Cap.21: The Nightmare

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Pointer of view Justin Bieber

Confesso que estava envergonhado em receber todo aquele dinheiro oferecido pela Claire. Aquilo era demais. Mas, eu não podia ser orgulhoso ao ponto de não enxergar que eu realmente precisava daquela ajuda, a saúde do meu pai vinha em primeiro lugar e não tínhamos dinheiro pra exames, consultas e medicamentos. Era aquilo ou nada.

— Então? — perguntou, atrás de mim no sofá e respirei fundo, encarando a caixa branca cheia de dinheiro sobre o sofá velho.

— Claire, é muito dinheiro. — falei, chocado com a quantidade e envergonhado pela situação. — Você sabe que eu não tenho como te pagar.

Ela rolou os olhos atrás de mim no sofá e veio parar na minha frente, se sentando ao lado da caixa.

— Isso agora não importa, Justin. Eu já te falei que não precisa se preocupar com isso, se preocupe com o seu pai, é ele com quem você deve se preocupar. — falou, me olhando nos olhos e respirei fundo. — Além do mais, eu pouco uso a minha mesada, costumo guardar pra uma emergência e ajudar o seu pai nesse momento é uma emergência. — e sorriu no final da frase, me causando um frio na barriga.

Fiquei a encarando por alguns segundos, olhando profundamente nos seus olhos e cedi, não tinha outra opção.

— Tá bom. — aceitei. — Mas eu prometo que irei te pagar. Tá bom? — prometi, e ela sorriu, ficando de pé.

— Tá bom, mas enquanto isso foca no seu pai.

— Pode deixar.

— Ótimo... — ela olhou a hora no seu relógio de pulso e deu um sorriso pequeno em seguida. — Bem, eu preciso ir, está escurecendo e tenho que estudar pra prova de biologia amanhã. — concordei, e fiquei de pé próximo a ela. — Nos vemos amanhã?

— Claro. Vem, eu te levo até a sua casa. — ela sorriu e balançou a cabeça.

— Não... — negou, levando uma de suas mãos até o meu rosto e aproximou o seu do meu, me deixando nervoso. — Eu pego um táxi, fica com o seu pai... — engoli em seco, e concordei com a cabeça.

— T-tá tá bom. — gaguejei nervoso e ela desceu seu olhar até os meus lábios, os tocando de maneira lenta, me fazendo fechar os olhos e apreciar aquele toque em mim. — Tchau.

— Tchau. — e murmurou pela última vez, até cruzar a porta.

E foi embora.

Ainda me encontrava bobo com o ocorrido de segundos atrás, mas logo voltei a realidade e meus olhos foram ao encontro da caixa branca com todo o dinheiro emprestado pela Claire.

— Isso vai nos ajudar muito... — murmurei, e obviamente iria.

Peguei a caixa em mãos e fui em direção ao meu quarto, mas antes, por reflexo, bati o olho na porta do quarto do meu pai, a vendo semiaberta e ele deitado na sua velha cama de madeira. Parecia cansado.

As coisas vão melhorar pra gente, pai. Eu te prometo. Pensei comigo mesmo e fui pro meu quarto, estava afobado e um banho naquele momento era muito bem vindo.

Em meio a tantas preocupações, um alívio corrompia todo o meu corpo, por saber que nesse momento difícil eu não estava sozinho. Eu tinha ela junto a mim, e era muito bom.

Point of view Claire Gonzalez

Assim que desci do carro, paguei ao taxista a corrida, que sorriu agradecido e foi embora.

Vestir o casaco de algodão que eu trazia em mãos, estava frio e eu não o via como uma boa companhia, por isso me agasalhei o máximo que pude, fechando com ambas mãos contra o meu busto e comecei a ir em direção a rua da minha casa.

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