Cap.28: The Feeling Of Loving

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Point of view Claire Gonzalez

Toda vez que sentia a textura macia da sua pele em contato com a minha, meu corpo entrava em uma forte combustão interna, me causando sensações incríveis nunca sentidas antes.

A maneira como ele segurava minha mão enquanto caminhavámos só me deixava a confirmar mais ainda, que ele me queria na mesma intensidade que eu o queria.

O perfume. O perfume que usava era o mesmo que me atentava toda manhã na escola. O que era a minha perdição.

Se sentia bastante confortável em falar para mim como era a sua vida antes de vir morar com o seu pai em Nova York, inclusive falou sem nenhuma restrição sobre a sua mãe, a mesma que os abandonou por causa das condições financeiras. Confesso que fiquei bastante triste e agora entendo mais que perfeitamente porquê que o Justin fica muito mal toda vez que alguém o trata indiferente pela classe social. A família dele se separou por esse motivo.

Mas ele sorria enquanto falava e algo era nítido; ele não ligava pra esse tipo de coisa, simplesmente seguia em frente com a sua vida, a vivendo dia pós dia.

Foi quando desci meu olhar pelos seus braços fortes e tatuados, os mesmos que estavam amostra, já que ele usava uma camisa básica de cor preta, deixando expostas as inúmeras tatuagens que eles possuíam. Também usava um chapéu fedora de aba média de cor preta, combinando perfeitamente com o estilo dele, o mesmo que era lindo.

Dessa vez ele me olhou, dando um sorriso amarelo ao finalizar toda a sua história até aqui, a mesma que não foi fácil pra ele nunca.

— Ela já sabia do problema de saúde do seu pai quando foi embora? — perguntei, e ele concordou, enquanto ambos nos aproximavámos de uma pracinha logo a frente.

— Sabia sim. — franzi as sobrancelhas e ele umedeceu os lábios. Podia ver o quanto aquele assunto o deixava triste.

— Vamos mudar o assunto. — falei, e ele sorriu, concordando. — Como o seu pai está? Ele está bem?

— Ah... — abriu a boca, sorrindo em seguida. — Sim, inclusive essa semana ele recebe alta. Eu visitei ele ontem à noite e os médicos me falaram, mas tipo, ele não tá curado porque doenças cardiovasculares não tem cura, mas podem ser controladas, então... Tenho que ter cuidado com ele. — falou, sorrindo e sorri junto, vendo ele se sentar na grama abaixo de um ipê vermelho que havia logo ali. Tinha também umas criancinhas brincando mais a frente, pois também havia um parquinho infantil logo ali perto.

— Sério? Que Bom, Justin, Meu Deus! — falei, sorrindo alegremente e ele concordou com a cabeça. — Fico muito feliz por ele está melhor e que volte pra casa. — me sentei ao lado dele na grama, cruzando as pernas e colocando a minha bolsa entre elas. Eu estava de vestido.

— Obrigado, ainda bem que ele irá voltar. É muito ruim ficar sem ele. — falou, um pouco triste e segurei na sua mão, entrelaçando nossos dedos, atraindo sua atenção e no momento em que ele sorriu. — Eu... eu tenho trabalhado muito na oficina, tenho conseguido uma boa grana e quero fazer um jantar pro meu pai, pra recebê-lo como merece... — um enorme sorriso se abriu em meus lábios, com ele acariciando meu rosto logo em seguida. — E a outra metade quero te pagar o que devo. — enruguei a testa, quebrando meu sorriso e rir sem humor.

— Não precisa me pagar nada, Justin. — ele franziu o cenho e negou.

— Nada disso, Claire. O combinado foi apenas me emprestar o dinheiro, nad...

— Shh... — o silenciei, colocando meus dedos na sua boca. — Porque não focarmos apenas no seu pai, hu? — perguntei, e ele bufou, mas acabou sorrindo. — Esquece isso, eu não preciso desse dinheiro mesmo.

Possessive BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora