Cap.12: Moments

4.6K 288 375
                                    

Point of view Justin Bieber

Ainda me sentia desconfortável pela situação que tive de passar há meia hora atrás, mas isso era o de menos, eu não era menos que ela por ser pobre, disso eu tinha certeza.

Estava feliz por um lado, pelo fato da Claire ter me defendido. Juro que não esperava de maneira alguma essa sua reação.

— Obrigado por ter me defendido. — agradeci, e ela tirou os olhos do visor do celular.

— Imagina, não foi nada legal o que ela fez. — afirmou. — Mas... não vamos falar disso, a nossa noite já tá péssima, não vamos piorar ainda mais falando disso. — sugeriu, e tive que concordar.

— Tem razão.

— Bem, eu encontrei aqui pelo google maps um restaurante super legal, a gente poderia comer lá. — franzi as sobrancelhas, e rir.

— Não seria melhor comer pizza? — sugeri, e ela se animou em poucos segundos.

— Pizza?

— É, você gosta?

— Eu gosto, mas eu nunca como. — lamentou.

— Por quê não? — fui curioso.

— O meu pai... ele não me deixa comer essas coisas como pizza, chocolate, dentre essas coisas. Ele fala que engorda. — enruguei a testa, a encarando e fiquei chocado com isso que tinha acabado de ouvir.

— Ele... diz isso?

— Sim, dentre outras coisas piores. — falou, em um tom triste e respirei fundo.

— Bem... ele não tá aqui. Só estamos você e eu, ele não vai saber se comermos pizza. — assegurei. — Vem? A gente come em qualquer pizzaria que tiver por aqui. — ela pareceu cogitar a ideia por um tempo e acabou aceitando.

— Tá bom.

Então fui à caminho do centro da cidade, pois provavelmente deveria ter alguma pizzaria por lá.

Desci o vidro do carro, deixando o vento natural entrar lá. A olhei com rabo de olho, vendo admirar os enormes prédios de Nova York pela janela do carro, enquanto mantinha a cabeça aconchegada em seus braços, que estavam sobre a porta.

Parei o carro em frente a uma pizzaria com um bar logo ao lado. Desliguei a ignição, estacionando e ela me olhou, um pouco nervosa.

— Tudo bem?

— Eu... eu tô com medo. — avisou, receosa e franzi as sobrancelhas, confuso.

— De quê?

— Meu pai é capaz de me matar se pelo menos sonhar... que eu tô nesse lugar. — falou, em um tom triste e ao mesmo tempo nervoso.

— Ah... porque?

— Você não entenderia. — suspirei, colocando uma mão na direção e a olhei nos olhos.

— Eu já te falei que não vou te julgar. — lembrei, e ela respirou fundo, escorando a cabeça no banco.

— Vamos comer, aí eu te falo.

— Tá bom. — descemos do carro e caminhamos juntos até a pizzaria a nossa frente.

Era um estabelecimento comum, bastante simples, mas havia uma clientela muito agradável.

— Ali. — apontou pra uma mesa próxima a uma janela. — Vamos. — e fomos até lá, se acomodando nas cadeiras de madeira.

Ela pôs o seu sobretudo em um canto da mesa, sendo seguido do celular e fiz o mesmo com o meu.

Possessive BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora