Cap.6: A Dead-End Mind

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Point of view Justin Bieber

Passei a mão no meu topete, o bagunçando pra frente, enquanto ouvia as conversas fiadas do Chaz. Eu sentia falta dele, assim como a do Ryan, quando morávamos no Canadá eu nunca me preocupei com companhia, pois eles estavam o tempo todo comigo, seja jogando hóquei, basquete ou até mesmo futebol. Era uma época muito boa.

Nessa época os meus pais eram casados, o Jeremy, meu pai, já tinha a sua pequena oficina em Stratford, nos rendia uma boa quantia pros gastos dentro da casa onde moravámos, não era tanto, mas tínhamos dinheiro pra todos os gastos financeiros, o que deixava a minha mãe infeliz.

Não que ela ligasse totalmente pra dinheiro, mas as condições como vivíamos não a agradava, não a deixava feliz e isso aos poucos foi a desgastando do casamento com o meu pai.

Ele tentava sempre procurar outro emprego, pra poder colocar mais dinheiro dentro de casa, mas as dificuldades por sermos de classe baixa nunca ajudou, então tivemos que nos contentar com os lucros da oficina, apenas eu e ele, já que, a minha mãe o deixou, ela se cansou daquela vida e foi embora.

Não que ela tenha nos abandonado, porquê apesar de eu ter 19 anos, eu entendia, mesmo sabendo que iria doer tanto em mim, quanto no meu pai, eu entendia e acho que foi melhor assim pra ambos.

— Bieber, vai começar o segundo tempo no banco. — avisou, o professor de educação física e franzi as sobrancelhas. — Quando um da linha do meio cansar eu te coloco. — explicou, e o Ryan me olhou, sério.

— Qual é treinador, ele foi ótimo no primeiro tempo. — falou, o Ryan e o professor me olhou.

— Ryan, eu sou o treinador aqui, então eu sei quem foi bem ou não. O Kurt vai jogar na posição do Bieber, depois ele entra. — respondeu, de maneira rude e o Ryan rolou os olhos.

— Ryan... — falei. — Relaxa, tá tudo bem. — ele fuzilou o treinador, e me retirei da quadra, indo pro banco de reservas.

Me acomodei por ali e prestei atenção no jogo a minha frente, e pra ser sincero, o cara que me substituiu era muito ruim.

— Esse Kurt é um retardado, não sabe nem correr. — ouvi falar atrás de mim, e nem me virei, pois sabia que era a moça do refeitório e nem fiz o favor de olhar.

— É agora que eu não assisto mais esse jogo, o colírio saiu, então não tem mais graça. — rir pelo nariz, umedecendo os lábios e nem olhei pro lado esquerdo, pois sabia que a menina que falou isso se referiu a mim, que fui o único a ser substituído. — Eu tô falando de você, novato. — molhei os lábios e dessa vez a olhei, rindo e percebi que era uma loira, a tal da Valerie, que o Chaz fala o tempo todo. — Você é muito bom, parabéns. — me elogiou, e rir pelo nariz.

— Obrigado. — agradeci, e vi a Claire chegar próxima as amigas, seus olhos estavam avermelhados, como se estivesse chorando. Ela se sentou ao lado das amigas e manteu sua visão no jogo a frente, e resolvi fazer o mesmo.

Point of view Claire Gonzalez

Já era 11h e o pensamento de que algo ruim me esperava em casa me dominava, eu não entendi nada do porquê que o meu pai agrediu o Brooklin, não entendia.

Mas, eu sabia que alguma coisa, ou pelo menos um mal entendido devia ter acontecido, pois ele não tava brincando, e era isso que me assustava.

— Pegando ônibus, Claire Gonzalez? — ouvi a voz do Chaz e me virei, vendo ele, o Ryan e o Justin, todos usando os shorts, camisas do terno e de cabelos molhados. — É o fim dos tempos. — zombou, e dei um sorriso pequeno.

— É algo comum, não acha? — perguntei, e vi o Justin ajeitar sua mochila no ombro.

— Pra mim sim, mas pra você... — rolei os olhos, e respirei fundo.

Possessive BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora