Point of view Claire Gonzalez
Me mantinha sentada em uma das cadeiras que havia naquela diretoria. Prensava contra meu busto a jaqueta jeans que o Chaz havia me emprestado ainda no vestiário feminino.
Me sentia suja, completamente imunda.
— O que te fez achar que poderia colocar suas mãos em minha filha? — falou, arrogantemente o meu pai e baixei o olhar, envergonhada, e decepcionada com o Justin, pois o mesmo estava em outra cadeira do outro lado da sala, olhando pra mim com um olhar baixo, caído em tristeza. — Me responde, seu fedelho nojento. — meu pai chacoalhou fortemente o Patrick pela camisa, fazendo ele me olhar em seguida. — Olha pra mim, seu imundo. — e dessa vez lhe acertou em cheio contra o rosto, fazendo a diretora interferir e eu ao mesmo tempo.
— Pai, chega! — me levantei e o segurei pelo braço, enquanto ele fuzilava com ódio nítido o Patrick que estava com a mão nos lábios.
— Isso é pra você aprender a nunca mais tocar na minha filha, seu filho da puta.
— Pai, tá bom, já passou. Chega! — falei, e ele me olhou com raiva.
— Já passou? Ele queria te abusar, Claire. — respirei fundo, olhando pro Patrick que estava com os olhos avermelhados e voltei minha atenção no meu pai.
— Eu sei, mas não aconteceu. — ele fuzilou o Patrick novamente e tentou ir pra cima, mas o segurei.
— Senhor Gonzalez, vamos manter a calma. O senhor está muito nervoso.
— Calma? Você me liga dizendo que algo sério aconteceu com a minha filha e quando chego aqui descubro que ela quase foi estuprada por um imundo filho de uma puta e você me pede calma? — fechei os olhos, reprimindo meu choro.
— Eu entendo o seu nervosismo, mas teria sido muito pior se o senhor Bieber não tivesse aparecido. — a diretora falou, e olhei gradativamente pro Justin, o vendo de maxilar travado.
— Sen... Senhor Bieber? — perguntou, confuso o meu pai e olhou em volta, notando o Justin ali, pois desde que chegou ele xingava e tentava matar o Patrick. — Ele? — ele apontou e o Justin manteu seu olhar no dele.
— Sim. O senhor Bieber estava no vestiário masculino ao lado e ouviu os gritos da sua filha, por isso resolveu socorrera. — ele arqueou as sobrancelhas e me olhou em seguida, me fazendo desviar o olhar.
— Vem aqui rapaz. — o Justin ficou de pé e juro gelei por dentro imediatamente.
— Sim. — falou, o Justin em um tom rouco, próximo ao meu pai.
— É verdade o que ela falou? — ele me olhou e baixei o olhar, magoada. Eu estava sim, bastante.
— Sim, eu estava me preparando pra aula de educação física quando ouvi sua filha gritar. — o meu pai encarou o Patrick com ódio e voltou sua atenção no Justin. — Ela estava em pânico. — sério que ele notou? Que ótimo!
— Ok.— meu pai esfregou as mãos no rosto e olhou pra diretora. — Quero esse miserável expulso do colégio. — todos naquela sala arregalamos os olhos e o Patrick se superou.
— O que?
— Isso mesmo, fedelho. Ou fora da escola, longe da minha filha ou dentro da cadeia, porque se a escola não tomar as medidas cabíveis é pra lá que você vai. — o Patrick engoliu em seco e a diretora se aproximou.
Na verdade era pra ser feito as duas coisas.
— Bruce, olha, a gente vai conversar e vamos resol...
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Possessive Blood
Ficção AdolescenteApós a morte de sua mãe, Claire passa a viver com o seu possessivo pai, Bruce. Bruce é um homem frio, carrega em suas veias um sangue de possessividade sobre a sua filha única, a impedindo de então, ser uma adolescente comum, com amigos. Mas, um nov...