confesso que ela me confunde. Ela parece ter tido uma infância feliz, criada em uma lar estruturado, com pais certamente exigentes, mas amorosos. Não sei quando nem por que ela se fechou e se tornou tão fechada. Minha vida de militar é muito instável e um relacionamento duradouro não estavam em meus planos, mas depois daquele fim de semana passei a pensar seriamente. 

Minha real intenção era tentar com ela um relacionamento, mas não tive tempo. Mal pus meus pés naquele avião de volta à realidade já estava sendo designado para uma missão que tinha que começar imediatamente. Naquele momento seria  impossível e eu realmente esperava que Alessa fosse entender e até tive esperanças depois de nosso reencontro no escritório do deputado, mas naquela festa todas minhas esperança caíram por terra quando vi o olha de surpresa e decepção dela. 

Minha vontade era botar tudo a perder, mas estava em jogo muita coisa. Com o tempo descobrimos tanta sujeira que tinha que me manter firme. Nessa hora lembrei exatamente porque não queria relacionamento assim como meus amigos Charles, Wesley e Montanha. 

Em algum momento acabamos integrando a mesma equipe e nos tornamos amigos. Afinal de contas, cuidamos um do outro, trabalhamos para preservar a vida do outro.  Quantas vezes não contamos com os amigos que estavam na retaguarda para nos livrar?

Charles se tornou um dos meus amigos mais próximos e sabia de minha queda pela Alessa. Na missão do deputado ele estava na retaguarda e assim que soube que ela estava na missão ele me deixava a par dela. Minha intenção era sair daquele altar direto para ela, mas Charles me informou que ela já estava sem o rastreamento.

Bom, ainda tentei procurá-la, mas eu fui designado para outra missão e esta envolvia uma rede de prostituição e começar um relacionamento com esse risco era muito perigoso. Pensei que a missão seria rápida, mas depois descobri que a organização tinha um esquema muito maior e com a queda do braço da quadrilha que traficava e vendia crianças a organização passou a ser mais cuidadosa e demorei 1 ano para ganhar a confiança dos caras e mais 1 ano para juntar provas, descobrir quem é quem e armar o bote para dar um fim definitivo nessa atividade abjeta. 

O que vivi nesse  tempo para mim  foi o suficiente para querer sair da linha de frente e tendo Alessa  agora, mais ainda. Para minha sorte estaríamos na mesma base e poderíamos construir nosso relacionamento  todos os dias estreitando nosso vínculo. 

Como meus amigos Charles e Montanha também estavam saindo do trabalho de campo, dividiríamos um apartamento até nos estabelecermos. Belo plano! 

Olho para o lado e a vejo despertar. Tão linda! 

- Bom dia minha linda!

- Bom dia! 

- Que bom que acordou. Vou te ajudar a limpar a bagunça que deixamos ontem e  vou para casa.

- Tudo bem. - noto certo pesar e tristeza nela.

- Vou mas volto. Não pense que você se livrará de mim tão fácil assim. Quando nos vemos novamente?

- Não sei! 

- Essa semana saberei qual será minha rotina e podemos ir nos falando Mesmo com Ana te ajudando imagino que sua rotina não deve ser fácil. Vamos?

- Ficamos assim então. Agora deixa eu descer porque logo as crianças acordam e voltamos à loucura da rotina de aula. 


Arrumamos  a bagunça que deixamos e foi impossível não relembrar cada segundo. Nossas roupas estavam espalhadas na beira da piscina, as taças de vinho esquecidas, uma ou outra coisa caída no chão e a calda de volta a seu lugar de origem. Alessa me estragou para calda de chocolate. Nunca provaria uma tão saborosa. 

Ela estava uma delícia naquele roupão e toda vez que ela tinha que abaixar ele ficava mais justo naquele bundão que me deixa louco e minha vontade era entrar nela, mas tinha que me conter.

Jesus! Gosto de sexo? Sim, mas eu nunca estive tão tarado. Só ela para me despertar emoções que nem sabia que seria capaz de sentir. Melhor ir antes que Ana e as crianças acordem. Ainda é muito cedo! E já fui entrão demais. Invadi uma festa do pijama, me ofereci para vir de carona, dormi na casa dela. Melhor desacelerar.

A ajudo a fazer um café para as crianças, chamo um táxi e a deixo com um beijo que deu vontade de voltar para o quarto, sentir seu gosto e me perder de prazer naquele corpo delicioso.  

Chegando em casa tomo um banho mas ainda a sinto impregnada em meu corpo. Tomo um café e logo Charles e Wesley vem me provocar.

- Olha, quem é vivo sempre aparece. - diz Charles  entrando na cozinha

- Finalmente, deve ter achado alguma beldade naquela praia que você foi. Gatinha? - diz Wesley  se sentando e colocando as pernas para cima.

- Pela cara dele deve ser mesmo. Até ficou irresponsável. Temos que esta na base daqui a 1 hora para nos apresentarmos. 

- Espero que o tanque esteja cheio porque hoje só temos seu carro. - diz montanha entrando praticamente pronto para sair. 

-    Ih, fudeu! Estou sem carro essa semana.

- Bateu? Se acidentou? - diz Charles que tem hora que parece o pai de todos nós.

- Não. Deixei na casa dos pais da mina. Eles trarão no final de semana.

- Tu ta maluco? - a reação é a mesma nos 3. 

- Relaxa, vim de táxi e já marquei para o cara passar aqui daqui a meia hora para buscara gente.  E não to louco não. O pai da Alessa é policial e se ele tratar o possante 1% como ele trata o carro dele eu to feito na vida.

- Alessa então é o nome da dama..... Ah pegador. -  diz Wesley o mais debochado e sacana da turma.

- Alessa. Alessa? De Noronha? - diz Charles espantado pois ele sabe da história toda.

- Essa mesma. Se te contar você não vai acreditar, mas fica para depois. Agora preciso me arrumar. Não posso chegar atrasado logo hoje.

Na hora marcada o taxista chama no interfone e descemos para nosso primeiro dia na nova base, para nossa nova fase. 

Do meu tamanhoOnde histórias criam vida. Descubra agora