Point of view Claire Gonzalez
Os olhos de Justin estavam cercados de tensão e preocupação. Eu via muita tristeza e medo, não parecia aquele rapaz valente e imbatível que me salvou inúmeras vezes. A situação era muito séria pra ele está daquele jeito, apreensivo e impaciente.
— O que? — rir em descrença sem entender bem. — Você quer ir embora? Embora pra onde? — questionei, confusa.
— Pra onde você quiser. Pra onde quiser ir a gente vai, mas vamos embora daqui. Por favor. — enruguei a testa e me aproximei dele, segurando na sua mão.
— Ei, fica calmo.
— Isso definitivamente é algo que não consigo ficar. — respondeu, assanhando seus cabelos e se levantou do banquinho do piano, passando uma mão na boca, nervoso. — Eu tô ciente da situação que meteram o John e tão tentando me meter junto a minha mãe, quem sabe até você pode acabar sendo prejudicada e eu não quero isso, Claire, não quero. — falou, preocupado e engoli em seco também temendo a situação. — Estamos lidando com uma quadrilha, consegue me entender? Estão dispostos a fazer o que forem preciso pra tomar tudo o que o John tem. Estamos inclusos nisso de certa forma. — concordei, suspirando e me aproximei dele o máximo, colocando uma mão em seu rosto. — Não quero que nada de ruim te aconteça.
— Nada vai me acontecer.
— A gente não tem certeza. Tá tudo se invertendo e parece que estamos entrando no inferno. — dessa vez falou rude e se aproximou da parede. — Tão me forçando a casar com alguém que eu passei a detestar. — e no que ele fala isso sinto uma vontade enorme de chorar. — Se a gente ficar não teremos escolha, eu não terei escolha. — engoli em seco e quando percebi meus olhos escorreram as primeiras lágrimas. — Você sabe tudo o que eu vivi no último ano e meses, é testemunha de todo o inferno que passei.
— Eu sei, eu sei.
— E eu vim pra cá, morar com a minha mãe, porque achei que seria diferente depois do que fui obrigado a acreditar. — ele se referiu sobre a confusão da minha morte. — Vim em busca de conforto e paz, mesmo com o coração partido por achar que você estaria morta. — seus olhos estavam brilhando devido as lágrimas. Ele desabafava de um jeito tão triste que meu coração estava doendo por vê-lo falar tudo aquilo com aflição e medo. — Eu só quero viver em paz. Consegue me entender?
— Consigo sim. — me aproximei dele e pus minhas mãos em seu rosto. — Eu estou com você no que decidir. Se quer ir embora a gente vai. — então ele sorriu com vontade enquanto seus olhos brilhavam com lágrimas ao redor deles. — A gente vai embora daqui. Vamos procurar nossa felicidade em um lugar distante, somente eu e você. Tá bom? — ele concordou e beijei seus lábios com vontade, segurando sua nuca.
Suas mãos se manteram na minha cintura e ele me levantou, me colocando sentada sobre o piano e ficou entre minhas pernas, acariciando meu rosto enquanto me beijava.
— Eu tô fazendo isso... Porque eu te amo, porque não quero que nada de ruim te aconteça e porque só tenho uma vida e quero vivê-la com você. — concordei, sorrindo e ele seguiu acariciando meu rosto, voltando a me beijar. — Só quero casar com uma única pessoa e essa pessoa é você. — naquele momento eu travei legal. Até minha respiração parou de funcionar.
— O que? — eu não tinha entendido muito bem ou ele falou que queria casar comigo? — Você... Tá falando sério?
Ele deu um sorriso tímido e me abraçou fortemente, aconchegando seu rosto em meu ombro. Tava querendo fugir, mas não ia não, porque eu estava começando a suar com suas palavras e precisava saber do que exatamente ele quis dizer.
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Possessive Blood
Teen FictionApós a morte de sua mãe, Claire passa a viver com o seu possessivo pai, Bruce. Bruce é um homem frio, carrega em suas veias um sangue de possessividade sobre a sua filha única, a impedindo de então, ser uma adolescente comum, com amigos. Mas, um nov...