Capítulo 4

374 56 25
                                    

A visita do príncipe Harry foi muito mais atribulada do que podíamos imaginar.  O principezinho se esqueceu de quem era e caiu na folia, nos dando muito mais trabalho.  O playboy sumiu por duas horas até que ele foi localizado em um baile funk dançando com 4 mulatas e encantado com elas. A assessora dele estava louca querendo saber quem eram as meninas e tentando  barrar fotos de cair na imprensa. Para satisfazê-lo, a festa continuou no hotel e foi até o dia seguinte, pelo menos sabíamos aonde ele estava. Todas as equipes ficavam de plantão, mesmo não sendo seu turno de serviço porque essa missão estava sendo a mais difícil até agora.

No final de uma semana a equipe queria  a cabeça do príncipe de tão cansada que estava. Ele sumiu na praia e acionamos a Guarda Costeira pensando que ele tinha sido sequestrado e achamos ele com um bando de surfistas, no dia da visita oficial ao Presidente da República ele fugiu da recepção e foi localizado junto com alguns jovens em um pagode numa laje de uma comunidade. Se não fosse  cansaço levaríamos numa boa pois ele estava apenas sendo um jovem querendo curtir sua adolescência sem pensar nas consequencias e vendo toda a liberdade que existe no Brasil, deve ter ficado louco. O príncipe até que era simpático e educado, mas toda essa tensão estava mais do que estressando a equipe. 

No seu último dia no Brasil fomos surpreendidos pela generosidade dele, que nos concedia um final de semana em um resort de luxo com tudo pago e um pedido de desculpas pelo transtorno. Mesmo que nosso salário não fosse ruim, dificilmente iríamos passar um final de semana em um resort de luxo em Fernando de Noronha, com passagem de ida e volta garantidas sem precisar desembolsar 1 real, desfrutando de tudo do bom e do melhor.

Fui com minha mochila, com a série Crossfire da Silvia Day garantida no meu celular, protetor solar, um biquini e muita vontade de não fazer nada. Nossa vida triste começou no vôo, quando fomos recebidos com sucos, frutas e diversos pães, bolos e frios, alguns deles nunca vi na vida. Durante a viagem podíamos escolher o filme que quiséssemos no tablet que nos foi oferecido. Sei que a Nádia estava comigo, mas logo após o embarque ela sumiu e não me preocupei. Certamente ela não pulou do avião! Na sexta de manhã chegamos no Resort e fomos recepcionados com café da manhã de dar inveja.
O quarto era um espetáculo a parte. Se ficasse só no quarto já seria top porque além de uma cama king size, TV 40" com acesso a internet e vídeo game, o banheiro tinha hidromassagem e sauna. A piscina do hotel era um deslumbre e a praia de cair o queixo. Cai de boca no camarão que era do tamanho de uma coxa de frango.  Não me lembro de ter visto tanto luxo junto na vida. Fui para a piscina curtir o sol lendo meu livro no meu novo tablet (valeu prícipe rebelde) tomando um suco de cranberry sei la que fruta é essa, so sei que é cara e de rico. Hoje estou de madame. 

Estou lá, na beira da piscina curtindo meu livro e minha condição temporária de rica e uma sombra tampa o sol.

-Apareceu né dondoca? Vai se trocar e pára de atrapalhar meu sol- digo sem tirar os olhos do livro mas a sombra persiste. - Nádia, tu quer tomar um tiro, porra. Tá me atrapalhando. - ouço uma risadinha que não é da Nádia e quase caio da cadeira quando levanto os olhos e vejo um deus grego de olhos enigmáticos.

- Desculpe se te assustei! - que que é isso, produção!  Assim mata a mamãe. puta merda, ele tem um corpo de dar inveja a qualquer modelo, sem ser exagerado nos músculos, com uma barriga tanquinho, um coxão que dá vontade de morde e um volume na sunga que até assusta. Ele está carregando pacote de Chettos na sunga?  Papai!

- Eu que me desculpo, pensei que fosse a Nádia. Ela sumiu depois do embarque.

- Relaxa, ela está com Charles no quarto e acredito que não os veremos no final de semana. Se você me permite posso te acompanhar.

- Não vejo você lendo Silvia Day, mas pode ficar a vontade.

- Silvia Day? Já ouvi falar. Minha irmã não me deixou em paz enquanto não dei para ela uma série dessa autora. Cros alguma coisa.

- Crossfire - digo virando o tablet para ele que agora está sentado ao meu lado e mostrando a capa.

- Isso mesmo! Fiquei até curioso porque quando fui comprar a vendedora me olhou com tanto espanto! Não curto romance, mas acho que não é nada demais um homem curtir.

- Concordo com você, mas a Silvia Day escreve um romance um pouco mais apimentado.

- Ah, fala sério! Me passa ele ai, quero ver qual é a dessa autora.

Compartilhei com ele e perdi o interesse na leitura quando ele começou a se mexer na cadeira. De repente ele deu um pulo da cadeira me assustando e chamando a atenção das pessoas do entorno.

- O que foi? - digo em alerta.

- Puta que pariu. Como minha mãe deixa minha irmãzinha ler essas coisas? Essa merda é pornografia pura.

- Quantos anos tem sua irmã? - pergunto preocupada. Do jeito que ele falou ela deve ter uns 10 anos.

- Dezessete, apenas 17 anos.

-Ah Leonardo, faça-me uma favor. Pensei que fosse criança! E ela só está lendo. Ela ainda não está fazendo nada, pelo menos quando ela resolver começar a brincar por ai não vai começar as cegas.

- Porque diz isso? Você precisa que lhe ensine a brincar, como você diz? - diz ele baixinho perto do meu ouvido me provocando ondas de arrepio pelo corpo. 

- Não! Apenas gosto  e essa série está incrível. Já estou no livro 2 e vocês está me atrapalhando. - o afasto mas ele se aproxima todo sedutor de mim.

- Porque ao invés de ficar lendo isso você não deixa eu te ensinar uma ou outra coisinha? - diz ele já me puxando para um beijo de fazer tirar as crianças da sala e mandar prender por atentado violentíssimo ao pudor. 

Ai, meu Jesus Cristinho! Não tem como resistir a um homem desse te desnudando com um beijo de fazer evaporar qualquer calcinha e elevar sua temperatura em uns bons 10 graus. Aliso seu peito, arranho suas costas, aperto sua bunda e sinto algo cutucar minha barriga. Jesus! Ele não carrega um pacote de Cheetos na sunga, mas com certeza uma mini metralhadora. Meu lado devassa toma conta e ouso apalpá-lo em toda sua extensão. Meu Deus!  Enorme comparado ao babaca do Lúcio. 

Nos separamos ofegantes e ele me desnuda com o olhar. Raspo a garganta, deixo o tablet na cadeira e vou para a piscina. Acho que ele achou que fosse um convite pois correu e pulou na água na minha frente.  Mergulho do outro lado da piscina e calmamente, pelo menos assim quero que pareça, nado de um lado a outro da piscina. Depois de algumas piscinas , como ele não me abordou, páro e logo sinto seu olhar. Ele está encostado na borda lateral da piscina me secando, nada ate mim e quando tento voltar a nadar ele me imprensa na parede e me diz no ouvido.

- Não foge! Sei que precisamos abaixar o fogo que nos consome, mas não será nessa piscina. Precisamos é de uma cama e bastante tempo para apagar o fogo que você acendeu naquela boate. - diz ele e me chupa o pescoço. Puta que pariu! Para não cair em tentação saio correndo da piscina, me enrolo na toalha e corro para meu quarto. Jesus! O que um cara lindo e gostoso desse quer comigo? Só pode estar querendo me humilhar e não posso permitir. - Firmeza, gata! - digo a mim mesma como que para reafirmar minha decisão de me manter afastada de qualquer envolvimento romântico com o sexo oposto.

No quarto assim que entro, tomo um banho e vou para o quarto ainda com um fogo queimando dentro de mim e nada parece ajudar. Escuto Nádia chamando o  Charles  no deck do quarto e quando vou lá para chamá-la, os vejo sem roupa no deck do apartamento vizinho fodendo na rede. Puta merda! Ninguém ajuda hein! 



Do meu tamanhoOnde histórias criam vida. Descubra agora