Point of view Justin Bieber
Chegamos em Nova York por volta das dezessete horas e quarenta e sete minutos, foi uma viajem longa e bastante cansativa. Sete horas de viagem, quase oito pra ser sincero, pois de Toronto, lugar de onde saímos particularmente para Nova York registrava uma duração de sete horas e cinquenta minutos.
A tarde já estava indo embora e a lembrança da mesma tarde quando cheguei em Nova York pela primeira vez pra morar com o meu pai veio em cheio na minha cabeça. Tanto tempo e muita coisa mudou, impressionante.
Os altos prédios da cidade continuavam os mesmos, óbvio, os estabelecimentos estavam quase fechando e as ruas continuavam iguais, cheias e movimentadas, assim como as calçadas. Pessoas andando, indo e vindo.
Mas de qualquer forma me sentia aliviado, estava à sete horas de distância da casa do John e do Canadá. Contudo, precisava de um lugar mais seguro, pois fiz o que achei certo e sabia que ia ter uma reação a qualquer momento.
A Valerie parou no sinal e em seguida olhou pra trás, sorrindo e notou a Claire dormindo em meu colo.
— Não aguentou o cansaço e dormiu. — falou baixinho e ambos sorrimos. — Bem, chegamos. Pra onde vocês vão? — e essa pergunta me pegou de surpresa. Pra onde iríamos? Tipo, tem a casa do meu pai aqui e a casa da Claire, mas é uma boa ideia voltar pra alguma delas depois de tudo o que aconteceu? Engoli em seco e juro que não sabia o que responder.
— Eu não sei. — a Valerie enrugou a testa e em seguida baixou o olhar, quando percebi a Claire se mexendo em meu colo, se acordando.
— Claire.
— Oi, chegamos? — perguntou, atordoada e olhou pela janela, quando vi a Valerie seguir diante com o carro devido o sinal ter ficado livre.
— Sim, tem alguns minutos.
— Nossa... — ela olhou pela janela e me olhou sorrindo. — Meu Deus... Que saudades daqui. — dei um sorriso pequeno e ela me olhou. — Pra onde vamos? — perguntou e arqueei uma sobrancelha.
— Acabei de perguntar pra ele, mas ele não sabe. — a Valerie respondeu e bufei, atraindo a atenção da Claire.
— Ah... Tudo bem. — então se aproximou de mim e falou baixinho. — Sei exatamente o que está passando pela sua cabeça, mas a sua casa era um verdadeiro lar, Justin. A ausência do Jeremy ainda te atormenta, eu sei disso, mas vocês se amavam e eram felizes. — engoli em seco e ela acariciou meu rosto. — A minha casa é o único lugar onde não temos psicológico pra ir em condições alguma. — ela tinha razão, como sempre. A minha relação com o Jeremy era tudo, éramos companheiros e nos amavámos bastante, então eu tenho que preservar sua memória da maneira correta.
— Tá bom. — ela sorriu e me abraçou fortemente. Então falei pra Valerie o meu antigo endereço e ela foi pra lá.
Eu lembrava de cada ponto indicativo para chegar na minha antiga casa, me senti com nas inúmeras vezes quando voltava pra casa da escola. Era uma época boa, nunca irei esquecer.
Os rapazes passaram pela Valerie e em poucos minutos chegamos, o que me fez enrugar a testa quando me deparei com o local. Meu Deus.
Estava do mesmo jeito que eu deixei, pelo menos a casa, já que a oficina continuava interditada devido o mandato judicial envolvendo a cocaína.
— Nossa... — sussurrei, triste com os olhos vidrados na casa a minha frente. — A casa do meu pai.
— Aí, Bieber. — disse o Chaz se aproximando de mim. — Eu tenho dado uma olhada aqui uma vez por semana desde que você foi embora. Tive uma noção do quanto esse lugar é importante pra você mesmo depois de tudo o que aconteceu. — engoli em seco e tentei não chorar.
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Possessive Blood
Teen FictionApós a morte de sua mãe, Claire passa a viver com o seu possessivo pai, Bruce. Bruce é um homem frio, carrega em suas veias um sangue de possessividade sobre a sua filha única, a impedindo de então, ser uma adolescente comum, com amigos. Mas, um nov...