Capítulo 20

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Vânia e Ester ficaram realmente excitadas com Leo e apenas se controlam por causa da Gabi. Assim que ela dormir já vi tudo e minha hora está chegando porque os olhinhos dela lutam contra o sono para se manterem abertos. Assim que ela perde para o sono a coloco na cama, cubro e logo Vânia e Ester começam o que eu temia.

- Amiga traíra você. Por isso que está sumida esse tempo todo. – diz Vânia indignada.

- Até eu sumiria se fosse ela.- completa Ester

- Ai gente, ele nem é isso tudo. Lá tem mais bonitos. – digo em minha defesa. Para que? Crente que estava abalando e quando noto o silêncio estão todas, inclusive Ana me olhando boquiabertas como se eu fosse louca.

- Caralho, preciso passar um tempo na sua casa e visitar seu serviço. Nem preciso de um cara mais que ele. Já fico satisfeita com um parecido. – diz Ester nos surpreendendo já que ela não costuma xingar.

- Alessa, desculpa, mas dos seus colegas que já vi nenhum deles é tão bonito quanto o Leonardo. – diz Ana, a traidora.

- Ana, acho que está na hora de uns drinks. Me acompanha até a cozinha? – diz minha mãe arrastando a traidora consigo.

- Lessa, confessa. O que tem entre vocês? Do jeito que ele te olhou não tem nada de amizade. – diz Ester

- E o mais importante, o que está acontecendo com você que não deu ainda para esse deus grego? – questiona Vânia

- Com certeza, de grego ele não tem nada!- deixo escapar lembrando de sua anatomia e das aulas de artes e das estátuas gregas que a professora sempre nos mostrava. Com certeza entreguei meus pensamentos pois logo estavam as duas rindo.

- Sua safada sortuda, você deu para ele! – dizem as duas me fazendo uma série de perguntas. Ana volta com os drinks e informa que minha mãe preferiu ir dormir no quarto de hóspedes se juntando a nós com doses de amarula.

Com o álcool para dentro e as meninas me encurralando acabou soltando tudo e contando tudo que aconteceu até agora. Ao final do relato elas de alguma forma entendem minha posição e não me julgam, apesar de acharem que poderia sim ter meus momentos com ele desde que preservasse as crianças e meu coração até ter certeza do que ele quer.

Aos poucos uma a uma vai se rendendo ao sono e sobra eu e Ana acordadas com toda bagunça. Junto tudo e quando Ana sugere me ajudar não aceito e peço para ele dormir já que estou sem sono. Levo as embalagens para a cozinha e me sento à mesa para degustar minha última amarula da noite enquanto viajo em meus pensamentos.

- Perdeu o sono? – quase caio da cadeira e sou segura por braços fortes que bem conheço. Me recomponho rapidamente ficando de pé em frente à ele, o dono dos meus pensamentos.

- Me desculpe, mas não sabia que não sabia que viria. Sua mãe me convidou ontem. – diz ele descartando o lixo que trazia do quarto dos meninos.

- E porque não foi falar comigo? Gabi ficou chateada.

- Imaginei, mas conversei com sua mãe e ela só me deixou me aproximar depois de pensar e ter certeza sobre o que sinto por você. Tudo o que sei é que desde que te conheci você não sai da minha cabeça e que gostaria de explorar o que sinto.

- Sei como é, tenho a mesma necessidade, mas agora não sou sozinha, tenho duas pessoinhas que dependem de mim e não posso me aventurar num talvez.

- Entendo, mas isso não diminui o que sinto e estou sentindo. – diz ele se aproximando de mim. Toda uma tensão sexual nos rodeia e, soltinha pela amarula, com o tesão que sinto, o cheiro dele e o olhar que me hipnotiza não sou capaz de resistir e o puxo para mim colando nossas bocas.

Logo estamos deixando a paixão nos consumir e não sei como estamos parcialmente nus e nos amando na mesa da cozinha quando alcanço meu primeiro orgasmo.

O arrasto para a sala e lá terminamos a noite nos amando das diversas formas até o cansaço nos desmaiar. Acordo sozinha no sofá e coberta. Escuto vozes vindas da cozinha e quando vou verificar quero que o chão se abra para me esconder. Todos estão acordados tomando café e olham para mim e para o Léo com olhares maliciosos. Será que fomos pegos em flagrante? Finjo que não estou entendendo e depois de beijar e abraçar meus filhos vou para o quarto tomar banho e me arrumar.

Quando desço Vânia e Ester já estão de saída. Marcamos de nos encontrarmos mais vezes e fazemos um grupo das amigas no whatts app. Preciso pegar a estrada e fica um clima estranho. Começamos a arrumar as coisas no carro, minha mãe faz um lanche para as crianças comerem na viagem e quando está tudo pronto Ana leva as crianças para o carro e o clima fica mais estranho ainda.

- Mãe, pai, estou indo. Semana que vem espero vocês lá. A benção. – digo os abraçando.

- Léo, foi um prazer te reencontrar- digo a distância já me dirigindo até a porta.

-Alessa! – ele me chama e vai até mim, me agarra e me beija diante dos meus pais que discretamente deixam a cozinha. – Não me deixe, quero tentar mesmo que não seja como um casal, quero estar na sua vida e viver essa paixão que nos consome até termos certeza do que queremos. Não me afaste de você.

- Léo, eu não sei como fazer isso acontecer. – digo me afastando dele.

- Alessa, deixa acontecer! – escuto meus pais dizendo da sala.

- Isso Alessa, deixa acontecer. Vamos viver um dia de cada vez e seja o que Deus quiser. Não quero e nem posso prometer nada, apenas que quero estar com você. Não me afaste de você. – diante daqueles olhos que me desnudam a alma e me dizem que está sendo sincero, além do próprio desejo da minha alma, não posso negar a ele e a mim esse desejo.

- Eu quero tentar! E seja o que Deus quiser. – digo já nos braços deles.

- Que bom que vocês se entenderam. Agora Alessa, você precisa pegar a estrada. Porque o Leo não vai com você? Assim vocês conversam melhor durante a viagem.

- Mamãe, como a senhora está liberal esses dias hein! Primeiro que ele está de carro e segundo, como ele vai voltar?

- E quem disse que ele precisa voltar?

- Alessa, estarei na mesma base que você! Me mudei semana passada e meu único problema agora é onde deixar o carro porque posso ficar de boa a semana e voltar semana que vem para buscá-lo.

- Por isso não! Deixa aqui na garagem. Semana que vem quando formos para a Alessa levamos o carro para você. Aproveitamos para deixar o nosso na revisão – diz meu pai. Acho que estão a todo custo me empurrrando para o Léo.

-Está bom, sei reconhecer quando eu perco e sou voto vencido. Vamos embora Léo!

Do meu tamanhoOnde histórias criam vida. Descubra agora