Capítulo 42

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Os dias  voaram, depois que todos piraram com a novidade do bebê, sacanearam, fizeram piadas e se intitularam padrinhos e madrinhas, a novidade esfriou um pouco, mas só um pouco porque eu era pageada por todos.

No trabalho, pegar mais do que uma pasta fina de trabalho era levar minha secretária à loucura. Todos os dias Léo me ligava no meio do expediente para saber se eu estava bem, se havia comido e se o bebê tinha chutado.

Desde a notícia, todos os dias Léo chegava em casa com alguma coisa, nem que fosse um pacote de fraldas. Assim eu nunca sairia para comprar roupinhas e mimos para o bebê.Todas as noites Léo colocava as crianças na cama e lia  para o bebê.  Ele estava se saindo um pai bem babão.

Por outro lado, os planos do casamento seguiam. Ana estava se esmerando. Ela andava para cima e para baixo com seu fichário e assim que deixava as crianças na escola ia ver algo e todos os dias era mais um detalhe resolvido. Tema, cores, pré convites, convites, flores, guardanapos personalizados, centro de mesa, copos personalizados, lembrancinhas, fotógrafos, cinegrafistas, ensaio pré casamento, ensaio  gestante assim que a barriga começou a aparecer, parque e brinquedos para as crianças e tantas outras coisinhas. 

A primeira providência, claro, foi avisar a costureira e não tinha como mudar o modelo, eu simplesmente o amei e não queria sequer pensar em outro. Até fui experimentar alguns modelos para agradar minha mãe, mas no meu coração eu já tinha o vestido.

A pressão para antecipar ou adiar o casamento foi grande, mas bati o pé e tive o apoio da médica. Como estaria entrando no 7º mês e estava indo bem, apesar do meu bebê nãao querer mostrar o sexo, a médica liberou e optei por manter a data. Não tenho do que me envergonhar de carregar o fruto de nosso amor, tá certo que não ficaria tão sexy como queria, mas com certeza o seria aos olhos de quem realmente interessava: Léo. 

Ana estava arrasando como cerimonialista, ela estava se mostrando um talento ímpar. Ainda não estou pronta para ficar sem ela, mas não poderia deixar de indicá-la para quem me perguntasse.  Estava vendo que ela amava o que estava fazendo e mesmo cansada não deixava de sorrir e ter os olhos brilhando ao falar do casamento. Certamente, ela teria futuro nessa área.

Ana tem trabalhado tanto que já tem uma boa lista de fornecedores e prestadores dos mais variados serviços pois para cada item que ela procurava pesquisava, entrevistava e fazia orçamento com pelo menos 3 diferentes e escolhia o que melhor nos atendesse.

Um dia desses ela falou de uma moça que ela conheceu em uma lanchonete A moça estava grávida do namorado que parece que deu o pé nela e ela estava trabalhando de cozinheira e garçonete nessa lanchonete.

Enquanto ela a atendia, desmaiou provavelmente pelo cansaço denunciado pela profundas olheiras que ela tinha ou pelo calor que fazia no lugar.  Os clientes ajudaram Ana a socorrê-la e assim que ela recobrou a consciência o gerente a demitiu, mesmo que os clientes implorassem para não fazê-lo e ameaçassem nunca mais retornar.  Se só de ouvir Ana falar eu já queria ajudar essa moça, imagina Ana que viu tudo acontecer. Na mesma hora concordei, desde que ela trabalhasse direitinho.

No dia seguinte Ana nos serviu antes do jantar amostras de salgadinhos, docinhos e uma fatia de bolo salgado. Olha, a vontade era pedir mais e esquecer o jantar. Ana jurou que ela cozinhava de um tudo e mandava muito bem. Com já tínhamos fechado com o restaurante o jantar, fecharia com ela os salgados e doces, além de torná-la nossa cozinheira oficial em todas as festas que fizéssemos. 


1 semana antes do casamento

Com a chegada do bebê,  o que seria despedida de solteiro e chá de panela ganhou mais uma atribuição: chá de bebê.

Mesmo cheia de coisas a tratar, Ana não perdia o pique nem demonstrava cansaço e Gabi estava adorando ser a ajudante da tia Ana. Hoje seria a festa  e estariam presentes a maioria de nossos amigos, inclusive os que vinham de longe.

Só sabia que a festa seria hoje, que eu era a mãe do bebê e que o celular de Ana não parava. Parece que ela estava ajudando a acomodar todos os que vinham de fora, o que agradeci imensamente. Me recuso a ter que cozinhar para batalhão em pleno domingo.

Por mim, fazia a festa aqui me casa, para poucas pessoas mesmo, mas nossos padrinhos e madrinhas  quase surtaram com a proposta. Confesso que  só sei a hora da festa e que às 14 horas deveria estar pronta.  Meus pais foram na frente com as crianças e na hora determinada  eu e Léo fomos colocados no carro e vendados. Wesley veio nos buscar já que Ana está no local da festa desde cedo.

Chegamos e quando fomos desvendados estávamos em um salão de festas  que estava divinamente decorado com o tema chuva de bênçãos e claro que abri a boca para chorar assim que vi a mesinha  e todos os seus delicados detalhes. Reparando melhor, a festa toda estava lindamente organizada.

Eram servidos salgados, porções de batata frita, mini sanduíches, mini hot dogs, mini hambúrgueres,  mini pizzas, gelatina, algodão doce, refrigerante e cerveja aos convidados e estava tudo divino, não podia deixar de experimentar de tudo.

As crianças desfrutavam dos brinquedos que haviam sido montados e a farra ali era boa. A fotógrafa era maravilhosa e pediu para fazer algumas poses com as crianças nos brinquedos. Eu não podia pular na cama elástica, mas se não tivesse que participar da festa, ficaria de boa mergulhada naquela piscina de bolinha que era fantástica.

Em seguida passamos de mesa em mesa cumprimentando os convidados e fotografando. A última mesa foi dos padrinhos, aonde me sentei e ali ficaria descansando um pouco.

- Alessa, quanto tempo não te vejo - disse Vivien, a esposa de Charles e também nossa madrinha que chegava à mesa e sentava ao meu lado.


Do meu tamanhoOnde histórias criam vida. Descubra agora