Estava quentinha na minha cama, me sentindo bem e leve. Tomei consciência de um braço sobre mim, um corpo quente nas minhas costas e algo me cutucando por trás que certamente não era uma arma e como uma tapa me lembre de tudo que aconteceu.
Primeiro fiquei com vergonha. Confesso que já tive curiosidade de como seria uma relação assim, mas nuca tive coragem. E se me achassem uma devassa? E se eu não gostasse? E se doesse? E se, e se, e se.
Não foi nada disso. Sei que poderia ser bem pior pelo que li, mas foi na medida certa para mim. hei, você pensa que nunca li 50 tons de cinza? Que não sei que existe BDSM e tipos de relações que envolvem muito mais do que tapinhas na bunda? Não sou tão inocente assim.
Ainda sinto o calor de sua mão no meu traseiro me empurrando para meu prazer. Só de lembrar fico querendo mais. Minha intimidade começa a se apertar numa clara mensagem que meu cérebro está diretamente conectado e essa parte da minha anatomia. Nunca me senti tão sexual, tão mulher, tão! Ai que vontade de tê-lo, mas à quase luz do dia, pensando e sendo a Alessa "normal" fico com vergonha.
Mas até parece que ele leu meu pensamento. Logo a mão de Léo desce pela minha intimidade e a encontra pronta para ele que sabe me fazer me render, como se eu fosse realmente capaz de resistir.
Sempre ouvi falar que sexo para reconciliação era bom. Comprovei e realmente, recomendo. Agora, o sexo matinal estava se mostrando uma maravilhosa forma de começar o dia. Não tão radical e passional como ontem, mas ainda assim especial. sabem aquele sexo devagar, que vai despertando seus sentidos e quando você menos espera explode? Bem assim.
Claro que não nos atemos à cama e finalizamos nosso bom dia debaixo do chuveiro. Com o Léo não tinha nada de rotina, seja na cama ou fora dela.
Depois do banho e vestidos, precisávamos conversar. Felizmente, ainda estava escuro e teria ainda tempo suficiente antes das crianças acordarem. Depois de me certificar que a porta estava realmente fechada, fomos para a cozinha. Enquanto a cafeteira fazia seu trabalho, tínhamos pontos a acertar.
- Léo, fiquei bem chateada por você não ter me contado.
- Desculpa minha linda. Vou te contar tudo e você vai me entender.
- Então pode começar, sou toda ouvidos. - disse enquanto montava a mesa para um café da manhã já que a qualquer momento as crianças poderiam acordar.
- Minha intensão sempre foi permanecer no Exército, eu gostava do que eu fazia, mas depois de nossa conversa algo mudou. Entendi perfeitamente seu ponto de vista. Família exige estabilidade e compromisso. Nunca me vi nesse papel de chefe de família e precisei de um tempo para enxergar, me acostumar e aceitar.
- Léo, você sabe que eu sou um pacote com anexos. Não existe a possibilidade de ser diferente, por mais atração que tenhamos.
- Eu sei, e me doeu muito a possibilidade de te perder. Você me completa, é a tampa da minha panela e não somente você. Senti falta de todos, até da Ana, se quer caber. Não tem como resistir à fofura da Gabi e esperteza do Davi. Acredite em mim. Não demorei muito a perceber que meu lugar é com vocês, mas também não poderia simplesmente voltar sem ter como oferecer a estabilidade que a família exige.Não poderia voltar por sei lá quanto tempo até a próxima missão que poderia me jogar em qualquer lugar do país por sabe-se lá quando tempo.
- E porque simplesmente não voltou? Porque não me dividiu comigo essa angústia?
- Sei que posso confiar em você, mas você já tem muitas decisões a tomar e eu precisava decidir isso sozinho. Mesmo sem querer, eu poderia tomar uma decisão precipitada, me arrepender e não gostaria de nunca culpá-los. Você entende?
_ Perfeitamente, mas ainda assim poderia ter compartilhado comigo.
- Não, meu amor. Confesso que fiquei com medo de perder você, mas tinha que confiar. Conversei com o Charles que é filho de mãe solteira e ele me trouxe algumas questões. Nunca nem me atentei para o nível de responsabilidade e quantidade de decisões que você tem que tomar todos os dia. Entendi que para estar ao seu lado eu tenho que ser capaz de t e ajudar a tomar decisões e não ser mais uma depender de você. Não queria trazer para você mais algo a pensar, não era o que você precisava. Estava realmente procurando o que fazer pois não bastava pura e simplesmente sair do Exército. Pensei até mesmo em tirar meu OAB para advogar, mas sabia que não seria feliz longe da ação.
- Não mesmo.
- Então, um dia no escritório, ouvi falar do Concurso para a Polícia Federal. Era uma vaga, mas eu tinha que tentar. Estudei muito e passei. Estou na última fase do treinamento e na próxima semana sai o resultado final. Estou na disputa com uma candidato pela vaga. A menina até que é boa, mas eu preciso dela, nós precisamos dela.
Estava emocionada com tudo que ele falava, mas precisava ser racional. - Entendi, mas porque não me contou nada?
- Minha linda, eu não queria te trazer incertezas. Queria voltar para vocês com certezas. Se eu não for aprovado como poderei assumir minha família sem um emprego?
- Mas eu estou trabalhando. Família se ajuda.
- Sim, eu sei, mas tudo que você não precisa é de um homem parasita. O Charles fazia uns trabalhos extras de segurança, recebeu uma proposta interessante e também saiu. Ele está se dando bem e falou que se não der certo poderia ir trabalhar com ele. Não seria um salário muito grande, mas tenho minhas economias e manteria, mesmo que de forma modesta minha família até ter novas oportunidades.
- Mas parece que você já tem tudo sobe controle. Não me importo que ganhe pouco ou que tenhamos uma vida modesta.
- Eu sei, mas queria poder dar o mundo a vocês.
- Léo, entende uma coisa. Não teve um dia em que você estivesse totalmente ausente nesta casa. Gabi, Davi e até Ana sempre falavam ou perguntavam por você além da saudade que senti. Nossas conversas serviram para amenizar essa falta e trazia alegria não somente para mim, mas também para todos os outros quando eu falava que você mandou beijo ou abraço. - me aproximei e precisava que ele entendesse muito bem o que estava falando. Olhando nos seus olhos finalizei:
- Nosso mundo é você.
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Do meu tamanho
RomanceDepois de cansar de tanto bulling por causa de sua altura e uma desilusão amorosa que destruiu seu coração, a fé nos homens e seus sonhos Alessa se fechou em si e se dedicou apenas à sua profissão até conhecer Leonardo, que perturba sua vida e a faz...