Cap.34: Panic Stunned

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Point of view Justin Bieber

Aproveitando que a Claire ainda dormia profundamente no hotel onde a minha mãe nos deixou ficar, resolvo ir até a minha casa, pois independente de tudo eu precisava voltar a escola. Era a última semana de aula e não poderia faltar.

Assim que passei pela porta, fui às pressas pro meu quarto e tirei aquela roupa, vestindo outra e peguei meus materiais, ficando pronto. Quando cheguei na sala, um enorme vazio me preencheu por dentro, por notá-la tão silenciosa e vazia.

A lembrança de que o Jeremy nunca mais irá voltar pra conviver comigo era uma das certezas que mais me assustava, pois a sua partida ainda doía em mim, me machucava profundamente e o pior, era que eu nem sabia como fugir daquilo.

Então me dei conta que estava chorando e por isso sequei as lágrimas, saindo para o lado de fora e me aproximei do carro dele, jogando a mochila no banco de carona e antes que eu pudesse ocupar o do motorista, ouvi barulho de carro e ergui meu olhar até a entrada da rua de minha casa, vendo o carro do Bruce.

De uma coisa eu tinha total certeza, se eu tivesse a oportunidade de matar esse homem eu faria isso sem pensar duas vezes. O cara matou o meu pai, tecnicamente falando, e ainda tentou abusar da minha namorada. Nada e nem ninguém era capaz de explicar o quanto eu odiava esse cara.

Então pra mostrar que ele não me amendrontava nem um pouco, fechei a porta do carro com bastante força e dei alguns passos na sua direção.

— O que você tá fazendo aqui? — perguntei com os punhos cerrados, queimando em ódio por dentro.

— Vim calibrar o meu pneu traseiro. — falou com toda normalidade do mundo, como se eu fosse burro o suficiente pra acreditar.

Rir com deboche e me aproximei um pouco mais.

— Pra quê? Que tipo de sujeira irá armar pra cima de mim agora? — ele enrugou a testa e permanecia me olhando atentamente, mesmo usando óculos.

— Do que você tá falando? — que cara cínico.

— Você sabe muito bem do que estou falando, Bruce! — alterei o tom. — Foi você quem armou toda aquela confusão das drogas na oficina do meu pai. Foi você quem colocou aquela porcaria de cocaína lá. Você compactuou com a polícia pra me prender! — pus as cartas na mesa e ele tirou o óculos escuros que usava, se aproximando um pouco mais.

— Mais alguma coisa? — ele mudou o tom e travei o maxilar.

— Sim, você matou o meu pai. — falei, e ele travou me olhando num torpor sem tamanho, arqueando as sobrancelhas. — Ele sofreu uma parada cardíaca por toda a confusão que você causou. — acrescentei, com o peito ofegante e o vi dá um sorriso doentio, aumentando mais ainda a minha raiva.

— Bem, em relação a isso eu não tive culpa... — ergueu as mãos em forma de redenção, porém ele sabia mesmo assim que tinha culpa. — Minha intenção mesmo era apenas de foder com a sua vida e vejo que consegui. — assumiu, e meu coração acelerou fora do comum, me causando uma fúria desconhecida. — Viu só? É isso mesmo que acontece com pessoas que entram no meu caminho pra atrapalhar minha vida.

— Onde que eu entrei no seu caminho, seu doente? — questionei, rude e ele travou o maxilar, me fuzilando. — Em momento algum eu quis atrapalhar a sua vida.

— Não entrou no meu caminho? Você tá comendo a minha filha! — e a forma como ele fala me deixa muito enojado. — Minha única filha! Eu não criei ela todo esse tempo pra vim um moleque pobre morto de fome e se apossar da ingenuidade dela. — enruguei a testa e a maneira como ele falou comigo me fez engoli em seco. — Eu estava guardando a Claire pra um homem de verdade e não pra um moleque vagabundo feito você!

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