Depois da soneca no meio da manhã abraçada com meu lindo noivo acordei plena e cheia de energia. Me desculpei com Ana e as crianças e ficamos de preguiça vendo desenhos com as crianças.
Ana era uma benção na minha vida. Já tinha dado almoço para as crianças e agora elas cochilavam. Léo fez um macarrão da urgência para a gente comer e assim pude conversar com Ana sobre as crianças e o carro, que ela estava claramente amando
Assim que sentamos para almoçar ela perguntou se podia falar sobre o casamento, falei que de boa e que se eu me cansar falo para deixar para depois. Léo e Ana trocaram um olhar que me obrigou esclarecer.
- Não, não estou grávida. Só cansada mesmo.
Falei para ela que não achei nenhuma cerimonialista e que não estava a fim de me aborrecer, por isso achei melhor contrata-la para ser minha cerimonialista já que ela gostava dessa parada e eu confiava integralmente nela. Léo concordou comigo que ela mais do que ninguém nos conhecia e saberia nos agradar.
Ela ainda resistiu, falando que era muita responsabilidade e que nunca havia cuidado assim de um evento, mas nós sabíamos que ela faria um ótimo trabalho. Começamos a conversar sobre as lembrancinhas e sinceramente, nunca tinha me dado conta que um casamento tinha que ter tanta coisa assim. Optamos por lembrancinhas úteis, sinceramente, o que Ana decidisse estava bom.
Para mim bastava eu, um vestido que coubesse em mim e não me deixasse com cara de bolo, Léo e o padre. Pronto, com isso casava e fim, mas parece que aunado a gente casa muita gente casa junto. Podia decepcionar qualquer pessoa, mas nunca minha mãe, que estava se empenhando ao máximo.
Avisei minha mãe que havia contratado uma cerimonialista e assim que falei que era a Ana o telefone da coitada começou a chamar e olha quem era: minha mãe enchendo a coitada de perguntas. Ana foi para sua casa e achei ótimo. Fiquei com Léo assistindo filme enquanto as crianças ainda cochilavam.
Passamos nosso final de semana assim, só de preguiça e não fosse Ana e Léo assumirem a cozinha eu pediria um lanche qualquer e seria feliz.
Quinze dias depois
Léo ficou de dar entrada nos papéis e cuidar de todo trâmite. Deixa ele se divertir a vontade. Minha única atribuição seria escolher uma ou outra coisa que Ana perguntasse e escolher o vestido de noiva e pagar. Houve uma pequena batalha acerca dos custos do casamento, mas meus pais exigiram pagar a cerimônia e dar o bolo. Eu e Léo dividiríamos tudo, era só Ana me dizer quanto.
Os padrinhos e as madrinhas se reuniram e ofereceram a festa que seria a despedida de solteiro e chá de panela. Ainda bem que tudo seria uma festa única, não teria paz de espírito de pensar que Léo poderia estar num bar qualquer sendo assediado por um bando de piriguete.
Até que tudo estava bem, mas não ter a definição do vestido estava me deixando tensa e tive que pedir a ajuda para Ana. Claro que a escolha do vestido virou uma festa. Minha mãe e amigas vieram para percorrermos todas as lojas de vestido da cidade. Davi foi com Léo escolher o smoking com os padrinhos, mas para eles era fácil, é tudo igual mesmo.
Deixei bem claro que não seria noiva bolo. Nada de vestidão com metros e metros de tecido. Queria algo leve e elegante. Na primeira loja o único vestido que ficou menos ridículo não tinha do meu tamanho e tudo que não queria era um vestido no meio da canela. Na segunda loja nenhum vestido me deu vontade sequer de experimentar. A terceira loja sim, tinha vestido interessantes.
Experimentei com gosto os vestidos, mas faltava algo. Passava de volta ao provador quando vi um vestido lindo, simples, mas lindo. Pedi para experimentar e senti uma emoção tão grande. Ele era bem colocado ao corpo, no estilo sereia, com um brilho discreto. O melhor de tudo, apesar de ser justo não me impedia os movimentos e valorizava bem minhas curvas. Saí do provador e um coro de Ooooh! me recebeu, mas lágrimas mesmo só rolaram quando coloquei o véu e a grinalda.
A costureira iria fazer um vestido para o meu tamanho já que aquele faltava ainda 2 dedinhos para ficar certinho. Como ela iria fazer o meu, as madrinhas quiseram fazer com ela os vestidos delas. A cor elas escolheram salmão, e por mim tudo bem. Gabi seria a daminha de honra e estava linda em todos os vestidos que usava, mas ela gostou de um rosinha que combinaria com o das madrinhas .
Todas satisfeitas, era hora de comer e partimos para o shopping. Eu queria muito um sanduíche e claro que todas me acompanharam. Essa parte eu amava do encontro com minhas amigas. sempre acabávamos comendo, bebendo e falando besteira, era sempre divertidíssimo.
Léo e os meninos logo apareceram e aí mesmo a farra ficou boa. Engatamos numa sessão de
cinema e depois fomos para casa. As meninas quiseram sair com os meninos para dançar e até poderia ir, se não tivesse tão cansada. Liberei Ana e Léo para irem, mas Léo optou por ficar com casa com as crianças.
No trabalho estava tudo na normalidade, graças a Deus. Segunda saí para minha consulta com a Dra. Camila e confesso que estava ficando preocupada com esses enjoos e esse cansaço todo. O consultório estava cheio, fazer o que se a com médica boa? Tentei ler uma revista e me distrair até ser chamada. No grupo do casamento alguma discussão rolava e fui me inteirar. A discussão era o cardápio da festa.
Minha mãe queria a comida clássica de casamento com pernil ,arroz, farofa e maionese , Vânia sugeria strogonoff e Ester sugeria uma comida mais light com peito de frango grelhado e salada. Como o restaurante do resort forneceria a comida, perguntei a Ana se não poderia deixar ele oferecer as comidas que normalmente oferece aos hóspedes ou faria um cardápio com 3 opções, assim cada um pediria o que melhor lhe interessasse.
Todas acharam a segunda sugestão interessante e queriam discutir o que servir, mas daí seria demais para mim. Deixei minha mãe e Ana decidirem, desde que nenhuma das opções tivesse repolho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Do meu tamanho
RomansaDepois de cansar de tanto bulling por causa de sua altura e uma desilusão amorosa que destruiu seu coração, a fé nos homens e seus sonhos Alessa se fechou em si e se dedicou apenas à sua profissão até conhecer Leonardo, que perturba sua vida e a faz...