Point of view Justin Bieber
A noite estava muito fria e silenciosa.
O longo corredor de quartos estava em um silêncio tranquilizante. Os abajures luminárias da sala eram as únicas formas de clarear cada cômodo que eu passava, me ajudando a não esbarrar numa parede ou chutar alguma coisa que estivesse sobre o chão.Fui até a cozinha beber alguma coisa e peguei uma jarra com água junto de um copo. Dei meia volta e antes de chegar na sala, olhei pro piano que havia ganho da minha mãe. Se eu não tivesse tão cansado iria praticar algumas notas até o sono me consumir, mas estava quebrado do dia de hoje, então deixei pra outro momento.
E assim que tive acesso a sala quase que infarto do coração ao dá de cara com o John saindo do seu gabinete.
— Porra, John. Que susto! — esbravejei, nervoso e ele riu da minha reação.
— Desculpa. Não queria te assustar.
— Sem problemas. Só vim buscar uma água.
— Claro, fique a vontade. — sorri gesticulando em afirmação e antes de subir as escadas ele voltou a falar novamente. — Ah, Justin. Amanhã não será preciso ir pra concessionária. — enruguei a testa e o olhei.
— Sério? Porque?
— Vou levar um pessoal que irá cuidar da decoração e da limpeza, pois no sábado iremos inaugurar e quero que tudo seja adiantado pra no dia não ter corre corre. — explicou, e logo concordei, sorrindo amigavelmente.
— Ótimo. Valeu, então.
— Não há de que. — gesticulei com a cabeça e subi os degraus feliz com essa notícia. Poderei passar a manhã inteira com a minha Claire... Que ótimo. Era tudo o que eu estava precisando nos últimos dias.
Assim que abrir a porta devagar, vi ela dormindo feito pedra sobre minha cama. A calça moletom que usava mais cedo não estava mais mantida em seu corpo, pois a peça estava na poltrona próxima a nossa cama.
Fechei com cautela a porta e me escorei nela de costas, observando a imagem a minha frente que ainda parecia surreal para mim. Tentava acreditar que tudo aquilo não passava de um lindo sonho, pois ainda não conseguia acreditar que o amor da minha vida dormia em minha cama depois de tanto tempo.
Com esses pensamentos flutuando em minha mente ali eu tive a total certeza de que eu era um homem de sorte e que era abençoado. Mesmo com a morte do meu pai eu me sentia abençoado, pois Deus só tira algo de nós se for pra dá algo melhor ainda.
Eu vivi num mundo onde muitas vezes me decepcionei, com pessoas que convivi, que fizeram parte do meu dia, e principalmente que amei incondicionalmente, exatamente por isso que sempre tive a maior facilidade de me decepcionar, porque acabei criando em minha mente e acreditando que elas sejam praticamente, como super-heróis, e heroínas, e ao vê que elas também falham, surte um efeito doloroso…
Quanto a perda do meu pai, muitas vezes, não consigo simplesmente entender, e sempre fico me martirizando do porque disso ter acontecido justamente comigo, sendo que o meu pai foi a minha âncora sempre. Então aí eu penso aonde foi que eu errei? E o que poderia ter sido diferente?
Mas muitas vezes acabo esquecendo, que quando Deus permite que nós perdemos algo que realmente, amávamos, ou queríamos, pode ser porque ele queira nos dar algo melhor, ou simplesmente, porque ainda não é chegada a hora, de o termos…
Meu subconsciente estava fazendo uma festa com turbilhões de pensamentos voando na minha mente, mas era hora de dormir, pois estava muito cansado.
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Possessive Blood
Teen FictionApós a morte de sua mãe, Claire passa a viver com o seu possessivo pai, Bruce. Bruce é um homem frio, carrega em suas veias um sangue de possessividade sobre a sua filha única, a impedindo de então, ser uma adolescente comum, com amigos. Mas, um nov...