Possessive Blood

Cap.40: The Pain

Point of view Claire Gonzalez

O combustão de sensações agonizantes que explodiu de dentro quando ouvi em tamanho nervosismo da boca do Chaz, me trouxe uma forte tontura, me fazendo colocar uma mão na cabeça e recuar para trás sem controle.

Meus olhos já estavam úmidos só de imaginar no que ele estaria pensando a respeito de mim e foi rápido para as lágrimas quentes rolarem pelo meu rosto.

— O... O que? — gaguejei, chorando e a Valerie gesticulou em negação. — Repete, Chaz. O que você disse? — pedi novamente e ele olhou pra namorada, assustado e engoliu em seco.

— Primeiro fica calma, olha...

— Não! — gritei, chorando e ele arregalou os olhos. — Eu não vou ficar calma com isso que acabei de ouvir. — me alterei e a Valerie se aproximou de mim, colocando as mãos em meu rosto enquanto chorava.

— Claire, amiga olha pra mim... — olhei em seus olhos castanhos claros e os vi também marejados. — Tá tudo bem, ok? É só um mal entendido que não foi esclarecido. — gesticulei em negação enquanto chorava e pus uma mão sobre a dela em meu rosto.

— Amiga ele tá achando que eu morri. Ele acha que eu o deixei. Que o abandonei. — ela engoliu em seco e me abraçou fortemente enquanto eu chorava. — Meu Deus, Valerie.

— Calma, amiga. Fica calma. Vamos resolver isso. — acariciou meus cabelos e beijou minha cabeça. — Catarine, traz uma água pra Claire, depressa. — gritou, e envolvi um braço na sua volta, vendo o Chaz caído em tristeza. — Tá melhor? — me afastei e passei uma mão na cabeça.

— Não, não, não, não... Eu preciso conversar com ele. — falei em êxtase e tentei ir em direção a porta, mas a Valerie me segurou.

— Claire, fica calma. Você tá histérica. — neguei chorando e tirei sua mão de mim, porém ela me abraçou. — Amiga, calma. Você não tá morta, tá legal? O Justin está achando, mas não é verdade. A gente vai conversar com ele e resolver isso, mas antes você precisa se acalmar. Ficar assim não vai adiantar nada. — explanou e ouvir minha respiração ofegante, me fazendo passar uma mão na testa.

— Toma. — a Catarine surgiu na sala com um copo de água nas mãos e me entregou.

— Bebe, amiga. — ela me sentou no sofá e bebi toda a água enquanto me tremia. Que confusão, meu Deus! — Tá melhor? — perguntou, a Valerie e neguei rapidamente..

— Não, não. Eu não tô bem, Valerie? Você tem noção do que deve tá passando na cabeça dele? — falei, e ela baixou o olhar.

— Não, eu não sei, mas vamos dá um jeito nisso... — olhei pro Chaz e vi ele muito mais nervoso do que eu. — Amor, liga pra ele e fala pra vim aqui.

— Ah... — o Chaz passou a mão na cabeça e deu uma risada forçada. — Então, não vai ser possível. — enruguei a testa e fiquei de pé.

— Por que não?

— Primeiro, Valerie, segura ela. — mandou, e logo senti a minha amiga me imobilizando.

— O que? O que foi?

— E segundo... O Justin, ele... Ele foi embora. — falou, e pus uma mão na boca, sentindo o meu corpo inteiro se estremecer ao ouvir isso.

— Ele... Ele foi embora? — questionei quase sem voz.

— Sim, foi sim. — umedeci os lábios e rir sem acreditar.

— Pra onde?

— Pro Canadá. Foi morar com a mãe. — gesticulei em negação e pus uma mão no peito pra tentar impedir toda a dor que o meu peito sentia.