Possessive Blood

Cap.30. As Long As You Love Me

Point of view Claire Gonzalez

Fechei a porta do carro assim que desci e o motorista particular que o meu pai havia contratado, sorriu em concordância para mim e saiu em seguida.

Caminhei em passos moderados até o enorme portão da Saint School e assim que me via na parte de dentro da instituição, vi bastante tumulto dos alunos. Por um momento achei que fosse alguma confusão, pois na medida em que eu me aproximava do corredor onde ficava os armários, as vozes íam ficando cada vez mais alteradas, tensas. Franzi as sobrancelhas e avistei as minhas amigas, Valerie e Hannah, dentres outras garotas e meu semblante mudou em frações de segundos, quando as notei chorando.

Me aproximei delas em seus armários e assim como elas, as garotas ao redor estavam com os olhos avermelhados, como se estivessem chorando também e estava ficando preocupada, pois elas não eram as únicas, os demais alunos da escola estavam todos aos prantos.

Eu estava ficando muito assustada.

— Oi, meninas. — chamei a atenção de todas, as vendo bastante tristes. — O que aconteceu? — perguntei, curiosa e ao mesmo tempo preocupada. — Valerie? O que houve?

— Amiga. — ela se livrou das outras e veio para mim, me abraçando fortemente. — Eu tô destruída. — franzi o cenho, confusa.

— O que foi? Fala pra mim. — pus minhas mãos no seu rosto e ela chorava sem parar.

— O Patrick morreu. — travei no lugar em que estava. Engoli em seco e sentir meu corpo estremecer com as suas palavras, mesmo já sabendo disso, agora me sentia pior do que antes, pois agora a escola inteira deve saber disso.

— Ah... Morreu? É sério? — tentei transparecer choque ali, pra não pensarem outra coisa. — Como?

— A gente não sabe. — a Carrie falou, e umedeci os lábios, nervosa.

— O torturaram bastante antes de assassiná-lo. — a Hannah falou, chorando e fechei os olhos, sentindo meu coração acelerar feito um maluco dentro do meu peito.

Eu não gostava do Patrick, não éramos íntimos e era preciso admitir o quão idiota ele sempre foi, mas as meninas gostavam dele e eu entendia perfeitamente o choque de todas.

— Eu não consigo acreditar. — a Hannah se lastimava bastante e estava doendo em mim vendo minhas melhores amigas chorando daquela forma.

— Vamos ao banheiro, assim vocês lavam o rosto e ficam calmas. — outra garota próxima ali falou e as meninas concordaram, mas eu não falei nada e no meu canto fiquei.

Apenas suspirei, fechando os olhos e andei de costas lentamente, enquanto via o desespero dos alunos passando de um lado para o outro exigindo respostas sobre o que aconteceu e meu coração doía bastante por ter em mente quase a certeza do verdadeiro motivo.

Foi quando me dei conta e já estava escorada na coluna de concreto da área do refeitório, relaxando meu corpo e deixei meus olhos se encherem de lágrimas, sentindo cada vez mais um abismo se abrir dentro de mim.

Eu sabia que tudo isso era culpa do meu pai. Eu tinha total certeza de que foi ele quem matou o Patrick ou se não, tem dedo sujo dele nessa barbárie. E aquilo me deixava mais desesperada ainda, pois eu era ciente do que ele seria capaz de fazer com o Justin se descobrisse alguma coisa sobre a gente.

— Meu Deus... — murmurei, fungando e sequei minhas lágrimas, quando sentir taparem os meus olhos.

— Oi, minha preciosidade. — sorri ao ouvir sua voz e pus minhas mãos sobre as suas, me virando e o encarei logo a minha frente, o vendo sorrindo com toda a vontade do mundo. — O que foi? — seu semblante mudou pra descontente quando notou minhas lágrimas e pus uma mão no seu rosto.