Cap.10: For You

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Point of view Justin Bieber

Ninguém ali tinha expressão em seus rostos. O homem moreno encarava o meu pai com um olhar frio e bastante curioso, o meu era de uma tremenda confusão, mas o olhar de espanto, preocupado e até mesmo de medo da Claire, me perturbava.

— De onde você a conhece? — perguntou, curioso e parado na porta do seu carro.

— Ah... — as palavras do meu pai se perderam pela situação. — Eu, é... — rolei os olhos, olhando pra Claire que tava com uma expressão de preocupação nítida, me olhando.

— O meu pai ocupou o cargo do motorista do ônibus escolar por um dia. — menti, e ela enruguou a testa, confusa.

O meu pai se tocou levemente, que não poderia falar a verdade e decidiu entrar na astúcia da mentira comigo.

— Isso mesmo. Tinha uns engraçadinhos no fundão do ônibus que não deixa as garotas em paz e dei permissão pra Claire... sentar no banco ao lado do meu. — explicou-se, e o cara dessa vez olhou pra ela, que forçou um sorriso, convincente.

— Vou dá uma checada nesses filhos da puta que andam mexendo com a minha filha. Entra no carro, Claire. — mandou, e entrou no carro, enquanto ela se aproximava do lado do banco de carona.

— Obrigada. — sussurrou, em um tom muito baixo, quase não ouvi, mas significou muito.

O pai dela ligou a ignição e então, saiu dali às pressas. Levei meu olhar até o meu pai, que me encarava, confuso.

— Não entendi muito bem, porque não falou a verdade? — rolei os olhos, puxando a porta de corrediça pra baixo, fechando a oficina.

— Você não viu a preocupação da Claire? — perguntei, enquanto ia pra dentro de casa.

— Não, não vi, o que ela tinha?

— Ela parecia ter medo... tava muito preocupada com a situação.

— Mas vocês não namoram? — enruguei a testa, e neguei.

— É óbvio que não, pai, a gente não é nem amigo. — ele agora me olhou confuso, e riu em descrença.

— E então o que explica vocês terem dormido juntos? E não venha negar porquê bem cedo eu entrei no seu quarto e vi vocês abraçados. — rir pelo nariz, mantendo a calma e respirei fundo.

— Pai, não foi nada demais. A gente não fez... — insinuei o que ele deve ter pensado, pois me olhava com um sorriso maldoso nos lábios. — Ela só pediu a minha ajuda, só isso.

— Só isso? — perguntou, desconfiado e rolei os olhos.

— Só isso... não aconteceu nada entre nós. — neguei, e ele me olhou agora mais sério. — Sei lá, eu acho que... tem alguma coisa de estranho nisso. — falo, pensando na Claire e no que deve a rondar.

— Com o quê?

— A Claire, a maneira como ela deve viver. — ele riu pelo nariz, e pegou uma xícara que havia sobre a estante.

— A maneira como ela vive é bastante melhor que a nossa, filho, o pai dela é um dos herdeiros de uma fortuna milionária. — foi pra cozinha, e o seguir.

— Eu não tô falando em questão financeira, pai. — falo, cruzando os braços e me escoro na porta da cozinha.

— Tá falando de quê então?

— Deixa pra lá, o senhor não entende. — falei, e saí da cozinha, o deixando sozinho.

Passei às mãos na boca, extasiado pela curiosidade que me dominou naquele momento. Eu vi, eu sentir que tem alguma coisa de errado com ela, o seu olhar escuro de medo só deixou mais ainda óbvio.

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