Cap.20: Humility

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Point of view Justin Bieber

Franzi as sobrancelhas, confuso e decidir retribuir o gesto. Apertei sua cintura contra mim e inalei o cheiro natural que ela possuía.

E então lembrei de ontem, o que me tirou o sono a noite toda.

— O quê faz aqui? — perguntei, quando ela me soltou e a vi respirar fundo.

— Eu queria te ver. — respondeu, e franzi as sobrancelhas, rindo com timidez em seguida. — Hoje você não foi a escola... E achei que alguma coisa tivesse acontecido. Tá tudo bem?

— Ah... Claro, entra, fique a vontade. — ela concordou e entrou, enquanto eu fechava a porta.

— E seu pai?

— Meu pai tá dormindo já.

— Ah sim... — ela falou, olhando em volta e enrugou a testa, confusa. — Que barulho é esse? Tem água derramando? — arregalei os olhos, lembrando da torneira e corri pra cozinha.

— Merda! — resmunguei, desligando e vi ela na porta. — Desculpa, eu liguei e esqueci de desligar. — ela riu, se aproximando e umedeceu os lábios.

— Você vai lavar? — olhei pra louça na pia e concordei. — Quer ajuda? — abrir a boca, e rir sem humor.

— Não, não, eu lavo, pode deixar.

— Ah não, eu lavo e você seca. Pode deixar. — ela tomou minha frente, pegando a bucha e o sabão.

Rir pelo nariz, extasiado com a sua humildade e decidi fazer o que ela falou.

— Então... Vou sentar aqui. — me sentei a mesa e ela começou a lavar a louça. — Como foi hoje a escola?

— Ah... Foi bem, a mesma coisa de sempre.

— Sim, amanhã tem prova, você estudou? — perguntei, e ela me olhou, sorrindo.

— Sim, eu brinquei com o Tob um pouco pela tarde e depois estudei o restante... Aí eu queria te ver pra saber se tá tudo bem com você que faltou hoje. — falou, de forma baixa e respirei fundo. — Tem alguma coisa de errado... Não é? — ela tocou no assunto que tava me deixando desesperado e fui obrigado a concordar.

— Sim... Tem sim e muito. — falei, triste e ela me olhou da mesma forma, voltando a atenção na louça.

Ela levou alguns minutos pra lavar e sequei tudo em seguida, depois as guardei e deixamos a cozinha arrumada.

Fomos para a sala e nos sentamos no mesmo sofá, pertinho um do outro e o olhar de curiosidade e ao mesmo tempo de preocupação dela pesava sobre mim.

— Você quer me falar? — perguntou, e dei um sorriso pequeno, apoiando meus cotovelos nos joelhos. — Justin, você sabe que pode contar comigo. — falou, e a olhei, sentindo um abismo se abrir dentro do meu coração.

— Claire... eu, eu tô sem saída. — falei, evitando falar as palavras certas, mesmo sabendo que no fim ela iria entender absolutamente tudo. — As coisas pioraram e eu... e eu não tenho o que fazer. — ela enruguou a testa, e se aproximou um pouco mais de mim, cruzando suas pernas sobre a sofá.

— O quê tá acontecendo? Você tá doente? — neguei, e esfreguei minhas mãos no rosto. — É... o seu pai? — e chutou a bola certa, me fazendo encará-la. — É algum problema com o seu pai? — refez a mesma pergunta e tentei não demonstrar emoção no momento, mas foi em vão, pois meus olhos se encheram de lágrimas e concordei.

Sentia as lágrimas quentes escorrerem pelos cantos dos meus olhos e o olhar preocupado dela estava mantido em mim.

— O quê aconteceu com ele?

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