Capítulo 21

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Rendida, arrumei a todos no carro e Ana fez questão de ir atrás com as crianças, por mais que eu insistisse que ela fosse ao meu lado, mas adivinha quem ocupou o lugar...  Ele mesmo: Léo.

As crianças logo o encheram de perguntas. Logo Gabi e Léo estavam amigos de infância. Muita coisa que não sabia dele descobri naquele momento.

Tem uma irmã que é casada e tem 2 filhos, o pai dele é falecido e a mãe casou novamente. Ele está no Exército 2 anos a mais que eu, gosta de vídeo game e assistir desenho animado. Quando Gabi falou que fazia Judô acabou a entrevista e passaram a falar apenas de golpes, judocas e competições. 

Ana e Davi estavam lá, na deles, vendo a paisagem e curtindo qualquer filme  que Ana tenha colocado para ele assistir no DVD. 

A viagem até que estava gostosa e, apesar dos lanchinho da vovó, parei com eles em um shopping no meio do caminho que tinha um parque de diversão temático. Estava ciente que ali perderia umas boas horas de viagem e só conseguiria sair com o parque fechando. 

Léo foi um fofo. Interagiu com as crianças, carregou Davi no colo, deu mão para a Gabi, foi em vários brinquedos com as crianças, comprou algodão doce e pipoca para eles e claro, ganhou um ursão de pelúcia que deu para a Gabi naquele jogo da arma de pressão. 

O descarado ainda teve a cara de pau de me desafiar. Ah, ele não me viu manejar uma arma. Claro que ganhei um outro urso para o Davi. Ganhei meu dia ao ver ele, o cara da barraca e vários ao redor de boca aberta quando acertei os 3 tiros exatamente na mira. 

Teve um engraçadinho que veio me dizer que era sorte de iniciante e que dançaria macarena de biquíni se eu acertasse de novo. Claro, mas claro que esse desafio fez com que muita gente se juntasse para ver. 

Paguei a nova rodada, me preparei e acertei uma e a torcida vibrou. Acertei a segunda e além da farra, mais gente se  amontoou para ver. Ia atirar a terceira vez quando o desafiante falou que queria ver eu acertar de olhos fechados. Ah, mas ele não sabia com quem estava lidando.

Vendo que ele estava muito confiante Léo se aproveitou e sugeriu apostar dinheiro. O dono da barraca logo se ofereceu para organizar as apostas. Quinze minutos, em 15 minutos foi um alvoroço e poucos colocaram dinheiro a meu favor. 

Sabe aquelas cenas de filme ninja? Me vi em um. Lembrei do meu treinamento e das vezes que eu e minhas amigas "brincávamos" ao final do treino de tiro. Respirei, coloquei a venda, que estava realmente tampando toda minha visão, mas nem precisaria pois fechei meus olhos e me vali de minha memória fotográfica.

Tudo pareceu ficar em câmera lenta. Me posicionei, a platéia em silêncio, o tiro e finalmente o estouro da galera. Tirei a venda e estava lá. Acertei mais uma vez. Nem deu tempo de processar direito o que aconteceu e Léo me pegou e me deu um beijo. Jesus! como ele beija bem e consegue me deixar com o corpo quente e as pernas bambas. 

Fomos interrompidos pelo dono da banca que me entregou o urso, que dei para a Ana e o dinheiro que o Léo ganhou. Até a Ana se deu bem às minhas custas. Ela apostou 10 reais em mim e ganhou 200, como ela falou depois. O Léo nem sei quanto apostou, mas ele tava com um bolo bom de dinheiro de na mão. 

- Olha, nunca tive um encontro tão vantajoso. - disse o engraçadinho apreciando seus ganhos.

- Ah é? Então você enche o tanque do carro e paga o jantar. 

- Com prazer. - disse o atrevido me dando mais um beijo e pegando as crianças. 

Fiquei vendo as crianças se enrolando para carregar seus ursos e Léo se divertindo conversando com eles. 

- Parabéns, você além de atirar muito bem tem uma linda família, também com um marido bonitão desses! - disse uma senhora que me cumprimentou e saiu andando.

Quando ia dizer que não era casada com o Léo, a mulher já estava longe, mas gente, não é que era lindo de ver ele agindo como um pai? Ana vendo minha emoção se aproximou, me abraçou e disse para eu me jogar. 

Ah se eu pudesse. Hoje já não temo só por mim. Se eu me decepcionar me refaço, mas as crianças, em especial a Gabi, tem se apegado tanto a ele, já sofreu tanto nessa vida que não merecia mais essa decepção. 

Fui até eles e tentava a todo momento não deixar os dois tão próximos, mas foi impossível. Realmente, os dois tinham muito em comum e foi um amor recíproco. 

Cumprindo sua promessa, ele encheu o tanque e, quando finalmente chegamos nas cidade ele nos deixou em casa e foi com Ana comprar o jantar.  Por mim, deixava para lá, mas Gabi insistiu para ele conhecer o quarto dela e ver as medalhas que ela tinha ganho. 

Ai meu pai!  Dei banho nas crianças, tomei meu banho e quando eles chegaram as crianças foram logo comer e mal acabaram já estavam dormindo tamanho cansaço.

Léo me ajudou a levá-los para a cama e no quarto de Gabi ele ficou apreciando a prateleira dela que tinham as medalhas que ela tanto falou. 

- Uma guerreirinha essa minha parceira. 

- Sim, ela é uma guerreira. Essa minha filha é fantástica. 

Voltamos à sala de jantar, nos despedimos de Ana que foi se recolher , peguei uma garrafa de vinho e fomos para a beirada da piscina. 

Um lado meu,  cauteloso, dizia que era para eu deixar ele ir e seguir minha vidinha sem homem para me atrapalhar, mas meu lado ousado dizia para eu ir em frente e seduzi-lo para ter mais um bom momento com ele.

- Obrigada pela carona.

- Imagina, foi divertido o dia.

- Sim, Ana e os pequenos são fantásticos. Mas o melhor, com certeza, foi seu desempenho hoje. A cara daquele sujeito foi a melhor. 

Caímos na gargalhada e ri muito com a descrição que ele fazia da cena e da cara do desafiante. Ri até a barriga doer e quando já estava me refazendo,  ele se aproxima e mina toda e qualquer mínima vontade que teria de rejeitá-lo. 

Ele calado, parado, sem fazer nada já faz meu corpo responder à ele me beijando então.... 

- Não sei como pude viver sem você esse tempo todo. 

Assim que ele disse isso me beija. 

Meninas do meu coração! Sou mortal. Não tenho força de vontade suficiente para resistir.  Ele sabe como me  atiçar.

Caímos na piscina mas nem a água gelada apagou nosso fogo. Nossas roupas logo sumiram e nossos corpos se completavam. Mais uma vez ele me tomou para si. Me apoiei na borda da piscina e ele me segurando pela cintura me invadiu com vontade e logo chegamos aos orgasmo, mas ainda não estávamos satisfeitos.

Saímos da piscina e ignorando nossos corpos molhados, terminamos a noite no meu quarto, aonde ele me mostrou um pouco como ele é criativo. Nem percebi que ele tinha pego um pote de calda de chocolate quando passamos pela cozinha. 

Ele passou a calda no meu corpo e retirou me lambendo e sugando me dando diversas sensações  de prazer. Orgasmo múltiplo? Aqui tem também. 

Mas não pense você que também não aprontei das minhas.  O amarrei na cama e retribuí as sensações. Só mesmo o Léo para me fazer esquecer tudo e me jogar. Chupei seu membro e o torturei porque não o deixei gozar. Sempre que ele estava quase lá eu parava. Fiz isso umas 3 vezes e na quarta subi nele e o cavalguei. 

O soltei e, satisfeitos e cansados, dormimos abraçados como em uma final de semana há muito tempo atrás. 

Insegurança? Medo? Penso nisso depois. Por enquanto meu corpo está processando todo o prazer que senti. 

Do meu tamanhoOnde histórias criam vida. Descubra agora