Point of view Claire Gonzalez
Acho que em toda a minha vida nunca havia dormido tão bem quanto na noite anterior. A cama do Justin parecia ser feita de algodão puro, tecnicamente falando, já que era a coisa mais macia e gostosa do mundo. Me senti nas nuvens.
Porém ele não estava ali do meu lado. Já havia saído e bem cedo como me falou ainda ontem à noite. Me disse que tinha um café da manhã com o padrasto e outros empresários e que faria o possível pra vir almoçar em casa.
Então tive que me levantar. Era sete e trinta e dois da manhã. O clima do Canadá era ótimo, um tempinho super agradável que dá uma vontade louca de não sair da cama nunca mais.
Entrei no enorme e luxuoso banheiro do Justin, ficando em frente ao espelho que havia na bancada, a própria que estava repleta de produtos de beleza.
Parecia ainda mentira que eu finalmente iria poder ficar o tempo todo com o Justin. Coisa que eu passei a sonhar há tempos desde que me apaixonei por ele.
desde que me apaixonei por ele...
E pra falar a verdade eu nem sei ao certo quando me apaixonei por ele. Foi um poço de confusão na minha mente, pois eu nunca soube o que era gostar de alguém ou se apaixonar. Tudo aconteceu naturalmente, assim eu penso, pois vi desde o início que ele só queria me ajudar sem nenhuma outra intenção.
E com certeza foi isso que tocou meu coração. A sua boa vontade de sempre querer me ajudar e o meu bem. Como no dia em que fez dupla comigo na natação pra só assim eu não ficar com zero no bimestre e levar uma surra do Bruce. Ele me salvou naquele dia e tem me salvado todos os dias por apenas existir e nunca ter desistido de mim apesar das grandes dificuldades que interferiam pra gente ficar longe um do outro.
Eu o amo. Eu amo ele com todo o meu coração e irei fazer de tudo pra preservar esse sentimento da forma mais saudável possível.
Já havia se passo quinze minutos desde que eu comecei a me preparar e a minha próxima ação foi sair do quarto dele. O enorme e largo corredor estava silencioso, assim como toda a casa e eu não sabia se aquilo era bom ou não. Pois posso imaginar que a Pattie ou o John, padrasto dele devem está achando que eu desliguei de vez da humanidade. Tecnicamente falando.
Desci as escadas devagar, notando um silêncio cabuloso por toda a casa e assim que cheguei no final delas logo na sala, estava exatamente como os demais cômodos acima: vazia.
Mas, percebia-se que os funcionários já estariam acordados, pois a sala assim como os móveis estavam com um cheiro delicioso de lavanda.
Sem ter pra onde ir ou o que fazer, pus uma mecha de cabelo atrás da orelha e me aproximei do aparador que havia perto da janela. Havia alguns porta retrato da Pattie e do John em festas beneficentes. A Pattie lembrava muito o Justin, os dois tinham traços físicos muito fortes. Eram lindos.
- Ah... Meu Deus! - ouvi um surto atrás de mim e me virei, vendo ela mesma com as mãos na boca completamente assustada. - O... O que é isso? Claire? É você? - estava completamente assustada e nervosa.
- Oi... Oi. Sou eu sim. - respondi com um sorriso amarelo e sem jeito.
- Meu Deus? Como assim? - respirei fundo e me aproximei dela devagar.
- Olha, Pattie. Antes de tudo quero dizer que toda essa confusão foi um mal entendido. - ela enrugou a testa e notei seus olhos verdes marejados em lágrimas.
- Ma-mal entendido?
- Sim. O Justin ouviu meu pai falando bobagens e achou que eu estaria morta. Por isso tudo aconteceu. - me expliquei antes dela surtar mais ainda. - Quando na verdade... Eu só... só fugi do meu pai. Fugi alguns dias pra acalmar toda a confusão que eu arrumei com ele. - ela engoliu em seco e gesticulou em negação algumas vezes.
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Possessive Blood
Teen FictionApós a morte de sua mãe, Claire passa a viver com o seu possessivo pai, Bruce. Bruce é um homem frio, carrega em suas veias um sangue de possessividade sobre a sua filha única, a impedindo de então, ser uma adolescente comum, com amigos. Mas, um nov...