Capítulo 52

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3 anos depois

Estava sozinha, num raro momento de silêncio nesta casa.  Léo saiu com as crianças para assistir o campeonato de futebol do condomínio. Sim, as meninas também foram. Minhas filhas não tem essa de ser coisa de menino, desde sempre afirmo a elas que elas podem fazer o que quiserem então elas racham com os meninos de igual para igual.

Percorro pelos quartos pegando as roupas para lavar. entro no quarto de Gabi, minha mais velha. Lembro exatamente da primeira vez que a vi, com sua alegria natural e sorriso fácil que ainda não havia sido sugado pela dureza da vida que ela tão nova levou. Era a chefe da gangue. Muito esperta era quem tinha boa parte da ideia nas bagunças. Linda, certamente daria trabalho quando começasse essa história de namoro.  

O quarto do Davi estava como ele, um caos. Davi era o espoleta, sempre buscando novas aventuras e era presa fácil de Gabi já que não media as consequencias muito bem. Machucados, braços ou pernas quebradas eram constantes. Já demonstrava que seria um Don Juan e estava aprendendo direitinho com o tio Weslei que parece que sossegou e até ia casar, para surpresa geral. Apesar disso, Davi era extremamente cuidadoso com os irmão e não admitia qualquer gracinha com eles. Foram muitas as vezes que tive que ir na escola porque Davi brigou com alguém que falou mal de Gabi ou de nossa família. 

Os gêmeos ainda dividiam o quarto por praticidade mesmo, mas já demonstravam suas personalidades. Lê fazia a linha mais séria e compenetrada, mas não se enganem, ele tinha muita personalidade e se quisesse algo corria atrás e fazia de tudo para conseguir. Dizem que ele puxou a mim, mas acho que não. Já Helo era delicada, educada, uma verdadeira princesa à primeira vista, mas ai de você se  atravessasse seu caminho. Com o tempo ela seria a co autora intelectual das travessuras com Gabi. Lê quando queria algo ia buscar, Helô fazia os outros buscarem, para ela. Desde já ela era meio que manipuladora e com ela temos que ficar atentas. Com certeza será a chefe da gangue e se nós não tomássemos cuidado teria guera de gangue dentro de casa. 

Por último passo no meu quarto. Ah, meu quarto! Essas paredes já testemunharam dias de tristeza em que chorei temendo não ser capaz, mas também já testemunharam todo apoio e amor que Léo me deu  nos mais diversos momentos. 

Tórridas noites de amor também se viu por aqui. Já fomos ao delírio nesse quarto de várias formas e todas com amor e respeito. Aqui discutimos tudo, discordamos, brigamos e fazemos a pazes, pois não aguentamos ficar brigados mais do que uns minutos. Dois cabeças quente dá nisso, temos apenas que esfriar e pensar melhor.

Desço com todas as roupas e no quintal me deparo com Ana saindo para com certeza mais uma festa. 

- Bom dia sumida. - cada dia temos nos visto menos. O negócio dela estava realmente grande e ela me confidenciou que estava pensando em buscar um lugar para ela. O que me deixou bem triste. Perder minha irmã confidente me deixava devastada, mas er apara o bem dela. 

- Oi Alessa, bom dia. Cadê todo mundo? 

- Jogo de futebol. e eu fiquei aqui sozinha com as roupas para lavar. Já vai?

- Hoje é tranquilo. É só as estações. Quer uma ajuda? 

- Não, ta de boa aqui, mas adoraria tomar um vinho me acompanha?

- Se puder te acompanhar com suco tô dentro.

Conversamos como há muito tempo não fazíamos. Colocamos a fofoca em dia e me atualizei das últimas. Ana era muito divertida e sempre me fazia rir com os causos que ela via nas festas. 

- Você não acredita, o cara podre de rico além de pechinchar o valor de cada salgadinho controlou quanto foi servido, ao cúmulo de contar quanto ia  em cada vasilha e pior, ainda fez questão de levar para casa tudo que sobrou. 

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⏰ Última atualização: Jun 20, 2020 ⏰

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